8.9.24

Além da cor da minha pele

 


«Tive a honra de ser uma das nove celebridades brasileiras escolhidas para participar de um projeto inédito de mapeamento do genoma humano. A pesquisa foi conduzida pela equipe do geneticista Sérgio Pena, da Universidade Federal de Minas Gerais, de Belo Horizonte. Eles consideraram 40 trechos do DNA, que têm características diferentes entre as populações que mais contribuíram para a origem do brasileiro: europeus, africanos e ameríndios.

Outra que participou da experiência foi a nossa eterna ginasta Daiane dos Santos. O seu resultado surpreendeu a todos. Ela tem mais herança europeia do que africana em seu material genético. Segundo Pena, o genoma de Daiane, o primeiro a ser divulgado, define o protótipo do brasileiro: 39,7% africano, 40,8% europeu e 19,6% ameríndio.

Antes de ver o resultado do meu exame, eu apostava que ia dar entre 70% e 90% africano e que não teria um só gene europeu. Não tenho olho azul, não tenho cabelo escorrido, não tenho nada de branco aqui. Da Europa, nada, bradei.

Mas qual foi a minha surpresa ao ver o resultado: 67,1% de seu genoma têm origem europeia, e 31,5%, africana. Eu sou mais europeu do que africano. Quando recebi o resultado, disse: “Europeu, eu?! Um negão desse…”. Foi uma gargalhada geral.

Outro exame, o de saliva, mostrou que, na análise da linhagem materna, sequências genéticas idênticas às minhas foram também encontradas em povos mancanha (Guiné Bissau), limba (Serra Leoa) e iorubás (distribuídos por uma região que engloba hoje países como Nigéria, Benin, Gana e Togo).

Já do lado paterno, foi mais difícil precisar as minhas origens, porque o material genético analisado mostrou ampla distribuição geográfica entre as três regiões da África que enviaram escravos ao Brasil (África Ocidental, África Central e Sudeste da África).

Os resultados do meu DNA e do de Daiane mostram que os que ainda acreditam que a ascendência genética se refletem na cor da pele não entenderam nada. O projeto do doutor Pena mostra que os que julgam que os negros são apenas fruto da África ignoram a formação do nosso povo.

O Brasil é resultado da junção de índios, europeus e africanos. Não foi um processo fácil, nem justo. Mas negar isso, é negar que o sol vai nascer amanhã.

Posso dizer que esse negrão aqui é o típico exemplar do povo brasileiro. Carrego a ancestralidade dos meus, com a missão de criar pontes entre Brasil, Portugal e África. E minha armadura é a nossa música, a mais pura tradução dessa mistura. Com cadências africanas, lusitanas e indígenas, criamos aquele que pode ser o mais universal dos sons: o samba brasileiro.»


7.9.24

Um vaso azul

 


Vaso «Courges» (Abóboras), 1914.
René Lalique.


Daqui.

07.09.1975 – Quem se lembra dos SUV?

 


Os SUV (Soldados Unidos Vencerão) – uma auto-organização política de militares, clandestina, que se definia com «frente unitária anticapitalista e anti-imperialista» – apresentaram-se «embuçados por razões de segurança» numa conferência de imprensa realizada no Porto e transmitida pelo Rádio Clube Português , em 7 de Setembro de 1975.

Organizaram desfiles em várias cidades, mas julgo que nenhum teve a dimensão do de Lisboa, em 25 de Setembro, com apoio de partidos como o MES, a LCI, a UDP e o PRP. Centenas de soldados fardados, acompanhados por representantes das comissões de trabalhadores e de moradores e por uma verdadeira multidão, subiram do Terreiro do Paço até ao Parque Eduardo VII, onde teve lugar um comício. No fim deste, foram desviadas dezenas de autocarros da Carris, que levaram quem quis até ao presídio da Trafaria, de onde, pelas 2:00 da manhã, foram libertados dois militares que se encontravam detidos, precisamente por terem distribuído panfletos de propaganda da manifestação.

