3.9.11

Eu sabia que alguma vez viria a aplaudir Manuela Ferreira Leite


Foi hoje ao ler, no Expresso Economia, a sua coluna de opinião «Pontos de vista». Das críticas que faz às últimas medidas anunciadas pelo governo, sublinho a que vem referida neste texto. Até eu que, tal como o outro, não percebo nada de Finanças já tinha dito o mesmo.

Como comentava alguém, resta-nos exigir aos médicos um desconto de pelo menos 25%: dado que, da factura legal, mais de metade são impostos (entre IVA e mais de 40% de IRS), e que sem factura é isso que o médico poupa, é justo que divida ao meio com o cliente.

Em frente, pois, e que a imaginação seja a última a morrer. Quanto à esperança, terá de esperar por melhores dias…
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O mundo acabou mas entretanto é nosso

Nadie Aoues

«Agora Ben Ali caiu, Mubarak caiu, Kadhafi caiu, tudo isto são revoluções continuando a revolução, acha ele. E acabado de voltar de Israel, viu os israelitas na rua, cansados do dinheiro que a ocupação gasta. Ele acredita que a ocupação vai acabar por razões económicas. Porque sai cara.

Portanto, eu estou sentada num saco de arroz do Uruguai e Daniel Cohn-Bendit está sentado numa pilha de sacos de arroz do Uruguai, e estamos os dois dentro de uma estação de comboios desactivada no centro do Rio de Janeiro e falamos de Israel, onde ele trabalhou num “kibbutz” mas nunca pensou morar porque tem demasiados judeus, e ele gosta da ideia dos judeus espalhados por toda a parte.

Sim, o mundo acabou, mas entretanto é nosso.»

Mais uma bela crónica de Alexandra Lucas Coelho, no seu magnífico blogue «atlântico-sul».

(Também no Público de hoje, mas sem link.)
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Janela para a memória


Um refúgio?
Uma barriga?
Um abrigo para te esconderes quando a chuva te afoga, o frio te parte, o vento te vira?
Temos um esplêndido passado pela frente?
Para os navegantes que querem vento, a memória é um ponto de partida.

Eduardo Galeano

(E. Galeano faz hoje 71 anos.)
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Tempo de Antena

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(Via Paulo Coimbra no Facebook, com a seguinte informação: «O vídeo do tempo de antena que a CNE proibiu o Tribunal Constitucional permitiu.»
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2.9.11

Três dimensões?

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And the show goes on


Foi notícia ontem: uma cadeia de televisão holandesa, alegadamente cheia de boas intenções, acaba de estrear um reality show cujos participantes são cinco jovens estrangeiros, dos 15 aos 22 anos, que vivem há anos naquele país, mas que terão de o abandonar em breve por lhes ter sido recusado asilo político.

Ganhará 4.000 euros (e uma viagem a uma ex-colónia holandesa nas Caraíbas!...) quem demonstrar nível mais elevado de conhecimentos sobre a terra de onde vai ser expulso. Mais ou menos: «Lamentamos, mas este dinheirinho vai ajudá-lo a reinstalar-se na Tchetchénia.»

A Holanda é pródiga em iniciativas deste tipo (ou não fosse a pátria do Big Brother…), mas a falta de senso, e de sensibilidade, deveria ter limites e estes parecem ter sido perdidos. Vale tudo desde que seja espectáculo – e nós já estamos habituados a que tal aconteça, o que é mau e nos faz mal.

João Paulo Guerra comenta bem, no Económico:

«E é assim: dramas da vida passaram a ser vistos de palanque, no sofá da sala ou no banco da cozinha, por milhões de egoístas de pantufas que, não decidindo nada sobre a própria vida, conquistam o direito de presenciar ao vivo e de votar por telefone sobre o destino de outros, um pouco mais desvalidos. Chico Buarque cantou que "a dor da gente não vem no jornal". Pois não, mas pode dar na televisão, em hora de ponta das mais pérfidas emoções.»

«Ninguém notou,
Ninguém morou na dor que era o seu mal,
A dor da gente não sai no jornal.»

