9.3.10

É o que se chama um homem desinteressado…


Levou catorze anos a votar contra os direitos dos homossexuais e até a vetar algumas medidas que os defendiam. Mas os copos traíram este senador americano (acontece aos melhores...), que foi apanhado a conduzir com álcool à saída de um bar gay e acabou por confessar a sua orientação sexual. Justificou então as suas posições homofóbicas dizendo pretender representar a vontade dos eleitores…

Gato escondido com o rabo de fora ou a estupidez não paga imposto, digo eu feita Jerónimo de Sousa que gosta de adágios.

E uma dúvida incontornável: não haverá, por pura coincidência, casos bem semelhantes numa AR bem perto de nós? E um conselho: atenção à condução nocturna em noites de fins-de-semana, sobretudo ali para o lado da Praça das Flores…

10 comments:

rafael disse...

ò se há...

Manuel Vilarinho Pires disse...

Há políticos sobre quem circulam rumores de terem uma orientação sexual homossexual que foram vistos aos pulos a celebrar o resultado do primeiro referendo ao aborto, que determinou a manutenção em vigor da sua criminalização.
Também parecem não se preocupar muito com o que poderia resultar se um dia, por uma pirueta qualquer da sorte, o seu eleitorado mais conservador conseguisse promover um referendo sobre a criminalização da homossexualidade, quem sabe se a pretexto de defender a família e as relações sexuais heterossexuais.
Desinteressados, portanto...

PS1: Na Praça das Flores aconselho vivamente o Maxime, explorado pelo Manuel João Vieira, aonde todas as orientações sexuais convivem umas com as outras sem se chatearem umas às outras.

PS2 ("post" reaccionário da semana): porque será que os únicos líderes partidários casados e com filhos, consequentemente a defender a família no dia-a-dia, são os do PC (acho eu, não tenho a certeza?) e do BE?

Joana Lopes disse...

Nem sonho se o Bernardino S. é casado ou tem filhos...

Anónimo disse...

O Bernardino é casado, mas sinceramente nao vejo como orientaçao ideologica implica alguma coisa à intimidade, exceptuando os casos de hipocrisia como o descrito...

Anónimo disse...

O Bernardino é casado, mas sinceramente nao vejo como orientaçao ideologica implica alguma coisa à intimidade, exceptuando os casos de hipocrisia como o descrito...

se calhar, fui eu que nao percebi bem o alcance da provocaçao...

rafael disse...

O Bernardino é casado, mas sinceramente nao vejo como orientaçao ideologica implica alguma coisa à intimidade, exceptuando os casos de hipocrisia como o descrito...

se calhar, fui eu que nao percebi bem o alcance da provocaçao...

Manuel Vilarinho Pires disse...

Da provocação...
Isto era uma das palavras mais usadas no Técnico em 1975, naquelas cenas macacas em que miúdos da extrema-esquerda (hoje em dia quem sabe de que extrema- são?) fingiam que se pegavam uns com os outros à tareia nas RGAs!
Obrigado por me ter permitido rejuvenescer 35 anos por uns instantes...

Eu responderia com todo o gosto à sua perplexidade, mas vejo pela forma como construiu o seu comentário que já está suficientemente esclarecido sobre o assunto.
Mas se voltar a perguntar sem usar palavras como "provocação", ou outras de natureza acusatória semelhante, eu respondo.

rafael disse...

Caro Manuel,

nao estou nada esclarecido, apenas nao percebi. Se o ofendeu o termo "provocaçao", eu retiro o termo, mas antes deixe-me explicar a medida com que uso a palavra. Uso provocaçao para referir-me a opinioes ou escritos ou palavras que "provocam" ou seja que pelo seu carácter promovem uma antitese, uma concordância ou um debate. Nao fundo tal expressao com nenhuma conotaçao nem positiva, nem negativa, nem lhe imprimo nenhum caracter difamatório nem de pré-conceito.

Provoco e sou provocado todos os dias e ainda bem. desculpe lá alguma confusao...

Manuel Vilarinho Pires disse...

Caro Rafael,

Obrigado pelo esclarecimento face ao qual, como prometido, vou procurar responder.
Por motivos que, se quiser, poderemos analisar, mas que no espaço disponível acho preferível saltar, tomou-se como boa a hipótese que a direita defende "os valores da família", e a esquerda não.
Eu sou daquelas pessoas que consideram que "os valores da família" devem ser defendidos, entendendo "os valores da família" como as condições que promovem uma natalidade responsável, ou seja, que não desencoragem de ter filhos todas as pessoas que os desejam ter.
Isto não tem nada a ver com a aceitação do casamento entre homossexuais ou a liberdade de abortar, mas como é a direita que defende oficialmente "os valores da família", utiliza-os no seu argumentário contra causas como estas.
Entendo, adicionalmente, que "os valores da família" seriam mais bem defendidos por pessoas que têm uma vivência de família, que têm filhos e cohabitam com eles, que pagam as contas, que já tiveram que negociar com o cônjuge quem se levanta de madrugada para mudar uma fralda ou quem falta a uma reunião profissional para ir a uma reunião de pais.
Há dias alguém falava, não me lembro se na galhofa, de ter uma dona de casa como ministro das finanças.
Eu acho mesmo que o bom ministro das finanças devia ser uma dona de casa, a quem não faltariam assessores para lhe explicar as "technicalities" do assunto.
Posto isto, acho curioso que em Portugal todos os líderes políticos da direita até ao centro-esquerda sejam solteiros ou divorciados (mesmo dando de barato que a Drª Manuela provavelmente cohabita com os filhos ou as filhas), e os de esquerda sejam casados e com filhos.
E, porque seria politicamente incorrecto, se inibam de explorar eleitoralmente essa mais valia para defender "os valores da família", sendo que o Doutor Louçã uma vez quase foi cilindrado por ter ousado dizer ao Dr. Portas que tinha filhos...
É esta a razão da minha "provocação" e espero que, mesmo que possa não concordar com ela, a tenha entendido.

rafael disse...

Percebi perfeitamente o seu comentário, agora. E até sou capaz de concordar com a sua análise...