3.9.12

Cândida Almeida e a vida de Sócrates em Paris



A procuradora-geral adjunta falou ontem na escola do PSD e muito se escreveu sobre a hipótese de vir a substituir Pinto Monteiro. Não se trata de notícias da Imprensa Falsa, embora pareçam, mas ainda quero crer que não serão ultrapassados todos os limites e que isso não acontecerá.

Muito foi citada, também, por ter dito que Portugal não é um país de corruptos. Chamo a atenção para um «detalhe» que ainda não vi sublinhado.

Durante a conversa, uma jovem pergunta-lhe (minuto 0:37): «Como é que o antigo primeiro-ministro, eng. José Sócrates, estuda e vive em Paris, como se nada se passasse, fazendo uma vida de grande luxo, com o dinheiro dos salários que ganhou em Portugal, e sem que nunca tenha sido detido?» («Detido», não fez o caso por menos...)

Até eu, que não sou magistrada de coisíssima nenhuma e cuja simpatia por Sócrates é zero, teria respondido que ninguém sabe, nem tem de saber, se ele vive em Paris com o dinheiro dos seus salários, com uma mesada da família ou se lhe saiu o Euromilhões. Mas veja-se e oiça-se o conteúdo e a forma da resposta de CA. Posso estar enganada, mas só eu que acho que apenas faltou dizer: «Sim, isso é suspeito, ele é suspeito, mas não posso fazer nada»?

Vão obrigar-nos a ter saudades de Pinto Monteiro? Não, por favor, para pior já basta assim.


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3 comments:

Manuel disse...

A pergunta da menina que também ouvi, é algo que parece estar a entrar nos genes dessa rapaziada, se imaginarmos que um dia poderão ter algum poder, e pode não demorar muito, tudo se resumirá para eles ao, "hummm parece que é, portanto cadeia com ele !", uma poupança tão do seu agrado

Salvo é claro os amigos e chegados claro, que é isso de ver mexer nas amizades ?

Dec.Interesses: não tenho nada a ver e nem gosto do personagem que anda por Paris

Anónimo disse...

Pergunta tendenciosa, com sotaque do Norte!
Quer se ame, quer se odeie - o Sócrates ou outro qualquer personagem - é muito baixo fazer-se este tipo de insinuações. O nível médio dos políticos que temos actualmente já é baixo mas, a perspectiva do que iremos ter, só pela amostra, irá ser bem pior.
AAS

Anónimo disse...

A senhora Cândida não é cândida. Quando se permite tiradas generalizantes sobre a (não) corrupção em Portugal, está decerto a basear-se nas estatísticas da sua inépcia enquanto coordenadora da maior equipa de investigação criminal jamais criada em Portugal, ou seja, Lisboa, onde é suposto que tudo se concentra, incluindo as familiaridades entre políticos, economia, finança e, pelos vistos, também "docentes de Verão".
Será que isso se pode incluir na fedorenta promiscuidade?
O que vai ser parido lá para Outubro?