17.6.11

Gente que acerta


«Um dos casos mais evidentes foi o radicalismo inconsciente de "correr o Sócrates o mais depressa possível", a que no PSD se deu ouvidos e cujo resultado ameaça ser mantê-lo no poder, contra todas as evidências, ou dar-lhe o melhor cenário possível para um retorno ao poder a curto prazo. E o melhor cenário possível, não custa perceber, é um PSD ganhador por uma pequena margem sobre um PS que sai do seu annus horribilis sem grandes estragos.»

José Pacheco Pereira, Público (23 de Abril de 2011)

(Roubado ao Pedro Correia)
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4 comments:

Niet disse...

Olá, Joana Lopes: A profecia do JPP não se consumou, claro. Estou para avaliar os danos causados pela " teimosia " e o falso " empertigamento " de José Sócrates para se ter " agarrado " ao Poder... Numa democracia normal e a funcionar com um mínimo de decência, um PM qualquer- de direita ou de esquerda...- tinha-se demitido logo, quando surgiram os " casos " do Freeport, da Uni. Independente e dos andares da Alexandre Herculano, entre muitos outros...Isso,sim,uma corajosa demissao, convenhamos, era uma forma de "poupar "a credibilidade eleitoral e governativa do PS, não acha? Ou será que o plano inclinado do PS- a nivel ideológico e ético- caiu tão baixo,num nivel tao baixo e miserável, que o aparatchic Jose Sócrates tentou e convenceu tudo e todos- a Comissao Nacional e o Secretariado- para lhe darem plenos poderes e uma imensa liberdade de acçao sem paralelo no historial do PS? E, como dizia um dos grandes " manipuladores" do PS, Jorge Coelho, será que a " culpa " em Portugal morre sempe solteira!?! Niet

Joana Lopes disse...

Não sei, Niet, há aí vários pontos e não creio que fossem necessariamente razões para pedido de demissão. Houve muitas cabalas montadas contra Sócrates, disso não tenho dúvida, embora, como sabe, nunca tenha tido simpatia política ou pessoal pelo sujeito.

Niet disse...

Caríssima: Castoriadis refere três tópicos - manipulaçao, mistificaçao e propaganda- como os grandes estigmas, " produtos sintecticos ", da expressao da prática politica tradicional. O que nao evita, sublinha, que o " sistema " nao deixe de criar " ocasioes revolucionárias, que só a autonomia e imaginaçao podem impulsionar, nada estando garantido à partida! In " L´expérience du mouvement ouvrier-II", Éditions UGE, france 1974. Salut! Niet

Anónimo disse...

Cara Joana: a bola de cristal de JPP tem andado particularmente embaciada de há dois anos para cá. Nos últimos dois meses, então, foi um festival de cenários falhados. Admira que alguns ainda bebam o que ele diz como se fossem verdades absolutas. Enfim...

P. C.