4.3.17

Corais e mais corais



Hoje foi dia dedicado à Grande Barreira de Coral que se estende por 2.300 quilómetros ao largo da costa Nordeste da Austrália e é formada por uma rede de 2.900 recife de corais. Estes são animais vivos e sensíveis, da mesma família das alforrecas, mas que criam um esqueleto calcário e sólido.

No local por onde andei, há cerca de 400 espécies e vi-as através das janelas de um pequeno submarino, num espectáculo absolutamente impressionante pela diversidade, pelas cores e pelo brilho.

Foi de perto de Michaelmas Cay que parti no dito submarino. Michaelmas Cay é uma ilha com uma extensão de 1,8 hectares, 360 metros de comprimento e 50 de largura, habitat natural de uma verdadeira multidão de aves marinhas, numa das reservas ornitológicas mais importantes da Grande Barreira de Coral.

Vistos os corais, foi tempo para o melhor banho dos últimos anos, numa água límpida do Mar de Coral, salgadíssima, em que me vi rodeada de pequenos peixes simpáticos. Last but not the least, a água estava a 29º C.






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3.3.17

Já em Cairns



Depois de dois voos e muitos atrasos, aqui cheguei, e estou em «estágio» para andar amanhã pela Grande Barreira de Coral e nela me banhar. Um pouco como ir a Meca, segundo me dizem.

A noite terá menos de cinco horitas de sono, mas terão de ser suficientes…

Entretanto o fim do dia ontem, em Ayers Rock, foi a pequena maravilha que a imagem mostra.
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2.3.17

Uluru e as suas lendas



Hoje andei pelo Uluru, quase por dentro, numa longa caminhada que permitiu ver desfiladeiros, covas, vegetação, lagos e símbolos da cultura aborígene.

Algumas das grutas são utilizadas para dar um certo tipo de aulas a crianças que frequentam escolas aborígenas, usadas como cozinhas em momentos especiais ou em outro tipo de actividades.

Um dos pontos interessantes ligados a Uluru reside num conjunto de lendas sobre as suas origens e características. Resumo uma, contada em detalhe numa série de placas, algures perto de uma espécie de lago entre rochedos.

Kuniya, uma famosa cobra piton gigante, veio de Leste para Uluru com o pressentimento de que algo de mal tinha acontecido a um seu sobrinho. Não se enganou, este tinha sido ferido sem receber assistência. Kuniya decidiu então fundir o seu próprio espírito com o dele e transformaram-se na Wanampi, uma serpente arco-íris que continua a viver e protege uma espécie de lago para que a água não seque – e a água lá está.

O que pretende demonstrar esta lenda? Que se deve cuidar de quem precisa e que há que sublinhar, e respeitar, a intuição e a força femininas – neste caso representadas por Kuniya.

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Num outro comprimento de onda e porque há mesmo uma vez primeira vez para tudo: jantar com carne de crocodilo e de canguru.

Amanhã é outro dia, rumo a Cairns. E já não faltam muitos dias para o regresso…





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1.3.17

Kata Tjuta



Foi muito longo o dia, desde o acordar às cinco da manhã, a tempo de sair do navio o mais depressa possível, em Sydney, para apanhar o avião que nos trouxe a Ayers Rock. Nesta terra de aborígenes (que não se mostram), vim encontrar os tais 38 ou 39º previstos e milhares de moscas bem dispensáveis!

É aqui que se encontra o Uluru - Kata Tjuta National Park (Património Mundial da UNESCO desde 1987) e, se já avistei hoje o Uluru de vários ângulos, foi pelas 36 montanhas que formam Kata Tjuta que andei toda a tarde. «Andei» é uma força de expressão, porque só fiz uma pequena parte de uma caminhada prevista ou não estaria aqui para contar… Mas claro que chegou para ver o conjunto impressionante de cumes arredondados, desfiladeiros e vales, com muita verdura e que vão mudando de cor conforme a incidência do Sol (imagem no topo deste post, outras e vídeo mais abaixo). O mesmo acontece, aliás, com o Uluru e um ritual obrigatório, e que não falhei, foi ver as mudanças de tons, que vai tendo quando o Sol se põe (três últimas fotografias).

É tarde, amanhã o despertar é de novo às 5 para ver… o nascer do Sol. E o resto do dia será para o Uluru – que bem o merece.






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28.2.17

Adeus Cruzeiro, olá Uluru



Amanhã bem cedo será o desembarque, em Sydney, desta pequena multidão que aqui viveu doze dias, o que implicará uma logística nada fácil e programada quase ao minuto.

Segue-se uma viagem de avião até Ayers Rock, com uma duração que ainda não calculei, já que por aqui há diferenças não só em horas mas em metade das mesmas. E é tudo longe.

Clima? Pois passarei do friozito e muito vento desta primeira parte da viagem para uns 38 ou 39º. Vai ser interessante… 
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27.2.17

Hobart e o Monte Wellington



Estou em Hobart, capital da Tasmânia, na Austrália, estado com cerca de 68 mil quilómetros quadrados de superfície e pouco mais de meio milhão de habitantes. Hobart atrai cada vez mais turistas, bem como migrantes de outros estados australianos, que apreciam um custo de vida relativamente baixo e um clima agradável com longas horas de Sol no Verão.

Para além de ser uma simpática cidade, a sua verdadeira relíquia é o Monte Wellington, com 1.271 metros de altitude e do cimo do qual se tem uma vista espectacular de 360º sobre Hobart e arredores. Montanhas, pedras, vegetação e água quase a perder de vista! Talvez o pequeno vídeo ajude um pouco a imaginar uma parte da realidade (o ruído é do vento terrível que no enregelou).

E pronto: deixarei a Tasmânia sem ver o diabo…






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26.2.17

Apenas com mar à vista



Este é o percurso que terei feito de barco. Na Austrália andarei por terra e pelo ar. A vida num navio que leva 2.850 pessoas é um universo sui generis, que continuo a não apreciar especialmente, mas muito adequado para ver (um mínimo) da Nova Zelândia.

Um facto curioso: para além de umas dezenas de portugueses, há tantos brasileiros a bordo que os principais avisos dados pelos altifalantes são feitos em duas línguas, e apenas duas: inglês e português.

Amanhã será Hobart, na Tasmânia.
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