Para se perceber um pouco mais do que estava em causa, vale a pena ler o MANIFESTO com que os SUV se apresentaram, precisamente nesse 7 de Setembro.
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Pode não ter novidade nenhuma e ser muito grave na mesma

 


«O argumento de que alguma coisa não tem novidade não é um argumento, nem político, nem legal, é um argumento jornalístico e, mesmo assim, mau e errado. O objectivo do seu uso é minimizar a relevância de um facto, por já ser conhecido há algum tempo. É nesse argumento que o primeiro-ministro e o seu coro partidário e “comunicacional” se baseiam para considerar irrelevantes as acusações do relatório da Inspecção Geral de Finanças sobre como foi feita a anterior privatização da TAP, nas últimas horas do já póstumo governo Passos Coelho, com o papel destacado para personalidades que, com o actual governo PSD/CDS, saíram do limbo onde estavam.

Declaro desde já, por causa das moscas, que não sou contra uma privatização da TAP, depende de como for feita e em que condições para o interesse público, nem me pronuncio sobre a legalidade ou não do que aconteceu, mas apenas sobre o modus operandi político-comunicacional, porque hoje não há uma coisa sem a outra. Pode haver muita relevância política sem que necessariamente haja matéria criminal, sob pena de cairmos no argumento de Pina Moura sobre a “ética republicana” que dava para lavar tudo. Aliás, vimos de anos e anos de “casos” sem matéria criminal, mas significativa penalização política. Este tem sido o pano de fundo da nossa vida pública, para o bem e para o mal.

Vamos aos argumentos. Primeiro, não é verdade que o retomar deste caso, pelo menos estranho, da anterior privatização da TAP não seja “novidade”. A novidade não tem apenas a ver com a factualidade do processo de privatização de 2015 (e mesmo assim há muitos detalhes que são “novos”), mas com a diferença do actual contexto: o ministro das Infra-Estruturas hoje volta de novo a ser o responsável pela privatização da TAP, que está em curso, e a outra responsável à época foi indicada para comissária europeia. Quem conheça o Parlamento Europeu sabe que, neste último caso, com ou sem “novidade”, vai haver duras perguntas. Acresce que não há maneira de evitar que qualquer eventual comprador diminua o preço oferecido com o argumento de que não se sabe que efeitos legais vão ter as acusações da Inspecção-Geral de Finanças, e a que ponto vão fragilizar os negociadores portugueses.

O contexto é, por isso, novo.

Segundo, haver este relatório, com o que lá está escrito, é também novidade per se, porque introduz um conjunto de acusações que vai para além do debate público à volta de 2015, que também não foi muito esclarecedor. No caso da TAP, haver uma privatização pelo menos estranha que suscita a uma entidade pública, a Inspecção-Geral de Finanças, a suspeita de haver crime deveria dar origem a uma polémica, tanto mais que um novo processo de privatização está em curso. Ora, a polémica tem sido muito incipiente, contrastando com as questões de indemnizações que alimentaram a Comissão de Inquérito e que, objectivamente, não têm, nem de perto nem de longe, a gravidade do caso actual.

Terceiro, por que razão não há a mesma indignação, o mesmo surto de acusações, clamor e escândalos? É por não ser “novidade”? Duvido, embora não diminua o papel amortecedor que a ideia de que "não há novidade” tem no jornalismo excitado dos dias de hoje. Penso, no entanto, que há outra razão que reflecte a politização actual do jornalismo, principalmente à direita - o alvo neste caso são, para muitos profissionais da indignação mediática, "os nossos” e não "os deles”. E "os nossos” não se tratam da mesma maneira que "os deles”. E o que é certo é que não haver o orgasmo matinal habitual da Rádio Observador, amplificado o dia todo pelos comentadores da mesma rádio em tudo o que é canal de televisão, tem um efeito. É eficaz a fazer um “caso” ou não. Neste caso, não.

