tag:blogger.com,1999:blog-1565842508268911669.post1358145880029639895..comments2024-03-26T12:29:47.750+00:00Comments on Entre as brumas da memória: Porque a quantidade de vida adicional não compensa a qualidade de vida perdida Joana Lopeshttp://www.blogger.com/profile/15533378403304085041noreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-1565842508268911669.post-81848108049692418162018-05-25T11:28:07.334+01:002018-05-25T11:28:07.334+01:004. Ainda ninguém me esclareceu, talvez o senhor me...4. Ainda ninguém me esclareceu, talvez o senhor me possa esclarecer. O que diabo é uma morte indigna?<br />5.Há quem afirme que os paliativos são uma espécie de eutanásia em câmara lenta. Na verdade, toda a medicação utilizada nos paliativos encurta o tempo de vida, mas, ao contrário da eutanásia, o objetivo não é acelerar a morte, mas dar o maior conforto e qualidade de vida, sendo que o efeito colateral mais evidente é acelerar a morte.<br />6. "Ainda outro argumento (o do slippery slope) é o de que os países onde se dará assistência médica aos que querem morrer passarão a ser centros mundiais de morte assistida descontrolada." Não sei se são considerados ou não. Sei que têm sido eutanasiados doentes com Alzheimer, logo, não deram consentimento algum. <br />Sei que têm sido eutanasiadas pessoas com depressão e vi, como o senhor deve ter visto, a reportagem que deu origem à prisão do médico holandês, o qual facultou a eutanásia a, pelo menos, uma idosa com depressão, causada pela morte da filha, sem qualquer doença grave. Vivendo o senhor no mundo real, tal como eu, sabe, com certeza, que há muitos filhos que abandonam os pais nos hospitais, os depositam nos lares, os abandonam, não os visitando nas suas casas, os que os maltratam e se apropriam das suas reformas e economias. Há sim senhor, há isto tudo no mundo. <br />Estes filhos, caso tenham algo a herdar, ou trabalhos de que se possam livrar, serão os primeiros a influenciar os seus pais a recorrer à eutanásia.<br />Esta verdade é insultuosa? Não é apenas execrável, triste e dolorosa.<br />Posto isto, não sou contra a Eutanásia, quem sou para dizer o que cada um deve fazer com a sua vida? Mas, só aceitarei uma legislação da eutanásia que me garanta quase a 100% que não será possível eutanasiar uma pessoa que se encontra deprimida ou que está a ser manipulada ou influênciada por um conjunto de pessoas ou situações exteriores a ele própria. <br />A depressão é um estado alterado das funções eletroquímicas do cérebro, logo, ninguém pode, ou não deve, tomar decisões de vida ou morte em semelhante estado<br />Se os filhos maltratam, abandonam ou exploram os seus pais, tem que haver uma fiscalização dessas situações e encontrar soluções para que esses idosos recebam os cuidados, atenção e apoio de outros que não os seus filhos.<br />Somente depois de se garantir que fizemos tudo o que nos foi humana e tecnicamente possível, apresentámos todas as alternativas, garantimos todos os apoios, incluindo o afetivo, psicológico e emocional, repito, somente nessa altura é que eutanásia se poderá concretizar, caso o doente mantenha a mesma ideia.<br />Na verdade, meu caro senhor, ninguém quer morrer, nem mesmo os suicidas. O que eles querem é acabar com a dor e o sofrimento. <br />Então, no que temos que apostar é na vida e encontrar e usar todos os meios ao nosso alcance para aliviar ou acabar com essa dor e esse sofrimento.Teresa Varelahttps://www.blogger.com/profile/11220990344336911422noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1565842508268911669.post-26868119752150285702018-05-25T11:27:43.523+01:002018-05-25T11:27:43.523+01:00A conselho de uma amiga, li o seu artigo.
Está be...A conselho de uma amiga, li o seu artigo. <br />Está bem estruturado, toca os pontos principais de divergência entre os que defendem a eutanásia e os que a condenam, mas, de resto, não me convence, pois a sua análise pessoal da situação, na minha opinião, é demagógica. <br />Tenho uma posição quase equidistante dos contra e dos pró eutanásia. Pelo que passo a referir o que me levou a comentar<br />1. Nem o senhor, nem ninguém, sabe o que vai pensar e sentir, se e quando estiver numa situação de necessitar de cuidados paliativos. <br />Neste momento, o senhor acha que se estivesse nessa situação quereria poder recorrer à eutanásia e era o que faria. Mas, note, esse é o seu pensamento e sentimento agora, a frio, sem na verdade alguma vez ter tido a experiência de viver essa situação.<br />E, na verdade, a experiência diz-nos que muitos dos doentes oncológicos que necessitam de paliativos, ao invés de pedirem que lhes acelerarem a morte, agarram-se a mais um dia de vida. Outros pedirão o contrário. Mas, de novo, afirmo, que o que vai sentir e pensar, se passar por uma situação destas, só saberá quando lá estiver.<br />2. Os medicamentos para o controlo da dor, como efeitos secundários, causam, principalmente, sono e alguma confusão mental. Não compreendo o seu argumento.<br />3. "Atualmente, várias são as vozes que invocam a ideia de que a morte assistida seria uma forma grosseira de poupar dinheiro ao Estado. Considero essa ideia ainda mais insultuosa...". Considera? Porquê? A verdade é insultuosa? A verdade pode ser triste, dramática, execrável, dolorosa, vergonhosa, agora, insultuosa, não compreendo. Acha que estamos a insultar quando constatamos o óbvio?<br />Teresa Varelahttps://www.blogger.com/profile/11220990344336911422noreply@blogger.com