4.9.13

E quanto à Síria



... assino por baixo o que Daniel Oliveira escreve hoje no Expresso online:

«Resumindo: nenhum argumento estratégico, político e moral sério pode ser usado para esta intervenção. Qual é a minha alternativa? A mais difícil de escrever, perante mais de cem mil mortos e dois milhões de refugiados: terão mesmo de ser os sírios a resolver a encruzilhada em que se encontram. A nós, resta-nos esperar que ali surja um poder democrático e laico. Depois desta guerra, não será provável. Mas quanto teve a Europa de penar para chegar às suas imperfeitas democracias? Não terão os árabes o direito de encontrar o seu próprio caminho? Não aprenderam os EUA que, quase sempre que se meteram no Médio Oriente, deixaram tudo ainda pior do que encontraram?» (O realce é meu.)

É a realidade dura e crua, que nenhum voluntarismo, táctico ou «ético», deve ou pode mascarar. Roma e Pavia não se fizeram num dia e a História não acaba amanhã, por mais terrível que seja reconhecermos a impotência perante o drama a que assistimos hoje. A frustração nem sempre é má conselheira. 
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