29.9.14

Passos Coelho no nosso labirinto



«A dificuldade de Pedro Passos Coelho em explicar claramente uma questão muito simples ilustra perfeitamente porque Portugal, após três anos de austeridade e duas décadas de crescimento aparente sem destino, continua num labirinto. Circula, sem um fim definido. Esgota-se na sua fragilidade, no seu temor psicológico, na sua iliteracia hegemónica. (...)

O fogo lento em que alguém pôs Pedro Passos Coelho a assar mostra a fragilidade da nossa classe política. Não é preciso que faça "striptease bancário" para se ver a transparência do poder político português. Está à mercê das circunstâncias que não domina, da Europa ao dinheiro chinês. Deixou de ter braços armados, um modelo de economia e de sociedade, e até para defender as ilhas Selvagens tem de usar métodos do tempo do Mapa Cor-de-Rosa: para mostrar soberania tem de enviar um navio com a bandeira.»

Fernando Sobral

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