11.10.14

Há muito, muito tempo



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Coutada chinesa?



Nicolau Santos, no caderno «Economia» do Expresso de hoje. 
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Lido por aí (133)


@João Abel Manta

* El ébola como metáfora (Beatriz Gimeno)

* Poder, oligarquía y crisis (Fernando Luengo)

* Vanessa e o amor nos tempos de crise (Ana Sá Lopes)
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Avariar o Estado


O texto de Sandra Monteiro em Le Monde Diplomatique (ed. portuguesa) de Outubro:

«Antes fosse só incompetência, mas não é. A incompetência resolve-se substituindo pessoas impreparadas por pessoas capazes de fazer um trabalho bem feito. Não seria um grande drama: mesmo com a emigração, o país ainda está cheio de pessoas competentes. Mas o que está a acontecer ultrapassa em muito a incompetência. O actual disfuncionamento da sociedade é uma consequência previsível, saudada por uns e criticada por outros, da transformação estrutural imposta pela austeridade, pela dívida, pela arquitectura europeia e monetária. E avariar o Estado é um elemento central deste empreendimento.

O Estado deixa de funcionar através dos cortes de financiamento e das transferências de recursos, isto é, com políticas de desinvestimento público, degradação do Estado social (sistemas de educação, saúde e segurança social), ataque ao mundo do trabalho (salários, contratação, despedimentos) e canalização dos recursos aí gerados para o sistema financeiro. Chamam-lhe «disfuncionamento» os que discordam do tipo de sociedade que ela engendra; para os outros, os adeptos do neoliberalismo, tudo corre como projectado. Por vezes as trapalhadas são demasiado notórias, obrigando até a pedir desculpas, mas isso só significa que vão procurar uma forma mais eficaz de nos fazer engolir o seu modelo de sociedade, e nunca que desistiram dele. As desigualdades e as injustiças continuam a funcionar.

Na justiça, mergulhada há muito numa crise profunda, parecia não ser fácil piorar a situação. Mas o governo conseguiu fazê-lo. A reforma judiciária fechou tribunais funcionais para abrir outros sem as mínimas condições. Obriga funcionários a grandes deslocações (várias horas por dia e de táxi) e processos a serem transportados sem garantias da sua integridade física (em camiões de caixa aberta) e pelo exército. Ao mesmo tempo, o programa informático CITIUS entrou em colapso total, deixando o sistema parado há mais de um mês, com todos os prejuízos que daí advêm para os trabalhadores judiciais e para os cidadãos que recorrem à justiça. Esta já tinha problemas de ineficiência e inigualitarismo, agora a sua paralisação potencia o regresso de todas as aberrações justicialistas (a que não faltará quem chame «justiça popular» ou «populismo», certamente de geração espontânea).

Continuar a ler AQUI.
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10.10.14

Ainda há quem pense que os chineses não serão capazes de dominar o mundo?



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Arin Mirkan



Segundo as últimas notícias que li, «o Estado Islâmico terá conseguido conquistar o quartel-general das forças curdas que defendem Kobani, dominando já quase metade da cidade curda no Norte da Síria».

Durante mais de dois anos, Kobani foi poupada ao conflito, acolhendo milhares de deslocados árabes, curdos e turcomanos. Recentemente, foi o êxodo de cerca de 200.000 para a Turquia, acossados pelo avanço do Estado Islâmico.


Arin Mirkan, membro das Unidades de Protecção Popular, para que não a matassem ou fizessem prisoneira, fez-se explodir, no passado Domingo, lançando-se contra quem a cercava, e terá matado dezenas de jihadistas.