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Portugal, Classe Média 2013


(Via Virgílio Vargas no Facebook)
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Quando a realidade ultrapassa os limites do espanto


Pedro Passos Coelho, ontem, em Paris, no final da Conferência Internacional de Apoio à Líbia:

«Houve uma espécie de 25 de Abril, uma tomada de consciência dos líbios em relação ao seu regime», «Não é um caminho fácil. Nós fizemo-lo em 1974 e sabemos que há vicissitudes».

Será que PPC faz a mínima ideia do que foi e como se passou o 25 de Abril ou anda distraído há seis meses e nada sabe sobre os acontecimentos na Líbia? Só porque estiveram em causa duas ditaduras, ousar comparar «caminhos» e «vicissitudes» é… bem, nem encontro palavras!

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1.9.11

Mas que três!

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Mesa redonda entre Jacques Brel, Georges Brassens e Léo Ferré (A fotografia é célebre, mas eu nunca tinha ouvido a conversa.)



(Via Nuno Ramos de Almeida no Facebook)
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Passe Social +


@Paulete Matos
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Depois das avós argentinas, os avós madrilenos do 15M


A polícia proibiu uma «acampada» de seis reformados que pretendiam instalar-se durante quatro dias no Passeio do Prado como forma de protesto contra a introdução do limite ao deficit na Constituição espanhola, sem aprovação por referendo. «Aprovecharemos para tener más contacto entre nosotros, recordaremos juntos nuestra lucha por la democracia durante la transición y seguiremos al lado de los jóvenes para pasarles nuestra experiencia», terão dito. Escoltados por cerca de 200 pessoas instalaram-se, mas foram desalojados às primeiras horas de hoje.

«Lo hago en parte porque quiero levantar a la gente de tercera edad», «quiero servir de espejo y que digan: si este tío, con 70 años, lo hace, ¿por qué no lo puedo hacer yo?»

A reter. E a aplaudir, mas moderadamente: não me entusiasmam especialmente actividades partidárias ou cívicas por faixas etárias, nem de Js nem de Vs (de «velhos»), nem por géneros, cores, tamanhos ou feitios. Mas reconheço que podem ter o seu papel pontual e transitório, quando está em causa o «lançamento» de um qualquer tipo de minoria (alô, discussão das quotas para mulheres nos parlamentos…)..

(Fontes 1 e 2)


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Este não é o êxodo

@Gui Castro Felga

… de que falei ontem, mas é outro que cresce todos os dias: Portugal's jobless graduates flee to Africa and Brazil.
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«Para que raio quererá o Ministério das Finanças saber do meu colesterol e dos meus triglicerídeos»


A crónica de Manuel António Pina, hoje publicada no JN, é uma verdadeira pérola, na forma e no conteúdo, para além de tornar ironicamente evidente o desnorte do governo ao anunciar a intenção de criar bases de dados partilhada entre o Serviço Nacional de Saúde e as Finanças, «que contenham “informação relevante” sobre prescrições médicas, realização de meios de diagnóstico e terapêutica, transporte de doentes, identificação de profissionais de saúde e utentes», bem como «informações sobre as condições socioeconómicas e clínicas dos utentes».

Talvez ingenuamente, ainda acredito que o projecto não venha a concretizar-se e que seja respeitado o parecer (não vinculativo) da Comissão Nacional de Protecção de Dados. A Bem da Nação, acreditem: foi demasiado longo e duro o caminho para chegarmos a um Estado de direito para que assistamos à sua destruição.

Alerta laranja

Uma aflitiva dúvida mantém, há dois dias, o meu cérebro em alerta laranja (cor apropriada): para que raio quererá o Ministério das Finanças saber do meu colesterol e dos meus triglicerídeos (e dos seus, leitor) e o Ministério da Saúde saber quanto pagamos pela prestação da casa?

Diz a Comissão Nacional de Protecção de Dados que o que o Governo pretende é "excessivo", "intrusivo" e "compromete o sigilo médico" e fiquei ainda mais intranquilo. De facto, o Governo "passaria a ter acesso (...) ao perfil de saúde dos cidadãos, o que é assustador". E é. Eu (ou você, leitor) confidenciaríamos ao médico que tínhamos uma gonorreia e o médico iria logo (o Governo quer saber tudo "em tempo real") contar aos drs. Paulo Macedo e Vítor Gaspar. E se eles decidissem privatizar (crise obriga) essa preciosa informação, vendendo-a, por exemplo, à nossa seguradora? E se o diagnóstico fosse fatal e o médico decidisse não no-lo dizer imediatamente e o Governo soubesse a triste (ou alegre, sei lá) notícia primeiro que nós?

