3.9.11

O mundo acabou mas entretanto é nosso

Nadie Aoues

«Agora Ben Ali caiu, Mubarak caiu, Kadhafi caiu, tudo isto são revoluções continuando a revolução, acha ele. E acabado de voltar de Israel, viu os israelitas na rua, cansados do dinheiro que a ocupação gasta. Ele acredita que a ocupação vai acabar por razões económicas. Porque sai cara.

Portanto, eu estou sentada num saco de arroz do Uruguai e Daniel Cohn-Bendit está sentado numa pilha de sacos de arroz do Uruguai, e estamos os dois dentro de uma estação de comboios desactivada no centro do Rio de Janeiro e falamos de Israel, onde ele trabalhou num “kibbutz” mas nunca pensou morar porque tem demasiados judeus, e ele gosta da ideia dos judeus espalhados por toda a parte.

Sim, o mundo acabou, mas entretanto é nosso.»

Mais uma bela crónica de Alexandra Lucas Coelho, no seu magnífico blogue «atlântico-sul».

(Também no Público de hoje, mas sem link.)
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2 comments:

José Meireles Graça disse...

Cohn-Bendit lembrou-me os anos 60, e como tropecei por acaso num artiguinho um pouco fofoqueiro sobre Jane Fonda e Roger Vadim, partilho-o aqui. Jane Fonda, a banda-desenhada franco-belga, a música ligeira francesa daquela época e um montão de outras coisas daqueles lados fizeram parte do meu imaginário. Algo disso, se bem a tenho lido, também do seu.
http://www.dailymail.co.uk/femail/article-2033161/Jane-Fonda-How-fear-turned-sex-addict.html

Joana Lopes disse...

Muito obrigada, JMG. Claro que fazem parte do meu imaginário...