tag:blogger.com,1999:blog-1565842508268911669.post5769434296804936653..comments2024-03-26T12:29:47.750+00:00Comments on Entre as brumas da memória: A «ignomínia» dos europeusJoana Lopeshttp://www.blogger.com/profile/15533378403304085041noreply@blogger.comBlogger7125tag:blogger.com,1999:blog-1565842508268911669.post-15569482976952723422011-02-24T21:56:02.853+00:002011-02-24T21:56:02.853+00:00A UE tem pactuado com as ditaduras do Magrebe devi...A UE tem pactuado com as ditaduras do Magrebe devido à sua <br />dependência energética da qual Portugal também não escapa e por essas ditaduras serem um tampão à entrada de mais ilegais na Europa. O chantagista Kadaffi passou anos a pedir dinheiro a UE para continuar a travar essas ondas. Mas elas começaram a cair. Lampedusa triplicou a "população" de um dia para o outro, amanhã será a Sicília, mais tarde a <br />Andaluzia, e por aí acima, porque a Europa não assume o que quer, não se impõe, e que melhor exemplo que o da Bélgica? O ninho da União Europeia está a menos de 40 dias de bater o record do Iraque, como país que há mais tempo sem governo. Sintomático do desgoverno geral deste bloco económico (faço sempre questão de afirmá-lo como bloco económico). Daí não me espantar minimamente o crescimento de partidos anti-europeístas, pois representam o receio de cidadãos face ao desgoverno vigente e à falta de estratégia.<br /><br />A ajuda a esses países tem de ser feita lá, dar-lhes condições lá, para que em caso de necessidade possamos ir buscar os bons, como referia Vitor Trigo.<br />Assim pode haver condições para florescer e dinamizar, sem aspas. E <br />como distinguir os bons dos maus quando chegam centenas deles sem <br />qualquer identificação em embarcações degradantes? Serão só bons? Será que no meio daqueles "refugiados" não existem criminosos ou extremistas? prefiro acreditar que não, como ingénuo que sou... <br /><br />A estratégia de sucesso dos EUA foi, no final do Sec XIX ter vindo buscar os cérebros à Europa Ocidental, e mais tarde à Europa Oriental e até a Israel. Não foram buscar vendedores de fruta com 4 filhos à Turquia, como a Alemanha aceita, e que custam mais à segurança social do que aquilo que contribuem em impostos, algo sabiamente referido pelo presidente do Banco alemão sendo muito criticado pela UE devido a essas declarações, como se tivesse dito alguma mentira.<br /><br />Sabe, esta questão da emigração e dos medos mesquinhos da Europa, leva-me a concluir que a Europa sempre quis ser um género de Estados Unidos, mas enquanto lá existem 50 aldeias pertencentes ao mesmo Concelho e bem afastadas de inimigos, aqui temos 27 aldeias bastante antagónicas (mais as aldeias rebeldes - Pais Basco, Escócia, Irlanda do Norte, a nação flamenga, etc) fora tribos rivais do norte de Africa e do Caucáso. Logo inviável! A Europa de hoje lembra aquela pequena aldeia distante onde os <br />seus habitantes preocupam-se mais com a vida dos outros quando não conseguem sequer resolver os problemas que têm na sua própria casa. Com a falta de visão <br />estratégica, esta União Europeia implodirá ao género do que aconteceu à antiga Jugoslávia. Dou menos de 20 anos para isso acontecer.<br /><br />Concluo com este video http://www.youtube.com/watch?v=PnJcsQYZEGU (em <br />especial a partir do minuto 39) sobre algo que acontece hoje no UK, país onde vivi dois anos e presenciei inúmeras situações semelhantes, que representam o falhanço do multi-culturalismo na Europa.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1565842508268911669.post-73880304508544045572011-02-24T21:55:36.652+00:002011-02-24T21:55:36.652+00:00Boa noite,
Se me permite Joana, gostaria de concl...Boa noite,<br /><br />Se me permite Joana, gostaria de concluir o raciocínio anterior tendo em conta a sua opinião e o comentário de Vitor Trigo. Desde já as minhas desculpas pela extensão do próprio.<br />A minha referencia a "Europeia" e "assimilada" tem haver com o principio fundamental da Europa que foi sempre exportar os seus valores para o mundo, quer fossem os positivos (Economia livre, liberdade e Estado Social, o <br />progressismo dos valores da Revolução Francesa, etc) ou negativos (colonização, inquisição, etc), ao longo dos séculos, mas o que se assiste especialmente nos ultimos 20 anos é a profanação dos valores positivos que ela sempre se regeu, para dar direitos a grupos mal intencionados ou com interesses obscuros que se aproveitam das facilidades existentes para <br />imporem os seus valores. <br /><br />Tudo isto para dizer que a inclusão de pessoas de fora numa Europa <br />económica e demográficamente falida é inevitável, mas há que saber onde ir buscá-los e não simplesmente aceitar quem aparece, venha com visto de turista ou de refugiado e muito honestamente não é com muçulmanos que a Europa vai lá, pois estes representam a maior oposição aos valores da <br />Europa - o factor religioso acima do factor Homem (muitos deles falam <br />sempre na "Nação islâmica" que vale infinitamente mais do que o ser <br />tunisino, argelino, turco, etc) Uma cultura que não conheceu o iluminismo e que continua a apresentar alarmantes sinais de um dogmatismo e obscurantismo medieval impossivel de aceitar ou sequer pactuar no século XXI. O receio e "medo mesquinho" da Europa é este, à medida que as mesquitas e tribunais islâmicos clandestinos vão florescendo na Europa e o mundo islâmico não muda ao contrário do aberto e vaive espírito europeu que aceita tudo e está a se auto-sentenciar.