2.8.11

Deliciosa…


… a crónica de Ferreira Fernandes, hoje, no DN:

A crise acaba daqui a três anos

O presidente da Federação Russa de Futebol, ao saber que Portugal era o seu adversário mais perigoso para o Mundial de 2014, decretou: "Inglaterra ou Espanha era melhor comercialmente." Três quartos de século soviéticos a ignorar a compra e venda deu nisto. A questão de um Mundial é chegar à glória sem preço de ser campeão mundial, mas para os russos o importante, agora que são capitalistas, é bilhetes vendidos e publicidade arrecadada nos jogos de apuramento... Cada um é como é e também nós não fugimos ao nosso destino. Ir ao Brasil? Está no papo. Israel, Irlanda do Norte, Azerbaijão (Azer, quê?) e Luxemburgo são de campeonato inferior... E à Rússia já lhe espetámos 7-1... Cá está o nosso optimismo inicial tradicional, que dará em deixa andar, o deixa andar dará em alguns espalhanços e estes acabarão no tio ó tio final do costume. Ora perder a oportunidade de irmos ao Mundial no Brasil equipara-se a termos, no último jogo, um silêncio tão barulhento como aquele que se abateu sobre o Maracanã, em 1950, quando o uruguaio Gigghia matou o povo brasileiro. Não irmos ao Brasil em 2014? Impensável. Política, histórica e até futebolisticamente. Urge um ministério só dedicado a irmos. Gaste-se o que houver para gastar - comprar árbitros, mandar olheiros por África à procura de ponta-de-lança a nacionalizar, encomendar bandeiras portuguesa à China... Pode ficar tão caro como o BPN, mas terá um final feliz.
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