31.1.15

Lido por aí (223)

Se nós não somos a Grécia é porque somos parvos



Miguel Sousa Tavares, no Expresso de hoje: 

«O “nós não somos a Grécia”, repetido por esta maioria como um mantra, é das frases politicamente mais estúpidas que me foi dado ouvir. É claro que nós somos a Grécia a partir do momento em que quisemos ser europeus e porque a Grécia é a Europa: foi a Grécia que fundou a civilização europeia ao abrigo de cujos valores queremos continuar a viver. (...)

Se a Europa — isto é, a Alemanha — forçar o Governo de Tsipras a capitular, muita gente ficará feliz com o desfecho. Mas são inconscientes: estarão apenas a antecipar o fim da Europa. A capitulação e humilhação da Grécia detonará, entre muitos povos da Europa, uma onda de ódio antialemão e de frustração com Bruxelas que será terra fértil para extremismos e radicalismos bem mais perigosos e incontroláveis. O desespero nunca foi bom conselheiro. A chancelerina Merkel devia meditar na célebre frase de Kennedy: “Os que tornam impossível a revolução pacífica tornam inevitável a revolução violenta”.

Não, isto não é uma história de criancinhas, como quer esperançosamente pensar Passos Coelho. Isto é política a sério, política dura, feita de escolhas difíceis, de opções que vão marcar os tempos. Coisas que os dirigentes europeus actuais já esqueceram. Mas quer eles queiram acreditar quer não, nada vai ficar na mesma. É impossível.» 
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Yanis Varoufakis, ontem na BBC


Yanis Varoufakis em entrevista à BBC, ontem (30 de Janeiro), que ajuda a perceber algumas realidades e a desfazer certos mal-entendidos.


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O espectro que assola a Europa




Título do texto de José Pacheco Pereira, no Público de hoje. Os dois parágrafos finais: 

« A União Europeia não sobrevive à substituição de uma política de coesão e de interesse mútuo pela pergunta pavloviana dos novos mestres: “quem é que paga?”. É que antes também só alguns pagavam, mas percebiam que a construção da Europa era uma vantagem política para todos, e que o preço era pequeno. Pagavam desmandos? Pagavam e sabiam que pagavam, quer fosse a falcatrua das contas gregas quer fossem os privilégios dos agricultores franceses. Hoje quem pergunta “quem paga?”, para depois dizer que não quer pagar para esses preguiçosos do Sul, está a usufruir das vantagens da União, a garantir que o euro é uma nova versão do seu marco, ou que os mercados a leste lhes estão abertos como nunca estiveram desde o tempo nefasto do Generalgouvernement, ou que puderam beneficiar do fim da guerra fria sem grandes turbulências à porta. Desequilibrem a Europa e depois admirem-se de Putin estabilizar as suas conquistas a Leste; dividam a Europa entre os amigos da austeridade e os seus inimigos e depois queixem-se de muitos segundos ou terceiros partidos serem extremos, anti-europeus, populistas, radicais; aticem os mercados contra os “que se portam mal” e depois queixem-se de haver saídas do euro, e queixem-se ainda mais se elas se revelarem vantajosas a prazo.

Ninguém pode garantir que o Syriza tenha sucesso, e também não é fácil definir qual o grau de cumprimento das suas intenções que possa ser considerado pelos gregos um sucesso, mas os gregos que votaram no Syriza prestaram um enorme serviço à Europa, desbloquearam-na, abriram novas possibilidades, umas boas e outras más. Os gregos fizeram história, no sentido de que quem conhece a história sabe que ela é sempre surpresa. É por isso que, como na célebre frase de 1848, um espectro assola a Europa: o do Syriza.»
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30.1.15

Vanessa Redgrave, 78



Vanessa Redgrave, essa grande actriz britânica, nasceu em Londres, em 30 de Janeiro de 1937.

Com participação em mais de 80 filmes e seis nomeações para Óscares, foi também activista política desde muito nova (várias vezes candidata em eleições gerais, entre 1974 e 1979, pelo Partido Revolucionário Trotskista), mantendo-se depois disso sempre ligada a muitas iniciativas de solidariedade e de protesto, como, por exemplo, uma campanha contra a guerra no Iraque.

Em 1978 recebeu o Óscar de Melhor Atriz Secundária pelo papel de «Julia» no filme com o mesmo nome, onde actuou ao lado de Jane Fonda e Meryl Streep.