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1565842508268911669.post-82669136250184238962011-02-24T16:36:26.901+00:002011-02-24T16:36:26.901+00:00Eu entendo, Joana. A minha primeira reacção foi no...Eu entendo, Joana. A minha primeira reacção foi no mesmo sentido da tua.<br />Depois, reli, e fiquei na dúvida.<br />Talvez MB possa explicar.Vitor M. Trigohttps://www.blogger.com/profile/09506874630858264915noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1565842508268911669.post-67626206243670615622011-02-24T16:28:24.828+00:002011-02-24T16:28:24.828+00:00Admito perfeitamente, Vítor, ter interpretado mal ...Admito perfeitamente, Vítor, ter interpretado mal o sentido do que Martini Bianco escreveu. Mas houve várias passagens que me levaram a tal, por exemplo mais esta: «A Europa tem de decidir se continua "europeia" ou "assimilada".=Joana Lopeshttps://www.blogger.com/profile/15533378403304085041noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1565842508268911669.post-9263129396927246812011-02-24T16:18:38.408+00:002011-02-24T16:18:38.408+00:00Não conheço o Martini Bianco. Seria importante con...Não conheço o Martini Bianco. Seria importante conhecê-lo para poder perceber melhor o que diz.<br />De facto, não retiro das suas palavras a tua interpretação, Joana.<br />Eu tb acho que a Europa está numa crise de identidade: Com o modelo social que escolheu, envelhecendo a olhos vistos, excedentária de competências de que não necessita, e carente de outras que continua a não ser capaz de desenvolver, só conseguirá sobreviver (i.e., não se tornar 3º mundo), se não depender somente dos europeus.<br />Por isso eu acho que a Europa terá forçosamente de "importar" gente e competências novas. E tb penso que é assim que os líderes europeus pensam, e, por isso, querem receber os "bons" e travar a chegada dos "maus".<br />Foi nesta perspectiva que li o comentário de Martini Bianco, nomeadamente a frase crucial - "Ou aceita continuar "Europeia" se fecha e regride, ou então se "assimila" aos àrabes, africanos e asiáticos, "floresce" e "dinamiza-se". <br />Eu vejo nesta frase uma crítica negativa (na primeira parte) e uma esperança (na segunda).<br />Tentando explicar melhor: Se a Europa insistir em permanecer fechada está liquidada, se aceitar abrir-se poderá "florescer" e "dinamizar-se".<br />Pessoalmente, vejo uma alternativa: A Europa conseguir desenvolver uma política de aproximação e desenvolvimento comum com os países mediterrânicos do outro lado do lago. Mas isso, implicaria ultrapassar crenças ideológicas e pressões políticas de outros concorrentes - USA e China, a quem a ideia não deverá agrdar mesmo nada.<br />Espero não me ter desviado muito do tema.Vitor M. Trigohttps://www.blogger.com/profile/09506874630858264915noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1565842508268911669.post-20407647486319894572011-02-24T09:57:58.417+00:002011-02-24T09:57:58.417+00:00Totalmente em desacordo, como é óbvio por tudo qua...Totalmente em desacordo, como é óbvio por tudo quanto tenho escrito.<br /><br />«Ou aceita continuar "Europeia" se fecha e regride, ou então se "assimila" aos àrabes, africanos e asiáticos, "floresce" e "dinamiza-se".» Não, não e não!...<br /><br />Regredir já regrediu, fechar-se nem conseguirá, neste mundo aberto em que tem de ser cooperante e democrática - ou é a primeira a renegar os seus próprios valores.Joana Lopeshttps://www.blogger.com/profile/15533378403304085041noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1565842508268911669.post-8633803508038365902011-02-24T05:56:15.182+00:002011-02-24T05:56:15.182+00:00Um artigo admirável mas demasiado parcial. A posiç...Um artigo admirável mas demasiado parcial. A posição Europeia em questões externas sempre foi menor do que se esperaria deste bloco económico.<br /><br />A Europa tem de decidir se continua "europeia" ou "assimilada" algo que deveria ter sido explicitamente referido no artigo e não é. Falam na mesquinhez e nos medos, mas eles existem mesmo e são fonte de preocupação para muita gente.<br /><br />A Europa não pode ser um albergue para "refugiados" sempre que acontece uma convulsão num país próximo, pois até hoje todos esses "refugiados" têm chegado à Europa com o estatuto de "turistas" e depois ficam, daí qual a necessidade de serem chamados de "refugiados"?<br /><br />A descaracterização da Europa e falo apenas no plano cultural e social será a questão fundamental que a Europa terá de se debater nos próximos anos. Ou aceita continuar "Europeia" se fecha e regride, ou então se "assimila" aos àrabes, africanos e asiáticos, "floresce" e "dinamiza-se". <br /><br />Aparentemente na Europa esse florescimento e dinamização não é bem visto pela maioria dos europeus. É um grande dilema, que ou se resolverá nesta década ou então culminará com o fim da União Europeia, algo já aceite por muitos franceses e alemães, pois sabem que a Europa que idealizaram nos anos 50 e 60 não é a Europa que têm hoje e estão preocupados com a herança que deixarão aos seus filhos, pois a agir como atualmente deixam caminho aberto para os movimentos de extrema direita surgirem, até por que eles nunca surgem por acaso. São apenas presságios que depois transformam-se e terminam de forma trágica. A História já nos ensinou isso mas em Bruxelas parecem ainda existir muitos sonhadores.Anonymousnoreply@blogger.com