10.4.14

Sem culpas para o Pinóquio



Pensei exactamente o mesmo ao ver este «espectáculo» na AR. É a banalização da política a baixo nível. Já aqui chegámos.

«Hélder Reis, secretário de Estado do Orçamento, num momento de criatividade digna de Walt Disney, virou-se para quem o estava a escutar e disse: “Eu sou como o Pinóquio: quando minto, o meu nariz cresce. Não está a ver o meu nariz a crescer – eu não estou a mentir”. (...)

O secretário de Estado pode-se comparar com Pinóquio, com o Franjinhas, com o Urtigão ou com o Peninha. É um direito que se lhe assiste. Mas, nesse momento para lamentar, estava a falar sobre um assunto sério: o destino dos dinheiros da ADSE. (...) Se a política fosse uma coisa séria neste país, Hélder Reis teria saído do Parlamento como secretário de Estado do Orçamento e entrado no carro ministerial como ex-secretário de Estado do Orçamento.

Mas como cortar salários ou criar impostos é um divertimento neste país, ele continua em funções como se nada se tivesse passado. A questão não é o secretário de Estado estar a dizer mentiras ou verdades. É a forma como fala com aqueles que são os representantes da democracia.»

Fernando Sobral, no Negócios.
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