23.3.09

Quando o mundo precisa de nanos












O anúncio foi feito no início de 2008, mas só hoje foi apresentado, em Bombaim, «o automóvel do povo indiano», o mais barato do mundo – cerca de 1.450 euros por um Tata «Nano», 100.000 a circular em breve na Índia. Prevista uma versão para a Europa em 2011, possível entrada nos Estados Unidos e triunfo mais do que certo em África, América Latina e Sudoeste asiático.

Conflito com preocupações ambientais? Certamente e não faltam vozes a protestar – porque vai aumentar significativamente o número de carros em circulação e porque ainda não é possível conciliar preços baixos com produtos ecologicamente pouco nocivos.

«O desejo de sair da pobreza é mais forte do que respirar ar puro»? Certamente também. E daí? Seremos nós, os que compramos carros maiores, melhores, mais poluentes, a travar o resto do mundo? No fim da década de 30 do século passado, foi lançado um outro «carro do povo» – o célebre carocha da Volswagen – que, à escala do seu tempo, também democratizou e massificou o uso do automóvel. Mas isso passou-se na Alemanha, na Europa, cá entre nós, quando ainda ninguém falava de ecologia nem comia cenouras e batatas raquíticas mas politicamente muito correctas.

(Fonte - entre outras)

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