16.5.08

Há vida para além das jotas











Há dois dias, estive numa escola secundária em Rio Maior. De Rio Maior, só recordava umas mocas que me barraram uma estrada, nos idos de 75. Numa escola secundária, não entrava há uns tantos anos.

Daí a agradável surpresa ao ver a iniciativa de uma professora de História que, com os alunos, organizou um ciclo de actividades dedicado ao estudo do Estado Novo. Dele fazia parte uma exposição - «naïve», certamente, «à antiga», sem qualquer recurso a meios tecnológicos sofisticados, com muitas coisas recuperadas em sótãos de avós, desde livros escolares a uma colecção de Sandokan, fardas da Mocidade, objectos, diplomas, muitas fotografias. Cereja em cima do bolo: Salazar num caixão (que terá provocado alguma celeuma). Mas, também e sobretudo, textos, cronologias, muita informação recolhida, sistematizada e bem apresentada.





Impossível não pensar em Cavaco e nos jotas que o rodeiam para levarem os jovens à política – ou vice-versa, nem entendo bem.

E a estranha sensação de que eles e estes alunos que eu vi não pertencem à mesma galáxia.

4 comments:

Woman Once a Bird disse...

E acrescento, se me permite, de que há vida para além dos dislates dos actuais representantes do Ministério da Educação.

Joana Lopes disse...

Claro que há.

José Cavalheiro disse...

Só é pena o Sr. Silva, Cavaco, não ter percebido ainda o porquê dos jovens com ou sem "j" estarem alheados da história política, não terá ele também culpas? não terá ele sido um dos muitos políticos da nossa praça que levaram a que a escola ensine, tal como no Estado Novo, a história recente de forma a sewrvir os interesses do estado.
Bem nós também temos a culpa de deixar perdurar pelos governos e pela assembleia os políticos do centro e da direita.
Fica bem

Joana Lopes disse...

É por causa do ensino da História e não só.