3.10.13

Foi-se a PT



As notícias sobre a fusão da PT com a Oi batem em quantidade as que comentam o Paris St.Germain-Benfica, o que pode ter várias interpretações possíveis.

No Negócios de hoje, Pedro Santos Guerreiro afirma que «Ter 10% de 100 é completamente diferente de ter 100% de 10, para o bem e para o mal. Como um quilo de algodão pesa tanto como um quilo de ferro, mas só um deles flutua.» E acrescenta o seguinte, entre várias outras considerações:

«Nenhuma fusão nasce para correr bem. Por causa dos choques culturais. Pelas diferenças de rendibilidade e produtividade. Pela atracção pela inércia, através da qual as organizações dinamitam a mudança. Mas também pela repartição de poder. Pela definição sobre quantas vozes falam e qual delas fala mais alto. Na PT/Oi vai mandar Zeinal Bava. (...)

A nacionalidade do capital não é a questão central. A Zon Optimus cresce em cima de capital angolano e em benefício dos consumidores portugueses. E não é possível pensar que Portugal, pátria sem capital e com "ratings" de lixo, pode crescer sem capital estrangeiro. A questão central é se Portugal sai do radar da PT/Oi, se o centro de desenvolvimento e investigação zarpa daqui, se Zeinal passa a fazer de Lisboa a terrinha onde vem jardinar ao fim-de-semana. Nenhuma filial resiste sem um director obcecado com a sua empresa e apaixonado pelo país onde gere. Nenhuma.»

(*) O link pode não funcionar ou só funcionar mais tarde.

(Imagem dqui)

0 comments: