25.2.11

Matar o capitalismo?


De um texto publicado pela Attac Madrid:

«El imparable avance de las políticas dictadas por el neoliberalismo se traduce en un sistemático derribo de las instituciones de protección social. Pero la sociedad no podrá emprender una rebelión en toda regla contra estas agresiones mientras la mayoría de los individuos que la componen no arranquen de sí mismos ese afán por la competitividad y el lucro que los ideológos neoliberales han sabido inocular en el alma de las personas. Se trata, en definitiva, de matar al capitalista que llevamos dentro.

No digo que nazcamos con esa impronta congénita, pero sí somos educados en los valores del capital. Aceptamos forzosamente las leyes del capitalismo, ya que son las aplicadas por el Establecimiento formado por la conjunción de los intereses de las élites que monopolizan los recursos del Estado y del Mercado.»

Onde o artigo de José Antonio Pérez não chega – e eu gostaria que chegasse – é à explicação do que significa «matar o capitalismo» (ou o capitalista que existe em cada um de nós). Ou seja, se o título do seu texto não é apenas uma figura de estilo e, como a figura sugere, ele deseja unicamente «matar o liberalismo». Por outras palavras, se o autor se contentaria, por exemplo, com um regresso a uma social-democracia (capitalista, não o esqueçamos) mais justa e «limpa» de derivas neoliberais.
...

4 comments:

Carla R. disse...

Uma ideia alternativa : A sociedade do "care".

Algumas explicações aqui :
http://www.lemonde.fr/politique/article/2010/05/14/la-societe-du-care-de-martine-aubry-fait-debat_1351784_823448.html

Miguel Serras Pereira disse...

Devo estar mais ou menos como tu, Joana, depois de ler o texto. Sinto-me até tentado a dizer que não me interessa matar capitalista nenhum sem matar o capitalismo. E, vice-versa, concedo de bom grado a vida aos capitalistas em troca do passamento do capitalismo - no sentido, claro, de uma de uma democratização das instituições e das relações de poder que instaure uma sociedade de iguais.

Abraço

miguel (sp)

Joana Lopes disse...

A mãe qiue capotou: «une société du bien-être et du respect, qui prend soin de chacun et prépare l'avenir" et fustige "le matérialisme et le tout-avoir", ainda por cima com umas pinceladas de feminismo... para mim, são violinos...

Joana Lopes disse...

Miguel, de acordo, sem certezas quanto aos caminhos...
Uma coisa é certa: há que descascar e desmitificar o chavão da social-democracia, em que ninguém acredita verdadeiramente como viável (líbios social-democratas, uni-os!...), mas que serve de panaceia para travar muitas coisas.