Qualquer que seja o desfecho, infelizmente cada vez mais sinistramente previsível, desta tragédia, Arin ficará como símbolo heróico da valentia de um povo – e da nossa vergonhosa impotência também. 
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Lido por aí (132)

Educação: nada «esclarificado»



«Depois do famoso pedido de desculpas – seguido de várias promessas –, o ministro da Educação veio agora dizer que não prometeu aos professores a manutenção do lugar. "Disse 'mantêm-se'. Não disse 'manter-se-ão'". O Governo entrou na fase "não leram as letras pequeninas" – é muito comum acontecer quando fazemos negócio com gente sem escrúpulos. Perante as justificações do exigente Crato, penso que é possível os alunos usarem os mesmos estratagemas semânticos quando responderem nos exames: "Eu disse que Fernando Pessoa tinha, pelo menos, um heterónimo".

Depois de ter errado na fórmula matemática de colocação dos professores, Crato começa, também, a tropeçar no português. Na sua aparição na televisão, Crato disse que vinha "esclarificar" a situação... Esclarificar é uma mistura de esclarecer com clarificar, que dá uma substância esponjosa, e pouco consistente, como se viu pelas justificações do ministro. Posso garantir que não fiquei nada esclarificado. Aliás, fiquei envergurioso: que fica ali entre o envergonhado e o furioso. As desculpas do ministro dão vergonha alheia e enfurecem porque são feitas como se aquelas pessoas e famílias (que tinham começado uma vida nova, há três semanas, e agora viram todos os seus planos destruídos) fossem mesas de escola ou estojos de química. "Vão lá buscar a família Saraiva a Beja, que afinal eles eram para ir para o depósito em Cinfães." (...)

Quem devia pedir a demissão de Crato eram os mesmos que dentro do Governo quiseram a demissão de Relvas. Na verdade, mais vale tirar o curso como tirou o Relvas do que apanhar um professor desonesto como o Crato. Nada como acabar com mitos de honestidade e competência. Não estou a falar do Zeinal, mas do Crato. Faltava pôr o Medina nas finanças (outra vez).»

João Quadros

Parece-me muito bem


.... assinalar a morte do valente Loukanikos com esta música de John Lennon (que teria feito ontem 74 anos).


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9.10.14

Brel & Lennon



O primeiro foi-se embora, num 9 de Outubro, há 36 anos, o segundo faria hoje 74.

Acompanharam muitos de nós ao longo da vida, marcaram-nos cada um à sua maneira – mais Jacques do que John, no que me diz respeito. Mas ambos ficaram para ser ouvidos, pelos mais novos e pelos menos novos.








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Oferecer o corpo à educação



Ricardo Araújo Pereira, na Visão de hoje, sobre as desventuras na mundo da Educação.

«Neste momento, os professores podem oferecer o corpo à educação, na medida em que as suas vidas parecem um daqueles problemas matemáticos: "o professor A é do Algarve e vai dar aulas para Trás-os-Montes. O professor B é de Lisboa e vai dar aulas para Braga. Após consultarem a internet, descobrem no mesmo dia que foram colocados por engano. Sabendo que ambos tomam o comboio das 8h20, qual chega primeiro ao centro de emprego?"» 

Na íntegra AQUI.
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Crato Nero



«Nuno Crato não é o ministro da Educação. Aparenta ser ele. A cara é a mesma. A forma como diz "lamentável" enquanto os olhos sorriem é semelhante. Mas não. Há quem insinue, malevolamente, que o corpo de Nuno Crato foi ocupado pela alma de Nero.

Nuno Crato seria um hóspede de Nero, o grande educador de Roma, que tudo queria destruir para contemplar as cinzas. Custa a acreditar. A sua obra, grandiosa, está quase completa. O incêndio propaga-se e os camiões cisternas fornecidos por Crato trazem combustível em vez de água. (...)

