23.9.16

Very important classe media



«Tudo começou com uma declaração da deputada bloquista Mariana Mortágua, que antecipou os 500 mil euros como possível base de incidência de um imposto sobre o património.

De imediato, os líderes da oposição vieram alertar a população que este imposto sobre o património, que o Governo quer criar, era "um ataque e um saque à classe média", segundo palavras de Assunção Cristas e de José Gomes Ferreira.(…)

Na minha opinião, para a classe média portuguesa andar a nadar em meio milhão, as raspadinhas devem estar a dar imensos prémios. Com a declaração da Assunção Cristas, de que portugueses com património de mais de meio milhão são classe média, deixei de ser, oficialmente, beto. (…) . Acho que estas contas que a direita está a fazer, de que há imensa gente de classe média com mais de meio milhão, partem da ideia de que os portugueses são todos banqueiros. O que, verdade seja dita, é verdade. Somos donos da maioria dos bancos do nosso país. Tudo bem que ganhas, em média, uns 800 euros por mês, mas és dono do Novo Banco, não podes estar assim tão mal. (…)

Até o Vaticano tem mais classe média que nós e não se reproduz. Com números destes, estou convencido de que, se houver manifestação contra o imposto sobre o património, a frase que mais vezes se vai ouvir é: "Olá, Tia. Já não a via desde a manif. das escola privadas."

Na verdade, isto equivale a 1% dos contribuintes de IRS. 1%, olhando para o número parece que acertaram na "mouche", tem que ser mais do que mera coincidência. Talvez por isso, em relação ao imposto de que a oposição se queixa e chora, penso que não há nada como citar um famoso banqueiro de classe média – "ai aguenta, aguenta".»

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