tag:blogger.com,1999:blog-1565842508268911669.post6816003675182962804..comments2024-03-26T12:29:47.750+00:00Comments on Entre as brumas da memória: Aos que brindarão com champanheJoana Lopeshttp://www.blogger.com/profile/15533378403304085041noreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-1565842508268911669.post-55123397211681584122012-02-10T13:11:04.977+00:002012-02-10T13:11:04.977+00:00La izquierda española brindó con champán por el ma...La izquierda española brindó con champán por el magnicidio de Carrero Blanco......Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1565842508268911669.post-26304265461669281052012-02-10T00:18:05.070+00:002012-02-10T00:18:05.070+00:00Deixo-lhe uma longa citação, desculpe-me por isso....Deixo-lhe uma longa citação, desculpe-me por isso. Mas porquê colocar palavras minhas se estas me servem tão bem:<br /><br />As lágrimas do Juiz Garzón hoje são as minhas lágrimas. Há anos, a um meio-dia, tomei conhecimento de uma notícia que foi uma das maiores alegrias da minha vida: a acusação a Pinochet. Este meio-dia recebi outra notícia, esta das mais tristes e desesperançadas: que quem se atreveu com os ditadores foi afastado da magistratura pelos seus pares. Ou melhor dito, por juízes que nunca processaram Pinochet nem ouviram as vítimas do franquismo.Garzón é o exemplo de que o agricultor de Florença não tinha razão quando, em plena Idade Média, fez dobrar os sinos a finados porque, dizia, a justiça havia morrido. Com Garzón sabíamos que as leis e o seu espírito estavam vivos porque as víamos actuar. Com o afastamento de Garzón os sinos, depois do repique a glória que farão os falangistas, os implicados no caso Gürtell, os narcotraficantes, os terroristas e os nostálgicos das ditaduras, voltarão a dobrar a finados, porque a justiça e o estado de direito não avançaram, nem terão ganho em transparência e quem não avança, retrocede. Dobrarão a finados, sim, mas milhões de pessoas sabem reconhecer o cadáver, que não é o de Garzón, esclarecido, respeitado e querido em todo o mundo, mas o daqueles que, com todo o tipo de argúcias, não querem uma sociedade com memória, sã, livre e valente.<br /> <br />In O Caderno de Saramago, publicado a 14 de Maio de 2010Rogério G.V. Pereirahttps://www.blogger.com/profile/06439394490702406927noreply@blogger.com