Foi grande então a polémica que o filme provocou e vale a pena ouvir o que ela disse na cerimónia de recepção do prémio:




Julia, 1977



Julgo que as primeiras imagens dela guardo são de Blow-up (1966) e Isadora (1968).




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Lido por aí (222)

António Costa levará gravatinha




«Tudo esclarecido. No momento em que o novo governo grego abre na UE uma frente de demarcação das políticas que nos conduziram ao empobrecimento e à perda de direitos, António Costa anuncia de que lado se coloca e de que lado quer o PS. Ficamos esclarecidos.» 
José Manuel Pureza, no Facebook
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O Syriza, acima das nossas impossibilidades



«As primeiras horas após a vitória e tomada de posse de Alexis Tsipras foram preenchidas com palpites sobre as intenções do Syriza e críticas à ausência de gravatas ou de mulheres no Governo. Ou, ainda, à aliança com um partido de direita. "Nem um basquetebolista no governo do Syriza!"; "aquilo é só gente grega!"; "qual cultura se não há um indivíduo de laço?!"; "ministro um disléxico nem!". Acho extraordinário este tipo de preocupações e embirrações. Parecem aqueles indivíduos cheios de fome a quem oferecem uma tosta mista e barafustam porque não é aparada. (...)

O Syriza vai para a guerra. Não vai para a foto nas escadas. Vai, de certeza, com os que acha que são mais capazes. Aposto que não vai com Machetes. Em 24 horas, o governo de Alexis Tsypras aumentou o ordenado mínimo e aprovou electricidade gratuita para 300 mil pobres. Não admira que não usem gravata; até deviam estar em mangas de camisa. (...) O Syriza sem gravatas mete um bocado de medo a quem usa o colarinho apertado. Ninguém os quer encarar de frente. Têm medo de olhar para o abismo e passar a fazer parte dele.

O primeiro-ministro português diz que "é sabido que o programa do partido que ganhou as eleições é difícil de ser conciliado com aquilo que são as regras europeias." Por acaso, uma das regras, nestas coisas das relações entre estados - de pessoas de gravata - é ser extremamente grosseiro e gozar as ideias de um homólogo.

Cheira a medo por todo o lado. O nosso PM não é, sequer, capaz de dizer o nome do líder, nem do partido que venceu as eleições gregas. Usa sempre frases como - o 'líder do partido que ganhou as eleições na Grécia' – ou – o partido vencedor das eleições gregas – ou o novo PM grego. Há ali medinho. Passos Coelho diz que as promessas do Syriza são histórias para crianças mas, faz chichi pelas pernas abaixo se ouve o nome Tsipras. Nem se atreve a dizer o nome, não vá ele existir, porque, para o Doutor Passos, o Syriza é o papão que o há-de vir buscar, uma noite, com o seu saco.»

João Quadros
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Grande capa


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29.1.15

Grécia e o confronto da Europa consigo própria



António José Teixeira, no Expresso diário de hoje.
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Tsipras versus D.Sebastião



Ricardo Araújo Pereira, na Visão de hoje:

«Ao que nós chegámos. Uma coisa é esperar o aparecimento de um rei falecido há séculos, outra é contar com um heleno para nos conseguir melhores condições de vida. Que é feito das fantasias tradicionais portuguesas? Onde estão as ilusões nacionais de antanho? É certo que a probabilidade de Portugal beneficiar da acção de Alexis Tsipras acaba por ser maior que do que a do regresso de D. Sebastião, mas quão fracos têm de ser os nossos mitos para que um grego de 40 anos os substitua tão facilmente?
Felizmente podemos contar com o nosso primeiro-ministro. Passos Coelho não espera nada de Tsipras. Não faz sentido combater a austeridade, porque a austeridade é nossa amiga.

Na íntegra AQUI.
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Lido por aí (221)

Grécia, o frio da navalha



«Foram os gregos quem, no início do século XIX, introduziram o nacionalismo nos Balcãs. Tinham uma "grande ideia", que era criar um estado único, juntando as populações gregas do Próximo Oriente. A capital seria em Constantinopla. A ideia faliu.

Dois séculos depois, com empréstimos e uma dívida pública impossível de pagar, a Grécia parece uma colónia económica (e política) da Alemanha e dos seus aliados. Quem domina a dívida, determina a política. Portugal conhece isso.

