5.6.18

Portugal no mapa



Em muitos murais do Facebook, e até em noticiários de TV, vejo gente indignada com títulos como este, escolhido por vários jornais porque é bem bombástico. Decidi ir ler rapidamente alguns textos e cheguei às seguintes conclusões.

Na prova de aferição de História e Geografia, 2º ciclo, 2017, os resultados até foram muito bons. Mas verificou-se que «os pontos cardeais não são um conhecimento consolidado e 23% dos alunos trocaram oeste com este. Na mesma lógica, 16% trocaram sudoeste com sudeste e noroeste com nordeste.» (cfr. Observador). Ora o que era pedido aos alunos de 10/11 anos era que situassem Portugal em relação ao continente europeu utilizando os pontos colaterais da rosa-dos-ventos. Ou seja: não conseguiram localizar o país no sudoeste da Europa. Grave? Talvez, mas não é bem a mesma coisa, para uma criança, do que olhar para um mapa da Europa e não saber localizar Portugal.

Além disso: os meus netos (que têm mais ou menos estas idades, embora não tenham feito esta prova), sabem muito mais de geografia do que eu sabia com a idade deles (embora eu tenha aprendido estações e apeadeiros da linha do Norte de Portugal, na escola primária, em Moçambique, o que me foi utilíssimo, como se imagina...). E, para eles, que já nasceram na era do GPS, a Rosa dos Ventos tem tanta utilidade prática como para mim o ábaco (embora até tenha um e já tenha sabido manipulá-lo em tempos).

Se todos os problemas da educação fossem esses…
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