26.7.11

Memórias de Oslo


Exactamente há um mês, eu andava pelas ruas de Oslo, o que não tem qualquer espécie de importância a não ser para mim.

Mas ao ver estas pessoas que cantam em memória das suas vítimas, algumas delas com um sorriso quase impossível e arrepiante, regressa a imagem daquela cidade, um pouco cinzenta mas suave, dos parques e das estátuas, da sala onde é anunciado o Nobel da Paz (na foto) e da cadeira que há uns meses ficou vazia por um outro tipo de violência. Da calma com que tudo parece acontecer, mesmo nas chamadas horas de ponta porque até os ministros utilizam transportes públicos, das esplanadas em largas avenidas, sempre cheias de jovens descontraídos, até das cadeias de lojas de conveniência de grande qualidade que nunca fecham, dos dias que se alongam até para lá da meia-noite.

E, também, de algo que me impressionou e que não esperava, mas que é natural num dos países da Europa com maior taxa de natalidade (1,95 filhos por mulher): o grande número de carrinhos de bebé, um pouco por toda a parte, empurrados por mães ou por jovens empregadas, obviamente estrangeiras das mais variadas etnias. Estranhamente, muitas vezes «colectivos», de caixa aberta, onde cabem quatro ou cinco crianças. O presente sem as angústias de muitos outros europeus, o futuro sem qualquer risco anunciado.

E, no entanto, um mês mais tarde, tudo foi interrompido, e brutalmente abalado, por uma cegueira intolerante e absolutamente intolerável.


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5 comments:

Ana Paula Fitas disse...

Obrigada, Joana!...
... no sábado, dia 23, escrevi sobre o horror e o significado dos massacres... amanhã, levo daqui este vídeo, lá, para A Nossa Candeia.
Um grande abraço.

Fada do bosque disse...

Joana, por favor ouça ou leia esta notícia.

Joana Lopes disse...

Sem palavras. Deixei no Facebook uma pergunta sobre este texto Fada do B.

Fada do bosque disse...

Não tenho FB, Joana... mas penso que deve ser uma boa pergunta...

Fada do bosque disse...

E ainda:

Quando a NATO tem na mira Stoltenberg.

1- Il est reproché à Jens Stoltenberg , au Parti Travailliste et à la MD Anne-Grete Strom-Erichsen de s'opposer au projet de bouclier anti-missiles tout comme Olof Palme s'était opposé au déploiement des missiles Pershing .

2 - Il est reproché à Jens Stoltenberg de favoriser une politique de rapprochement avec la Russie qui prend trop en compte les interets Norvégiens face à ceux de l' Alliance . De la même manière on avait reproché à Olof Palme sa proximité avec l' URSS .

3 - Cette politique indépendante , le gouvernement Norvégien l' a aussi developpé au Proche-Orient en s'opposant à la politique belliciste de l'Entité Sioniste aka " Israël " . De la même manière que les brutales attaques contre le Liban et Gazza ont contribué à la détestation du Sionisme en Norvège , les massacres de Sabra et Chatila ont provoqué la detestation de ce Sionisme dans la Suède d' Olof Palme .

4- Il est reproché à Jens Stoltenberg d'avoir fait une alliance avec un parti " Anti-OTAN " , la Gauche Socialiste ( SV ) .

Aqui integral:

http://zebrastationpolaire.over-blog.com/article-oslo-attentat-quand-l-otan-visait-jens-stoltenberg-et-le-parti-travailliste-80014338.html