Não seria mais fácil o Governo mandar o SIS e o SIED porem escutas nos gabinetes de consulta do SNS? Ou então arranjar informadores como o que, em 9 de Junho de 1972, mandou à PIDE/DGS o Relatório n.º 202/72/SC informando que minha mulher tinha "uma doença cancerosa" e que tanto eu como ela éramos "afectos ao regime". Mas mais competentes que esse, pois nem ela felizmente tinha nem nós éramos.
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Ele aí está

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31.8.11

Back to basics

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O que Vítor Gaspar podia ter acrescentado esta tarde


«Aguardamos apenas a realização de condições convenientes para que o remédio não seja pior de sofrer do que o mal que se destina a curar.»

(Cfr. António de Oliveira Salazar)
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A Europa precisa de uma revolução

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O que Vítor Gaspar vai dizer esta tarde


Ainda sem o anúncio formal, para hoje prometido, de «cortes brutais» na despesa pública, leio em sequência, no Económico, duas notícias que (ainda) me deixam perplexa: «cerca de 45% dos cargos dirigentes na administração local vão ser extintos» e «terão de sair anualmente da administração central do Estado cerca de dez mil trabalhadores, em termos líquidos, e não cinco mil, como estava previsto no memorando da ‘troika'».

E a minha perplexidade vem do seguinte: o que se pensa que acontecerá a todas estas pessoas (e a todas as que, em breve, sairão de empresas e institutos públicos, de privadas que todos os dias abrem falência, das lojas que fecham portas, do batalhão de professores contratados que não terão lugar, etc., etc., etc.)? Irão para a reforma umas tantas, mas não necessariamente em percentagem elevada. Muitas receberão, durante cada vez menos tempo, um subsídio de desemprego. E depois? E as outras?

E em que ocuparão os dias? Vão ficar em casa e pelos bancos dos jardins? Nos corredores dos centros comerciais?

Não seria mais prudente prever um plano de evacuação colectiva do território? Num corredor aéreo em aviões da TAP, antes que sejam vendidos? No velhinho Sud Expresso? Num daqueles navios que levavam tropas para a guerra? Com que destino? Eu não sei, mas as centenas de assessores dos gabinetes ministeriais já devem estar a tratar do assunto.

É isso: tenho para mim que é este plano de emergência que Vítor Gaspar vai anunciar mais logo. Cortem-se os males pelas raízes – rapidamente e em força.
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Uma justa homenagem


… do Google aos eléctricos de Lisboa, que hoje fazem hoje 110 anos. (Ou será um subtil protesto contra o Passo Social +?...)


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30.8.11

Enquanto não vendemos criancinhas



Não sei quantas creches estão em causa, mas já teremos realizado o que são mais 20.000 vagas??? Quantas crianças serão afectadas por este acréscimo (as «acrescidas» e as outras)?

Se não se tratasse de uma medida puramente economicista, seria tentado, pelo menos, reforçar o pessoal das instituições em questão. Não é o caso: «Questionado sobre se ao eventual aumento do número de crianças deveria corresponder também um reforço do número de educadores, Pedro Mota Soares respondeu dizendo que é possível dar uma resposta que chegue a mais pessoas com a capacidade instalada neste domínio».

Além disso: alguém duvida de que mesmo instituições mais do que privadas, e onde se pagam pequenas fortunas, vão aproveitar a boleia para amealharem mais alguns (ou muitos…) euros?


Se o governo não fosse vender a TAP, passaríamos a viajar de pé, como a Ryanair já faz ou planeia fazer.
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Timor, 12 anos depois


Foi em 30 de Agosto de 1999 que se realizou o Referendo em que 78,5% dos eleitores se pronunciaram a favor da independência de Timor Leste. Quase três anos mais tarde, em 20 de Maio de 2002, viria a nascer a primeira nova Nação deste milénio: Timor Lorosa’e.

A história recente é conhecida, mas vale talvez a pena recordar tempos passados e revisitá-los no Arquivo e Museu da Resistência Timorense - que tem uma belíssima página na net e cujas novas instalações foram hoje apresentadas ao público em Dili.


