10.5.13

Reformados, esses potenciais terroristas



Em mail agora enviado aos sócios da APRe!, a sua presidente, Rosário Gama, descreveu o que se passou no passado dia 3, quando um grupo de reformados assistiu à discussão da Petição que tinham entregado em Novembro de 2012 à AR, com cerca de 13.500 assinaturas. É bom que estes factos sejam divulgados:

«A entrada na Assembleia da República foi uma verdadeira odisseia, com uma fila de associados da APRe! na rua, ao sol, à espera que nos deixassem entrar, competindo com filas de alunos que também iam assistir ao Plenário. Para estes, a entrada foi rápida, para a APRe! houve um tratamento humilhante, fazendo cada associado mostrar a roupa que trazia por debaixo da camisa ou camisola a fim de verificarem a existência de uma perigosa arma de propaganda: a t-shirt da APRe! a dizer que não somos descartáveis. Aos homens, a verificação era feita no corredor, as senhoras eram encaminhadas para um gabinete onde uma zelosa segurança mandava levantar as peças de roupa para ver o que havia escondido. Apesar disso, ainda conseguimos introduzir uma t-shirt na sala, juntamente com a “raiva” que já todos levávamos: aos alunos não foram tiradas as mochilas, a nós foram retiradas todas as carteiras e sacos…»

Como é sabido, no fim do debate sobre a Petição, houve uma «grandolada» nas galerias, que a presidente da AR comentou dizendo que o acto «não ajudava a democracia». Esta reacção esteve na origem de uma troca de cartas entre Rosário Gama e Assunção Esteves, tendo a primeira recordado à segunda que «cantar “Grandola, Vila Morena” na Sala das Sessões é tão respeitoso para a Democracia como a cantar na escadaria da Assembleia, facto que, em boa hora, V. Ex permitiu que acontecesse no passado 25 de Abril». Recebeu como resposta que «interromper o processo de votação do Parlamento não está bem. É essa a diferença entre cantar a Grândola que nos libertou nas escadas ou nas galerias. Nas escadas é uma celebração, mas nas galerias pode ser uma alienação.»

Alienação???


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