A vitória do Syriza, para lá da dívida e do défice, veio colocar uma outra questão no fio da navalha: é fria e todos ficam receosos dela. Os eurocépticos querem demolir a União Europeia. Desejam mais políticas nacionais. Por isso mesmo o radicalismo de Alexis Tsipras não tem a ver com o nacionalismo resistente que pugna para a Grécia. Tem sobretudo a ver com o que ele deseja para a Europa. A sua vitória será clara se a vitória na Grécia se estender às eleições em diversos países europeus neste ano, da França à Espanha. (...) Quem quer a mudança não está no conforto central: arrisca na margem e espera. (...)

A questão grega não vai ser sobre dívidas ou défices. Ela é o vírus fortificante de um novo nacionalismo pan-europeu, como já perceberam Marine Le Pen ou Vladimir Putin, enquanto as sociedades, após a destruição das moderadoras classes médias pelas políticas de austeridade, se aproximam das margens. À espera que algo mude.» (Realce meu.)

Fernando Sobral

28.1.15

Pior que o de Troia


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Ainda quanto ao « conto de crianças»



«Para Passos Coelho as promessas do Syriza são um "conto de crianças". Ou seja, são demasiado simples para almas complexas como a do primeiro-ministro português. Conhece-se o profundo "conto de adultos" que Passos Coelho tem contado aos portugueses. (...)

Passos Coelho caiu no ridículo. Uma coisa, legítima, é não gostar do Syriza. Outra são as relações de Estado. Tal como muitos dos seus pares europeus, Passos Coelho não percebeu o essencial da vitória do Syriza e da coligação com um partido de direita, os Gregos Independentes. Tsipras criou um bloco histórico na Grécia, não só contra a austeridade, mas contra esta Europa. Não é um "conto de crianças". Ele pretende explorar as contradições da Europa, coisa que ainda está por se fazer até hoje. (...)

O discurso que une o bloco histórico grego é contra a Alemanha, o centro do poder europeu. As promessas eleitorais poderão cair. Mas se a Europa cortar o crédito, Tsipras poderá recordar o lugar estratégico da Grécia no contexto militar (como sabem americanos e russos) e uma simples coisa: a Grécia faz parte dos Balcãs, onde a história da Europa sempre se fez e desfez. Ele mostrou outra coisa: não são os partidos do centro político em quem votava a extinta classe média que estão a perder votos na Europa. É a democracia.»

Fernando Sobral

Lido por aí (220)


@João Abel Manta

* Os cães ladram e os gregos votam (Nuno Ramos de Almeida)

* Os efeitos perversos da vitória do Syriza em Portugal (JM Correia Pinto)

* Nobel winner: Germany's the problem, not Greece (Matthew J. Belvedere)
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Com o Syriza, a política regressa à Europa



Longos excertos de um importante texto de Patrícia Vieira no Público de hoje: 

«Se a tecnocracia nos quer fazer crer que não há alternativas, a política abre os horizontes de um futuro em construção.

Mais do que um grito de protesto contra a austeridade, mais do que uma revolução nacional, mais do que um manguito aos credores, a eleição do Syriza na Grécia por uma confortável maioria foi, para todos os europeus, uma lufada de ar fresco. Porque, até agora, a União Europeia não tem poupado esforços para nos fazer crer que não há alternativas ao statu quo, que, se não estamos bem assim, poderíamos certamente estar pior, e que, afinal, a troika é nossa amiga.

Entre a espada e a parede, ou seja, entre governos de centro-direita e de centro-esquerda, temos aceitados, com mais ou menos celeuma, cortes nos serviços públicos, aumentos de impostos, e um empobrecimento generalizado da população. A tecnocracia tem vindo nos últimos anos a substituir a política, os ditames económicos a verdadeira democracia, e os eleitores, desencantados, apenas esperam mais do mesmo.

Mas eis que a Grécia elege o Syriza. Incrédulos perante tal ousadia, os líderes europeus proferem algumas breves banalidades sobre o respeito por escolhas democráticas, para logo se pronunciarem severamente sobre a necessidade de os gregos honrarem os seus compromissos, vulgo, continuarem a pagar empréstimos insustentáveis. (...)

O que a eleição do Syriza nos devolveu foi um horizonte de diferentes possibilidades, que é o sine qua non de qualquer democracia. (...) Qualquer democracia digna deste nome tem por obrigação abrir-se a um futuro que não seja mais do mesmo. A Grécia, berço da democracia ocidental, deu-nos assim mais uma lição política com a eleição do Syriza. Será este um feito dos deuses do Olimpo, cansados de tanta insensatez humana?