Quarto, há sempre um efeito de neutralização pelo facto de ambos os partidos, PSD e PS, terem uma história de contradições e cumplicidades nestas matérias, e o valor dos ataques é muito diminuído pela lembrança da culpabilidade própria de cada um. O pingue-pongue de culpas tem um efeito devastador no escrutínio político porque o transforma logo à partida numa espécie de espelho - “fazes hoje o que eu fiz ontem” e não saímos disto. O desgaste reputacional dos dois partidos do poder é um factor no quase grau zero da nossa democracia.»


A obra de Macron

 


Libération, 05.09.2024

6.9.24

Sem dúvida

 


Um Governo à maneira

 


A importância de não vender ilusões

 





Três mil e setenta e nove dólares

 


«Se quisermos ver o futuro, temos de viajar para a Ásia. Afastados de países mais prósperos do Sudeste Asiático como a Tailândia ou Singapura e a Malásia ou a Indonésia, ou a oriente a Coreia do Sul e o Japão, a paisagem entristece.

Três mil setenta e nove dólares. O preço de um rim birmanês, vendido a um chinês. Um transplante feito na Índia. Maung Maung foi obrigado a vender a única mercadoria, o corpo. O rim. Preso e torturado, decerto falsamente acusado, pela Junta militar que tomou o poder a seguir ao golpe de 2021 que pôs fim à fugaz democracia de Myanmar, a família foi obrigada a contrair empréstimos para comer. Quando saiu da prisão e das mãos dos carniceiros, Maung descobriu que a mulher tinha contraído dívidas que não podiam pagar. Perdido o emprego, a sombra da fome encharcava o casal e a filha. Ofereceu-se aos traficantes de rins. Uma rede criminosa de tráfico de órgãos dedica-se a explorar o negócio dos transplantes e candidatos não faltam. A rede organiza a viagem para a Índia e a cirurgia. O Facebook facilita o balanço entre a oferta e a procura. Grupos organizados recebem propostas de birmaneses desesperados.

Apesar da ilicitude, a Meta e Zuckerberg não comentam. Se a França deteve o dono do Telegram por atividades ilícitas dentro da rede, a América talvez devesse prestar atenção ao que acontece dentro do Facebook.

No Afeganistão, sem tecnologia, famílias sitiadas pela indigência vendem os filhos pequenos, para uso e abuso dos pedófilos compradores. Dois mil dólares, por aí. Uma prática que sempre existiu no país dos talibãs, atenuada nos anos da ocupação militar americana. Nas zonas rurais onde não chega a lei e muito menos a compaixão, o hábito de manter escravos infantis, chai boys, como servos sexuais ou de entretenimento, é banal. Rapazinhos bonitos são procurados pelos senhores da guerra e traficantes de ópio, uma boa parte da população masculina, visto que as armas são como a papoila, estão em todo o lado. Na retirada de Cabul, os americanos deixaram para trás toneladas de armamento que os talibãs e contrabandistas açambarcaram.

Tal como Myanmar, o Afeganistão é um país relegado para os fundos da consciência ocidental e da compaixão seletiva. Ignorado pelo jornalismo e pelos historiadores contemporâneos.

Nos dois países, o turismo não é salvação. Myanmar recebe turistas chineses, que são na maioria traficantes ou negociantes de armas e drogas, representantes e operários das tríades, sabendo que a China precisa da Junta para exercer sobre o país a predação total. A China usa Myanmar como uma gigantesca fábrica de fentanil, a droga com a qual tem esperança de contribuir para o declínio da civilização ocidental, sobretudo o declínio da sociedade americana. Não é um insucesso, apesar de os cartéis mexicanos se terem juntado à festa. As substâncias químicas são mais fáceis de apurar em laboratórios ambulantes do que a manipulação das velhas drogas baseadas em plantas. São também mais baratas de traficar e produzir e a clientela não esmorece. Nunca a heroína foi tão barata. Para os camponeses afegãos, nada é tão rentável como o cultivo da papoila, mas os preços baixaram.