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Seguir polémicas dos vizinhos

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... que, embora com algumas diferenças, podem cá chegar mais noite menos dia: a introdução do limite ao deficit na Constituição. Especialmente oportuno quando o nosso PM parte em digressão europeia, com este assunto em cima de várias mesas.



(Via ATTAC/TV no Facebook)

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Antes que a manhã acabe

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15 de Outubro 2011 – A Democracia sai à rua!


PROTESTO APARTIDÁRIO, LAICO E PACÍFICO

− Pela Democracia participativa.
− Pela transparência nas decisões políticas.
− Pelo fim da precariedade de vida.

Somos “gerações à rasca”, pessoas que trabalham, precárias, desempregadas ou em vias de despedimento, estudantes, migrantes e reformadas, insatisfeitas com as nossas condições de vida.

Hoje vimos para a rua, na Europa e no Mundo, de forma não violenta, expressar a nossa indignação e protesto face ao actual modelo de governação política, económica e social. Um modelo que não nos serve, que nos oprime e não nos representa.

A actual governação assenta numa falsa democracia em que as decisões estão restritas às salas fechadas dos parlamentos, gabinetes ministeriais e instâncias internacionais. Um sistema sem qualquer tipo de controlo cidadão, refém de um modelo económico-financeiro, sem preocupações sociais ou ambientais e que fomenta as desigualdades, a pobreza e a perda de direitos à escala global. Democracia não é isto!

Queremos uma Democracia participativa, onde as pessoas possam intervir activa e efectivamente nas decisões. Uma Democracia em que o exercício dos cargos públicos seja baseado na integridade e defesa do interesse e bem-estar comuns.

Queremos uma Democracia onde os mais ricos não sejam protegidos por regimes de excepção.

Queremos um sistema fiscal progressivo e transparente, onde a riqueza seja justamente distribuída e a segurança social não seja descapitalizada; onde todas as pessoas contribuam de forma justa e imparcial e os direitos e deveres dos cidadãos estejam assegurados.

Queremos uma Democracia onde quem comete abuso de poder e crimes económicos e financeiros seja efectivamente responsabilizado por um sistema judicial independente, menos burocrático e sem dualidade de critérios. Uma Democracia onde políticas estruturantes não sejam adoptadas sem esclarecimento e participação activa das pessoas. Não tomamos a crise como inevitável. Exigimos saber de que forma chegámos a esta recessão, a quem devemos o quê e sob que condições.

As pessoas não são descartáveis, nem podem estar dependentes da especulação de mercados bolsistas e de interesses financeiros que as reduzem à condição de mercadorias. O princípio constitucional conquistado a 25 de Abril de 1974 e consagrado em todo o mundo democrático de que a economia se deve subordinar aos interesses gerais da sociedade é totalmente pervertido pela imposição de medidas, como as do programa da troika, que conduzem à perda de direitos laborais, ao desmantelamento da saúde, do ensino público e da cultura com argumentos economicistas.

Os recursos naturais como a água, bem como os sectores estratégicos, são bens públicos não privatizáveis. Uma Democracia abandona o seu futuro quando o trabalho, educação, saúde, habitação, cultura e bem-estar são tidos apenas como regalias de alguns ou privatizados sem que daí advenha qualquer benefício para as pessoas.

A qualidade de uma Democracia mede-se pela forma como trata as pessoas que a integram.
Isto não tem que ser assim! Em Portugal e no mundo, dia 15 de Outubro dizemos basta!

A Democracia sai à rua. E nós saímos com ela.


Organizações subscritoras: 

Acampada Lisboa – Democracia Verdadeira Já 19M
Alvorada Ribatejo
Attac Portugal
Indignados Lisboa
M12M – Movimento 12 de Março
Movimento de Professores e Educadores 3R’s
Portugal Uncut
Precários Inflexíveis
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29.8.11

O papel da oposição segundo o dr. Marcelo


Ouvi ontem a crónica dominical de Marcelo Rebelo de Sousa, mas preferi esperar que estivesse disponível online para transcrever uma passagem que me pareceu importante e que ainda não vi referida.