Seja como for, permanece por agora na mente dos europeus a pergunta: “E agora?” Resta-nos apenas acrescentar-lhe um clamoroso: “Força, Syriza!”» 
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27.1.15

Anita, sempre atenta



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Na Grécia, a esquerda é que virou à esquerda



«A grande alteração tem a ver com o princípio de vasos comunicantes entre o PASOK e o SYRISA. O primeiro passa de 43,9% para a insignificância de 4,7%. Curiosamente o SYRISA parte, em 2009, praticamente dos mesmos 4,7% para 36,3%. Esta é a principal novidade de 2015, já fortemente indiciada nas primeiras eleições pós-troika (2012).

Em conclusão: a Grécia não virou à esquerda. A esquerda é que virou à esquerda (por isso, não percebo o entusiasmo do PS…).»

António Bagão Félix

Je dirais même plus: «HaHaHa!»


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Lido por aí (219)

Grécia. Nada será como dantes



«A Europa flácida e rica gosta de se comportar como uma Cassandra da idade moderna: passou os últimos tempos a alertar para a destruição da Grécia se o Syriza ganhasse as eleições.

Como se não tivesse sido a mentalidade feudal do poder europeu de Bruxelas e Berlim que conduziu os gregos para um voo de Ícaro porque em terra já nada tinham mais a perder. O Syriza não ganhou porque os gregos são um povo suicida. Venceu porque um povo não gosta de ser espezinhado até ao limite.

Seis anos de políticas feitas a mandato da troika não resolveram nada. Pelo contrário, destruíram o tecido social grego sem construir nada em troca. Na Grécia vive-se uma economia de guerra: quando o Syriza prometeu electricidade gratuita para as pessoas a quem a tinham cortado ou senhas de racionamento para as crianças não fez promessas alucinadas. O medo do desconhecido e uma ruptura total com a UE fizeram com que Samaras vencesse as eleições de 2012. Essa chantagem não resultou: a UE não percebeu o que estava em jogo, hipnotizada pela crença que a Europa é só um Frankenstein fiscal onde tudo o resto é acessório. O futuro da Europa ou é político ou não é. Não pode ser um purgatório fiscal. Ou um muro de lamentações mudas e surdas onde se humilham os povos do Sul em nome da moral. A destruição da classe média, sempre o colchão onde repousa a democracia, criou na Grécia a sensação de que qualquer futuro é menos mau do que esta austeridade que corrói o orgulho nacional. Depois da vitória do Syriza nada será como dantes.» (Realce meu.)

Fernando Sobral

26.1.15

Manifesto por uma saúde de qualidade para todos/as em defesa dos sistemas nacionais públicos de saúde em Espanha e Portugal




Enviado por Isabel do Carmo, para publicação neste blogue:

PLATAFORMA IBÉRICA DE DEBATE E ACÇÃO

As políticas neoliberais, assumidas e reforçadas pelos organismos que dirigem a União Europeia, estão a ter sérias consequências sobre o direito aos cuidados de Saúde dos cidadãos e sobre os direitos dos trabalhadores/as dos serviços de Saúde, especialmente nos países do Sul da Europa, como Portugal e Espanha. Estas políticas caracterizam-se por cortes no orçamento público para a saúde, incremento da privatização na Saúde, introdução e crescimento dos pagamentos directos por consultas ou medicamentos (taxas moderadoras e margem de comparticipação), potenciação do hospitalo-centrismo e dos cuidados de especialistas, à custa da secundarização dos Cuidados Primários e do abandono do modelo de Saúde comunitário. Tudo isso caminha para o desmantelamento dos Serviços Nacionais de Saúde, para deixar espaço ao mercado, à prestação de serviços pelo sector privado.

As consequências previsíveis são o aumento das desigualdades sanitárias, a limitação da acessibilidade aos cuidados de Saúde, ao incremento da irracionalidade dos cuidados e a um aumento da morbilidade e da mortalidade e portanto pioria dos níveis de Saúde da população.

Pensamos que o serviço público de Saúde é essencial devido aos valores de justiça social e equidade. Os nossos objectivos são os de proteger e promover saúde e bem-estar, prevenir a doença e a incapacidade, eliminar as condições que afectam a saúde e o bem-estar e fomentar a capacidade de recuperação e adaptação. As nossas acções para conseguir estes objectivos devem estar conscientes da fragilidade do nosso planeta e a nossa obrigação de proteger a envolvente física e humana em que vivemos.