Afinal para quê educar os jovens portugueses se, para o que lhes destina o mercado de trabalho, basta saberem atender um telefone, registar uma compra e ler a lista de perguntas de um "call center"? Julgava-se, pelos vistos erradamente, que o Ministério da Educação, todos os anos, tinha uma fórmula clara para colocar professores. Que, com adaptações, não criaria problemas. Mas Crato conseguiu que nada funcione, que o que hoje é decidido é amanhã alterado. E não importam os danos colaterais. Que são apenas "lamentáveis", apesar de se ter transformado a Educação num parque de campismo. Não se sabe porque Crato é ainda ministro. Se fosse subsecretário de Estado da Produção de Alforrecas perceber-se-ia. Crato destruiu a educação pública em Portugal. Já pode ser condecorado.»

Fernando Sobral

E se ele fosse gozar com a família dele?



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8.10.14

Ainda são anéis, ou estão a ir-se os dedos?


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O MUD nasceu há 69 anos


Ver (*)

Em 8 de Outubro de 1945, numa sessão pública realizada no Centro Escolar Republicano Almirante Reis, em Lisboa, foi criado o Movimento de Unidade Democrática (MUD) e lançado um abaixo-assinado de adesão às resoluções aprovadas na referida sessão, nas quais se reclamava ao Governo e ao Presidente da República adiamento das eleições por seis meses, preparação de um novo recenseamento eleitoral, autorização para a formação de partidos políticos, lançamento de novos jornais e protecção às liberdades individuais. Há alguns meses, publiquei aqui a notícia da disponibilização das famosas «Listas do MUD», com 57.131 assinaturas que começaram a ser recolhidas precisamente há 69 anos.

Salazar ilegalizou a organização Janeiro de 1948, sob o pretexto de que tinha fortes ligações ao PCP, mas o MUD, assim como o seu ramo Juvenil, ainda apoiou a candidatura presidencial do general Norton de Matos, em 1949.

Quase sete décadas mais tarde, poucos são os sobreviventes – Mário Soares, Júlio Pomar e João Abel Manta são alguns deles.
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(*) Dirigentes do MUD, após entrega das listas para constituição legal do Movimento, no Governo Civil de Lisboa. Da esquerda para a direita: Guilherme Canas Pereira, Câmara Rey; Manuel Catarino Duarte, Afonso Costa (filho), Alberto Candeias, José Magalhães Godinho, Mário Lima Alves, Adão e Silva, Gustavo Soromenho e Manuel Mendes. 
Fonte da imagem e desta legenda: Fundação Mário Soares

Lido por aí (131)

@João Abel Manta

* The Ancestors of ISIS (David Motadel)

* A falácia democrática – Entrevista a Jacques Rancière (Gianni Carta)

* Implosão (Luis Bernardo)
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Voando sobre um ninho de cucos




«O grotesco do caos em que o início do ano lectivo se transformou vai do cómico ao dramático. Sob a tónica da insensatez do desvairado que o dirige, o Ministério da Educação e Ciência assemelha-se a um manicómio gerido pelos doentes. A última paciente, a directora-geral da Administração Escolar, decidiu sambar na cara de milhares de alunos, pais e professores: com a coragem própria dos cobardes, mandou os directores despedirem os professores anteriormente contratados. Sim, esses mesmos em que o leitor está a pensar. Aqueles a quem o ministro Crato (entretanto desaparecido atrás da palavra que não tem) garantiu, na casa da democracia, que não teriam qualquer espécie de prejuízo quando ele, ministro incompetente, corrigisse o enorme disparate para que acabava de pedir a desculpa da nação. (...)

Navegar por entre a teia kafkiana da legislação aplicável aos concursos de professores é um desesperante exercício de resistência. Só legisladores mentalmente insanos e socialmente perversos a podem ter concebido, acrescentando sempre uma nova injustiça à anteriormente perpetrada. Leiam as 1347 páginas das listas de subcritérios, agora tornadas públicas, verdadeiro hino à liberdade de disparatar, e ousem dizer-me que não tenho razão. (...)

