Li e reli uma notícia do Expresso de hoje, segundo a qual um aluno passou do 6º para o 7º ano tendo chumbando a oito das nove disciplinas curriculares (só terá passado a Educação Física). Julgo ter percebido que a ideia é que seja chamado para um CEF (Centro de Educação-Formação), «onde poderá adquirir conhecimentos técnicos que lhe servirão para a vida», embora não exista qualquer garantia de que tal venha a acontecer.
Quase todas as pessoas que se pronunciaram parecem estar de acordo com o princípio, desde o Conselho Directivo, a muitos pais e professores. O secretário de Estado diz que chumbar alunos, em casos como estes, é «mandá-los para a marginalidade».
Deve estar a escapar-me qualquer coisa, mas ninguém me convence que esta é a única solução possível, muito menos a melhor ou mesmo que ela seja aceitável.
Porque das duas uma: ou o E (de educação) e o F (de formação) que podem recuperar e salvar da marginalidade não pressupõem, de todo, o mínimo de conhecimentos que um aluno adquire até ao 6º ano (e então o aluno em questão deveria poder ir para o tal Centro mesmo chumbando), ou não é o caso e então ele nunca será Educado nem Formado em coisíssima nenhuma.
Fica a pairar uma dúvida inevitável: a maior preocupação é a marginalidade ou são as estatísticas de reprovações?