A nossa tolerância do neoliberalismo e das forças transnacionais que perseguem fins tão afastados das necessidades da grande maioria das pessoas e especialmente dos mais desfavorecidos e vulneráveis, só podem fazer mais profunda a crise que atravessamos. Vivemos num mundo em que a confiança nas instituições e nos políticos que nos governam está a cair a níveis incompatíveis com sociedades pacíficas e justas e contribui para um amplo desengano da democracia e da participação política.

Estas agressões à saúde e aos Serviços Nacionais de Saúde Públicos têm provocado uma resposta massiva de resposta social e profissional em ambos os países ibéricos gerando o surgimento e consolidação de uma aliança cidadã e profissional em Defesa do Serviço Nacional de Saúde Público em ambos os países.

As consequências das mobilizações e das intervenções sociais e profissionais conseguiram alguns êxitos concretos e criaram uma corrente importante de opinião social e no sector da saúde, com rejeição da privatização desta área.

Pensamos que temos que organizar uma Aliança Ibérica para avançar para uma saúde de qualidade para todos/as, cujos pontos-chave seriam os seguintes:
  1. Serviço Nacional de Saúde universal e gratuito financiado através do orçamento geral do Estado. 
  2. Esse financiamento público deveria eliminar as taxas moderadoras que limitam o acesso aos serviços e recursos. 
  3. Deverá haver uma separação clara entre público e privado. 
  4. A planificação deve ser geral e autónoma e a gestão dos serviços deve ser descentralizada em áreas de Saúde. 
  5. Deverá haver uma intervenção multidisciplinar e integradora dos serviços de Saúde. 
  6. A estrutura deve ser orientada para a promoção da Saúde e prevenção da doença, com potenciação dos Cuidados Primários baseados num modelo de Saúde comunitário. 
  7. Deve haver participação e partilha de soluções ao nível social e profissional. 
  8. Deverá haver uma utilização racional dos recursos, baseada em demonstração científica, no sentido da qualidade e da eficiência.
Com estes princípios as entidades que subscrevem a Plataforma comprometem-se a estabelecer uma aliança luso-espanhola contra o desmantelamento e a privatização dos Sistemas de Saúde Pública em Portugal e Espanha, que analise e valorize as políticas de Saúde e realize propostas alternativas para a melhoria e manutenção dos serviços de Saúde e medidas de actuação conjunta.

Lisboa e Madrid, 15 de Janeiro de 2015

·       GRUPO DE SAÚDE DO CONGRESSO DEMOCRÁTICO DAS ALTERNATIVAS 
·       FEDERACION DE ASOCIACIONES PARA LA DEFENSA DE LA SANIDAD PÚBLICA
·       FUNDACION 1 DE MAYO
·       FUNDACION PARA LA INVESTIGACION, ESTUDIO Y DESARROLLO DE LA SALUD PÚBLICA
·       ASOCIACION ESPAÑOLA DE NEUROPSIQUIATRIA. PROFESIONALES DE SALUD MENTAL
·       ASOCIACION DE ENFERMERIA COMUNITARIA
·       ASOCIACION ESTATAL DE DIRECTORAS Y GERENTES EN SERVICIOS SOCIALES
·       CONFEDERACION DE ASOCIACIONES DE VECINOS DE EXTREMADURA
·       ASOCIACION EXTREMADURA ENTIENDE
·       ASOCIACION PARA LA RECUPERACION DE LA MEMORIA HISTORICA DE EXTREMADURA
·       CONFEDERACION DE CONSUMIDORES Y USUARIOS DE MADRID (CECUMadrid)
·       CONFEDERACION DE ASOCIACIONS DE VECINOS GALICIA (COGAVE)
·       AYUNTAMIENTO DE FUENLABRADA
·       PARTIDO SOCIALISTA DE MADRID
·       IIZQUIERDA UNIDA COMUNIDAD DE MADRID
·       ESQUERDA UNIDA GALICIA
·       OBSERVATORIO IBEROAMERICANO DE POLITICAS Y SISTEMAS DE SALUD
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Fim do pesadelo grego



«If anything, the problem with Syriza’s plans may be that they’re not radical enough. Debt relief and an easing of austerity would reduce the economic pain, but it’s doubtful whether they are sufficient to produce a strong recovery. On the other hand, it’s not clear what more any Greek government can do unless it’s prepared to abandon the euro, and the Greek public isn’t ready for that.

Still, in calling for a major change, Mr. Tsipras is being far more realistic than officials who want the beatings to continue until morale improves. The rest of Europe should give him a chance to end his country’s nightmare.»

Paul Krugman