Interrogado por Júlio Magalhães sobre o comportamento da oposição (a partir do minuto 57:41), afirmou que esta tem estado de férias e continuou:

«Eu estava a ficar preocupado. (…) Precisamos de uma oposição forte. Se não há oposição forte, para onde é que vai a insatisfação das pessoas? As pessoas começam a indignar-se e a revoltar-se. Se não têm como canalizar para os partidos políticos, canalizam para onde? Para os sindicatos e depois para a rua. Precisamos da oposição (…) para canalizar as insatisfações.»

Nem mais e não há como a clareza. Que se desengane quem pensava que PS, PCP e Bloco serviam sobretudo para outras funções. Percebam que fazem falta para servirem de para-choques, de amortecedores das massas potencialmente revoltosas. O dr. Marcelo é que sabe (oh se sabe…)!
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Isto não é um país (4)

Isto não é um país (3)

Isto não é um país (2)

Isto não é um país (1)

relativismo

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estava aqui a ver o tozé seguro a discursar na madeira e passei a gostar um pedacinho do alberto joão jardim.

ipsis verbis
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Dos dias que passam


Excelente esta crónica de Nilton no Económico de hoje. Em três ou quatro pinceladas, revela bem o tipo de teia em que nos movemos.

Diz que vai chover

Aumentar os impostos sem reduzir a despesa é como fazer sexo sempre na posição de missionário só porque é a que dá menos trabalho.

500, pode parecer o número de jogadores do plantel da Luz mas são as nomeações feitas pelo governo em 2 meses e que mostram que ainda há muita gente com bons conhecimentos. A esta média de 250 ao mês, em 4 anos acaba-se com o desemprego em Portugal. Para contrariar isto, o ministro da Economia Álvaro Santos Pereira promete um "corte histórico" na despesa do Estado. Espero que sim porque para já este Governo está tipo Benfica e Sporting: o número de contratações não faz jus ao das exibições.

O preço dos combustíveis deve subir hoje devido às preocupações do impacto do furacão Irene sobre as refinarias dos EUA. As perguntas são: é suposto pagarmos as preocupações dos Srs. do petróleo? E já agora, qual impacto? Pagar adiantado por algo que ainda não aconteceu é o mesmo que pagar o arranjo antes de bater com o carro. Se o Irene provar ser apenas uma tempestade com mau feitio e não um furacão a sério, devolvem-nos o dinheiro?

Cavaco Silva quer ver recuperada a lei que tributa heranças. Tendo em conta que se estaria a pagar a mesma coisa duas vezes, vejo-me obrigado a alertar o Sr. Presidente para um pormenor linguístico. É que cobrar um imposto sobre algo que recebemos por direito, deixa de ser uma herança e passa a ser uma compra.
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28.8.11

Arco-iris

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Dia para recordar também


...Rosa Parks , quando se celebra mais um aniversário de célebre «I have a Dream!» de Martin Luther King.

Rosa Parks ficou famosa por se ter recusado a ceder o seu lugar no Autocarro a um branco (em 1 de Dezembro de 1955), facto que viria a constituir um dos marcos do início da luta antissegregacionista nos EUA.

A ler: Thank you Rosa Parks

Pete Seeger:




Take It From Dr. King
Down in Alabama, 1955,
Not many of us here tonight were then alive;
A young Baptist preacher led a bus boycott,
He led the way for a brand new day without firing a shot.


O António é esquisitíssimo

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(Via Tomás Vasques no Facebook)
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Luther King


Foi em 28 de Agosto de 1963 que teve lugar a célebre «March on Washignton for Jobs and Freedom» e hoje, 48 anos depois, Obama deveria inaugurar oficialmente o Memorial construído em honra de MLK, no National Mall, em Washington. A cerimónia foi cancelada devido às condições criadas pela aproximação do furacão Irene, mas o espaço já se encontra aberto ao público.

O discurso de MLK em 28/8/1963, aqui na íntegra (aparentemente, foi retirado do Youtube):




E uma visita virtual ao Memorial (de bom gosto duvidoso, mas...):



P.S. - A estátua foi esculpida por um artista chinês, a pedra também terá sido importada da China. Os americanos não apreciaram muito a escolha de operários também do «País do Meio» para a construção do Memorial (e estes não terão sido muito bem tratados)...
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