17.9.16

O Titanic de Bratislava


«Com pompa e fanfarrra 27 líderes da União Europeia reuniram para debater de modo informal o futuro da União.

Tendo reconhecido previamente que a situação era grave poderia esperar-se (se não fosse aquilo que se sabe de tantos anos) que este fosse o início de um momento refundador.

Nada mais errado. A Declaração de Bratislava, resultante da reunião é dura em matéria securitária e sobre os refugiados, mas quanto ao resto, como cantava Dalida, paroles, paroles...

É particularmente estranho verificar que numa cimeira informal, o tempo de trabalho fosse tão pouco. Quando muito e se todos os presentes falassem (o que não é seguro) poderiam fazê-lo por um período de 5 a 7 minutos.

O resultado é claro: não houve qualquer debate, mas um mero visto a um documento no pior estilo da parelha Hollande Merkel.

E, assim, os líderes tiveram tempo para visitar uma galeria de arte e fazer um cruzeiro no Danúbio.

Este foi seguramente um cruzeiro TITANIC mas, pelos vistos, só o perceberam o déspota húngaro, que tentou afundar ainda mais o barco, e Matteo Renzi que marcou logo distâncias e marcou-as sozinho. Que pena.»

Eduardo Paz Ferreira no Facebook 
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