10.9.15

Debate ou debalde?



«Nada ficámos a saber sobre a vexata quaestio: que fazer com uma maioria relativa, no dia 5 de Outubro? No resto, tudo previsível. Mesmo as não respostas. Mudança de voto por causa deste debate, não creio. Trazer potenciais abstencionistas para o voto, nem por isso. Um debate “plafonado”, para uns visto na vertical, para outros na horizontal. (...,)

Entre a incerteza da certeza (mercado acima de tudo e todos?) e a certeza da incerteza (milagre da rosa?) haverá quem prefira a primeira ou quem sonhe com a segunda.

Redução da dívida, nicles (apenas a discussão de quem a aumentou mais, e foi o PS). Educação, produtividade, inovação, como bases do desenvolvimento, fora do debate. Justiça e reforma do Estado, nada. Pobreza e desigualdades, nem de perto, nem de longe. Pensões, tão-só o concurso de quem errava mais. Sócrates, a presença da ausência.

Nestas coisas não há objectividades, a não ser o voto em 4 de Outubro. À partida, ganha quem queremos que ganhe.»

António Bagão Félix

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