A distorção nas representações sobre as condições de exercício da profissão docente, ardilosamente passada pelo Governo para a sociedade em geral, atingiu o limite do suportável e ameaça hoje a própria integridade profissional dos professores, que não se têm afirmado suficientemente vigorosos para destruir estereótipos desvalorizantes. Com tristeza o digo, mas a classe dos professores manifesta-se cada vez mais como uma classe de dependências. E quem assim se deixa aculturar, dificilmente compreenderá o valor da independência e aceitará pagar o seu custo. (...)

A classe dos professores não interiorizou, enquanto tal, a dimensão política da sua profissão. E, em momentos vitais das lutas a que tem ido, soçobrou por isso.» (Os realces são meus.)

Santana Castilho

7.10.14

Imaginação sem limites

Era mais do que certo que chegaria o dia



... de eu citar José Miguel Tavares. Hoje é esse dia.

«Convinha que a desresponsabilização na política portuguesa não chegasse a este triste ponto: desde que um ministro não seja apanhado a fazer corninhos no Parlamento ou a contar piadas sobre hemofílicos de Évora, ele pode espalhar a sua infinita incompetência por ministérios e secretarias de Estado sem que nada lhe aconteça. Ora, após o homérico desastre que está a ser o início do actual ano lectivo, por culpa exclusiva dos serviços do ministério da Educação, somos obrigados a perguntar que mais é preciso acontecer para que Nuno Crato se decida a apresentar o seu pedido de demissão.

Crato ficou em tempos conhecido por um colorido comentário que envolvia a implosão do ministério da Educação, e não se pode dizer que estivesse sozinho nesse desejo. O ministério da 5 de Outubro é um monstro burocrático que engole tudo à sua volta, e cujas preocupações acerca da gestão do exército docente suplantam em muito as preocupações com a qualidade de ensino dos alunos que é suposto servir. Mas por mais que nos unamos a Crato na sua vontade de implosão, a verdade é que em 2014 ele colocou a dinamite no local errado: em vez de implodir o ministério, explodiu com o ano lectivo. (...)

Nuno Crato deve ser devidamente responsabilizado – é inadmissível ter um governo que exige tanto aos portugueses e tão pouco a si próprio.» ( Os realces são meus.)
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Lido por aí (130)


@João Abel Manta

* Lo que está en juego en Brasil (Boaventura de Sousa Santos)

* La tercera guerra de Irak (Ignacio Ramonet)

* O Livre e a ilusão do “arco constitucional” (João Mineiro)
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Cobrador sem fraque



«Baixar ou não baixar os impostos não é uma questão ou um dilema de Shakespeare. É mais do que um arrufo entre os pombinhos da coligação que governa Portugal.

É a percepção que depois de ter governado o país lendo um livro de finanças orçamentais escrito em alemão, Pedro Passos Coelho é incapaz de decifrar um manual de economia política. O primeiro-ministro, que a um par de dias da apresentação do OE ainda não tem um documento definitivo, cumpriu à risca a sua missão como cobrador de impostos. Agora deixou de ter qualquer desígnio para cumprir.

É como se o Governo tivesse empurrado a carroça da austeridade por uma encosta abaixo e tivesse saltado para cima dela quando começou a descer. Puseram-na em movimento mas mostram-se incapazes de a parar. Assim continuam para a frente. A única esperança da tripulação do PSD e do PP é que a carroça chegue um dia a uma qualquer estrada plana e pare por sua livre vontade. Para que possam sair dela felizes. (...)

Com a sua missão de cobrador de impostos a chegar ao fim, Passos Coelho assiste ao seu fim. Começa a ser irrelevante, removível pelo próprio PSD. O seu tempo esgotou-se.

6.10.14

6/10/1985 – data fatídica em que Cavaco se tornou DDT



Com a vitória do PSD nas eleições legislativas realizadas nesse dia, sob a liderança de Cavaco Silva desde que este tinha ido rodar um carro à Figueira da Foz alguns meses antes, teve início um reinado que ainda dura.

