10.6.14

Morrer atropelado por um eléctrico



Morte insólita teve Antoni Gaudí, a poucos dias de fazer 74 anos: ao sair da sua catedral Sagrada Familia, foi pura e simplesmente atropelado por um carro eléctrico, numa rua de Barcelona. Sem documentos nem dinheiro na algibeira, acabou por ser levado para um hospital e depositado numa ala comum reservada aos pobres.

Estranhando a ausência, os seus colaboradores localizaram-no no dia seguinte, quiseram levá-lo para um hospital com melhores condições, mas viram a proposta recusada pelo próprio e assistiram à sua morte em 10 de Junho de 1926, pelas cinco horas da tarde. Dois dias depois, uma multidão prestou-lhe uma última homenagem, num longo cortejo que acompanhou a urna até à cripta da catedral.

Polémico como poucos, odiado por alguns, idolatrado por outros, único para todos.

Numa viagem a Barcelona há cerca de um ano, vi ou revi (quase) tudo o que Gaudí por lá deixou e escrevi algumas notas neste blogue (aqui, aqui e aqui). Hoje, retomo apenas algumas fotos.





(Fonte)
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1 comments:

jvcosta disse...

Velho conhecedor de Madrid e de Barcelona, entre as duas o meu coração balança. Mas, no prato de Barcelona, certamente que Gaudi tem um grande peso.
Tenho tendência para pensar (ou sentir) que Barcelona é a cidade da vida real, da sociedade grande burguesa. Que Madrid é mais artificial, mais simbólica do artificial, do poder de Estado.
Sinto-me muito bem em ambas, em casa, como em Roma. Sou latino ;-)