26.12.13

Nem Nostradamus saberia prever



«O próximo ano não terá fim. Não terminará a 31 de Dezembro, porque a austeridade ultrapassará o ano civil e o ano fiscal. Não terminará a 30 de Junho. Não é Nostradamus que o prevê. É o FMI, o grande astrólogo dos tempos modernos, quem o diz. 2014 durará, pelo menos, entre 10 e 15 anos. O que atirará o futuro de Portugal para a próxima geração. Se tudo correr bem do ponto de vista dos astrólogos do FMI e da União Europeia. E se esta sobreviver. E se o euro não implodir. E se Portugal conseguir criar riqueza para pagar a dívida irrevogável. Ou revogável a prazo, consoante a conjugação de astros. (...) Preso pela dívida e pelo défice, mas também por uma elite política que não tem uma estratégia própria para o país diferente da que é servida nas cartilhas de Berlim e Bruxelas, Portugal continuará a viver à bolina. (...)

É possível imaginar o que será 2014 ou é tudo um exercício de probabilidades matemáticas onde as contas de sumir serão sempre mais determinantes do que as de somar? A troika sairá de Portugal ou terá cá um quarto de hotel reservado, 365 dias por ano, para veranear quando lhe apetecer? (...)

Nostradamus não teria uma resposta para um país que nem se governa nem se deixa governar. E que só tem receio. E por isso emigra. Continuamente.»

1 comments:

JoZé disse...

http://exiladonomundo.blogspot.pt/2013/12/os-tres-amigos-do-patricio.html