23.6.11

Sous les pavés, sabe-se lá o quê


Alguém será capaz de imaginar o que teria eu pensado, no Verão de 1968, quando calcorreava o Boulevard St. Michel em busca de pegadas ainda frescas de Maio, se me tivessem dito que um dia votaria em Cohn-Bendit (sem querer, é certo…) por um filo-anarquista ter sido ofendido por um discípulo de Trosky, no meu país, tudo (pelo menos aparentemente…) por uma questão de direitos de autor na criação de um partido - em democracia, à luz o dia e dos jornais, sem PIDE nem Salazar?

Fui divagando sobre o tema enquanto navegava hoje, aqui pela Noruega, no Fiorde dos Sonhos… Com a certeza de que os meus amigos, que são agora pouco mais velhos do que eu era então, olharão daqui a umas décadas para o «drama Rui Tavares 2011» com um sorriso, a tal ponto ele lhes parecerá naïf, na trama daquilo por que entretanto terão passado.

Adiante. Ou talvez melhor e se preferirem: ce n’est qu’un début.
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2 comments:

José Teles disse...

Joana, gosto do título e vou passar a usá-lo por aí, aviso. E continuo a gostar do Cohn-Bendit e das suas intervenções no PE. Quanto ao resto, abstenho-me... Enquanto espero que os Verdes Europeus apareçam por cá nas próximas eleições.

Joana Lopes disse...

Use à vontade, José Teles...