Myanmar tem recursos naturais cobiçados pela China. Rubis das minas de Mogok, as pedras com a maior qualidade. O vale de Mogok, lendário desde o império britânico, com um legado tão nefasto e cruel como o legado colonial belga no Congo. Não é preciso ler Orwell para a evidência. O império deixou sequelas e mazelas étnicas que ajudam a perceber o fosso entre os muçulmanos Rohingya e a maioria da população budista.

Para os birmaneses Bamar, budistas extremos, os Rohingya eram uma herança dos ingleses, que os importaram de países como o Bangladesh para a escravatura laboral. Apesar dos grupos étnicos vários do país, Shan, Karen, Chin, Mon, etc., a maioria é budista e reage aos “bengalis”, apesar de os “bengalis” estarem há décadas no país. São, agora, apátridas, relegados para as lamas do Cox’s Bazar no Bangladesh. Outra minoria étnica em esquecimento.

Mogok tem rubis que são traficados pelas tríades chinesas e que acabam nas mãos dos joalheiros que servem uma clientela multimilionária. Tal como os rins, os milionários chineses compram tudo, do corno de rinoceronte ao rubi da Birmânia. Os rubis de Mogok são raros, por causa do golpe e da guerrilha regional das etnias contra a ditadura.

O efeito predador da China não se limita a Myanmar, também no Afeganistão exerce uma influência, juntamente com a regressada Rússia, mas é nos países pobres do Sudeste Asiático que a predação é mais visível. No Camboja, que a ditadura comunista e dinástica transformou em “país amigo”, a China constrói centros comerciais e casinos, em lugares onde os chineses gostam de passar os ócios, como Sihanoukville. A antiga praia paradisíaca é agora um faroeste onde reina o vício. Jogo, prostituição, tráficos vários, mais as vantagens logísticas do porto para as iniciativas tipo Belt and Road. A cidade foi assaltada pelos chineses, e alguns locais organizam uma resistência mafiosa, tentando sobreviver. A vingança e o crime são endémicos.

O Camboja tem outro bem precioso, a água, que as barragens chinesas roubam no Mekong corrente acima, 11 barragens sob controlo chinês, transformando terras que eram pântanos em desertos e gerando a catástrofe ambiental e a deslocação forçada das populações. Belt and Road, claro.

O país é também o poiso de call centers ilegais, onde operários do computador se dedicam a espoliar e enganar os ingénuos que querem enriquecer na net, com esquemas que sugam as poupanças de milhares de chineses online. Neste filme de terror, que Pequim sabe que existe e finge ignorar, os centros são operados por escravos tecnológicos recrutados na China para fictícios empregos e que acabam sem ver a luz do dia num armazém sem janelas de uma zona perdida do Camboja. Imaginem um lobo de Wall Street proletário em linha de montagem. Principescamente subornado, o regime autoriza e assiste à devastação humana e da natureza, à destruição das florestas, ao envenenamento dos rios, à esterilidade das terras, à violação dos direitos e modos de vida locais.

O turismo de massas chinês fez de Angkor Vat um circo, pior do que um parque Disney, onde os casamentos chineses acorrem para a fotografia em frente aos templos. Uma nova lei acaba de autorizar a devassa. É uma visão grotesca, instagramável.

E no Laos, bombardeado pelos americanos sem dó nem piedade durante nove anos, carpet bombed, a predação continua. Ainda intocado, e repleto de minas por explodir, o país tem uma beleza natural que estonteia, tal como a Birmânia. A beleza que a destituição e a solidão pouparam ao “progresso”. O Laos é o grande exportador de eletricidade para os países vizinhos, as chuvadas tropicais garantem as cheias do Mekong e das dezenas de afluentes e rios do país. A China quer agora construir acima de Luang Prabang, a cidade sagrada, uma barragem que a destruirá. A UNESCO ameaça retirá-la da lista do património mundial. Se a ameaça e a barragem vingarem, Luang Prabang e as gentes que ali vivem estarão condenadas à morte.