Um mês mais tarde, o actual presidente tomou posse como primeiro-ministro do X Governo Constitucional, depois, em 1987 e em 1991 obteve duas vezes maioria absoluta (no último caso, também num 6 de Outubro!). De 1985 a 1995, esteve 10 anos consecutivos à frente de três governos – façanha única na história da democracia portuguesa.

Bem tentou não nos largar e ir quase directamente de S. Bento para Belém, no início de 1996, mas Jorge Sampaio trocou-lhe as voltas (ou os portugueses por ele) e teve de esperar 10 anitos. Foi à vida e andou por aí, mas, casmurro como é, não desistiu e os eleitores, sempre bondosos, fizeram-lhe a vontade.

Ontem, veio recordar que «na vida política portuguesa, tem sido prática constante, sobretudo nas últimas décadas, fazerem-se promessas e anunciarem-se medidas irrealistas com vista a conquistar o apoio dos cidadãos e o voto do eleitorado» e ameaçar-nos com a hipotética implosão dos partidos políticos. Como se, nos últimos 30 anos, tivesse andado a dirigir acampamentos de meninos de Baden Powell sem ocupar, durante já quase 20, os dois mais altos cargos políticos da Nação. Parvos somos, mas nem tanto assim. 
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Lido por aí (129)


@João Abel Manta

* Globalización y ruptura de naciones (Jorge Faljo)

* La ruta de Lisboa (Javier Rioyo)

* Em sueco, parece que se diz "erkännande" (Azeredo Lopes)
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Marinho e Pinto



Marinho e Pinto lançou ontem o seu novo partido e tem feito tantas afirmações mais ou menos tontas e desconexas, que a tentação é não lhe dar muita importância e ter fé na clarividência dos portugueses na hora do voto.

A questão é que nada leva a crer que a dita clarividência nasça por um golpe de mágica durante os próximos meses e que muitos eleitores não se entusiasmem com a hipótese de «um novo 25 de Abril sem chaimites», sem corrupção, e que castigue os actuais partidos que «beneficiam as suas castas e não o bem comum», etc., etc. Muito mais do que às subtilezas de convergências prováveis entre novas hipotéticas esquerdas, quem vê os programas da manhã onde (me dizem que) Marinho Pinto é presença habitual, está aberto ao seu tipo de discurso – «de esquerda» ou «de direita», tanto faz, conforme as ocasiões, mas que «parta tudo».

Muitos dos que votaram em figuras como Cavaco Silva, com um perfil seco, sério, impoluto, de que os portugueses sempre gostaram tanto, estarão igualmente dispostos a dar agora créditos a um populismo à nossa maneira – desconexo e poucochinho. Parece contraditório? Não, não é.

Oxalá me engane.
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5.10.14

Pensei o mesmo quando ouvi


«"Lutámos pela democracia antes e depois do 25 de Abril", disse Cavaco Silva nas comemorações da implantação da República.
O plural majestático é sempre uma bela fórmula.»

Francisco Seixas da Costa no Facebook
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Um Presidente que é ventríloquo do governo



Hoje, nem sequer nos divertimos com a bandeira posta ao contrário na varanda da Câmara Municipal de Lisboa e lá tivemos de ouvir Cavaco Silva apelar a consensos e compromissos, sem nada de novo ou minimamente convincente.


O presidente da República não fez mais do que funcionar como ventríloquo do governo que, em discursos especialmente reforçados nos últimos dias, não se cansa de tentar amarrar o PS a um futuro que lhe foge debaixo dos pés. Cá estaremos para ver se Cavaco e Passos Coelho terão sucesso e em que medida. 
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Viva, claro!



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Lido por aí (128)

A banalização do horror



Quando a decapitação de mais uma pessoa pelos jihadistas já não é abertura de telejornais, nem ocupa o topo da primeira página dos jornais, percebemos que se trata de uma realidade que já foi colocada no catálogo das trivialidades.

Em breve, teremos estatísticas e gráficos. 
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