À hora a que escrevo, a Iberia já voa e afirma até que uma das prioridades é pôr no ar os aviões que devem sair esta noite de Barajas, rumo à América Latina. Se assim for, um deles levar-me-á, amanhã à tarde, daqui para Madrid.
No mínimo, espero que os controladores espanhóis, agora militarizados, tenham tomado uma qualquer espécie de Xanax e estejam calmos nos seus postos.
Entre leituras regulares de El País, sintonização da TVE, dezenas de sms’s de Portugal (não para mim porque a Optimus faz o favor de não assegurar roaming no Chile…) e, até, consultas ao Twitter da Iberia, sem contar com as hipóteses de regressar via S. Paulo ou Nova Iorque, considero-me dispensada de ter opinião sobre quem tem razão a propósito de quê: quero apenas saber se há voos. Mas uma coisa parece certa: deu-se um salto qualitativo brutal de ambas as partes – governo e controladores – sem que seja possível medir as consequências deste 3 de Dezembro de 2010, em Espanha e não só.
Mas uma curtíssima volta pela blogosfera portuguesa deu para ver que a polémica já está instalada – como não estaria?!...
Entretanto, vou revisitando esta cidade agradabilíssima (Santiago não é Buenos Aires, mas ainda assim…), com os seus belos parques (também há jacarandás), largas avenidas, palácios sobretudo de influência francesa e excelente arquitectura moderna.
A cápsula que tirou os mineiros das profundezas já não está em frente de La Moneda (anda agora em peregrinação pelo país), mas a casa-museu de Neruda (na foto superior) continua no mesmo sítio.
Com a viagem quase no fim (será?), este episódio do espaço aéreo espanhol foi a cereja em cima do bolo, depois de um desvio de carro até ao Porto, por causa da cimeira da NATO, e uma aterragem a 260 kms de Bariloche, devido a uma greve da LAN Argentina. Mas se o «destino» está convencido que me faz desistir de viajar por este tipo de minudências... perde mesmo o seu tempo.
...
...