21.7.12

Helena Cidade Moura


Morreu ontem, com 88 anos, e está a ser lembrada, com toda a justiça, como a grande dinamizadora das campanhas de alfabetização a seguir ao 25 de Abril, dirigente do MDP/CDE e deputada à Assembleia da República. 

Mas a sua actividade cívica e política não nasceu em 1974. Bem antes, esteve sempre ligada a instituições e iniciativas dos chamados católicos progressistas e afins. Foi presidente do Centro Nacional de Cultura em 1961, subscreveu manifestos importantes, entre os quais refiro, de cor e a título de exemplo, um longo texto de 101 católicos, em 1965, e todos os protestos contra o encerramento da cooperativa Pragma, em 1967. Foi nesse contexto que a conheci.

Era filha do velho professor Hernâni Cidade e cunhada de Francisco Pereira de Moura. E, também, amiga próxima de um conjunto de colegas notáveis que teve no curso de Românicas da Faculdade de letras de Lisboa: entre outros, Sebastião da Gama, Luís Lindley Cintra, Maria de Lourdes Belchior e David Mourão-Ferreira. Sobreviveu-lhes, até ontem. 

Aqui fica esta nota, como homenagem e complemento ao (pouco) que está a ser escrito sobre esta grande senhora. 

Ler: Entrevista a Helena Cidade Moura

3 comments:

teresa disse...

É importante lembrar esta fantástica mulher. Partilhei o vosso post no meu mural.

luis reis disse...

Grande, neste país de merda...
não "aparecia" na TV...que era lá isso da ALFABETIZAÇÃO?Ora,comunistas de certeza!!Então estes tugas de merda, naquele tempo eram tão felizes...comiam muita sopa,que é o que as nutricionistas aconselham hoje, e muita sarda e sardinha ( dieta mediterranica),assim se vê, que há época, só podiam viver felizes e contentinhos...isso é que "importa" ressalvar,agora letras,e mais letras,os tugas precisavam lá disso...?Ainda hoje se vê, tanta gente a saber as LETRAS, e olha o desemprego menina.

António Luís Costa disse...

Conheci esta extraordinária mulher no MDP. Postei no meu mural.