Em todos estes países as Nações Unidas têm uma presença que se caracteriza pela insignificância. A China corrompe a elite tóxica dos partidos comunistas que capturam a liberdade, as populações e os recursos. O Vietname é o país que mais resiste à predação chinesa, tanto da China como de Taiwan, note-se, e que ostenta a maior inteligência política no modo como lida com as potências.

O Mekong é um dos rios mais poluídos do mundo, e as águas da monção arrastam plásticos e detritos da civilização ocidental. Um mar de lixo. As multinacionais da alimentação e da junk food abriram loja para venderem os produtos com aditivos, viciando as crianças em doces e mistelas químicas destinadas a mudar os hábitos alimentares saudáveis de uma população. Crescem a obesidade e a diabetes.

O capitalismo global só mostra a verdadeira face nestes lugares onde não chega a consciência democrática libertadora que serve de desculpa para os desvios.

Escrevo isto depois de mais de um mês na região. Predação, destruição, poluição e exploração servidas pela ganância são a regra nos pobres. A regra do famoso “desenvolvimento”.»


5.9.24

Dantes é que era bom

 

1950

O Artigo 8º da «Postura» da Câmara Municipal de Lisboa é magnífico: 

«Quando não haja monta-cargas adequado ao transporte simultâneo de volumes e pessoas, será facultado o uso do ascensor aos serviçais que se dirijam a qualquer pavimento acima do segundo e desde que se apresentem decentemente vestidos e não transportem volumes que, pelas suas dimensões, peso e natureza, possam danificar a cabine ou impregná-la de cheiros incomodativos.»
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05.09.1972 - O massacre de Munique

 


Há 52 anos, o comando palestiniano «Setembro Negro» tomou como reféns onze membros da delegação israelita aos Jogos Olímpicos que tinham então lugar em Munique. Morreram logo dois desses reféns, mas, depois de uma intervenção de resgate falhada, levada a cabo pelas forças de segurança alemãs, acabaram por morrer mais nove atletas, cinco dos sequestradores, um polícia alemão e um piloto.



Se este foi, de longe, o mais dramáticos dos acontecimentos em Olimpíadas, não foi o único que ficou marcado por interferências políticas ou por protestos:

1896, Atenas (primeiros Jogos Olímpicos da era moderna) – Boicote da Turquia.

1936, Berlim – Os Jogos Olímpicos do nazismo.

1948, Londres – Japão e Alemanha (os dois grandes vencidos da Segunda Guerra Mundial) nem sequer são convidados.

1956, Melbourne – Boicote de Espanha, Holanda e Suíça contra a intervenção soviética em Budapeste e de Líbano e Iraque contra a posição da Austrália sobre o Médio Oriente. A China abandona os Jogos como forma de protesto contra a presença da bandeira de Taiwan.

1968, México – Power Salute

1976, Montréal – Boicote de vários países africanos como protesto contra a presença da Nova Zelândia, por esta ter disputado um desafio de rugby com a África do Sul, alguns meses antes (quando estava impedida de o fazer devido ao apartheid).

1980, Moscovo – Boicote dos Estado Unidos (seguido por 60 países) como protesto contra a intervenção soviética no Afeganistão.

1984, Los Angeles – Países do bloco soviético (excepto Roménia) e Cuba retribuem o boicote de 1980.

1988, Seul – Boicote de Coreia do Norte, Cuba, Etiópia e Nicarágua.

1992, Barcelona – Devido à guerra com a Croácia e a Bósnia-Herzegovina, a Jugoslávia não é autorizada a participar como país, mas os seus cidadãos são admitidos título individual.

(Podem faltar mais casos, evidentemente.) 
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Douce France

 


A esquerda NFP ganhou as eleições com um maior número de deputados? Sim, mas Macron acaba de nomear Michel Barnier, de direita, dos Republicanos que ficaram em quarto lugar nas eleições legislativas… Este não terá uma tarefa fácil na formação de um governo, com a oposição de toda a esquerda e não só.