14.5.11

Ainda que mal pergunte


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Quando, no mesmo dia, se vê isto

E também isto



… o que se pode concluir? Muito. Mas, pelo menos por hoje, deixo apenas a interrogação (*).

(*) Com uma breve nota: estivessem trocadas as duas (ou as três…) primeiras colunas do segundo gráfico e as minhas hipotéticas (ou futuras) respostas manter-se-iam.

(Gráficos no Público de hoje)
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Eles bem sabem que o sonho é o que engana na vida

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Quem diz Grécia, diz Portugal

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Minuto 0:53 - «O que estamos a pedir ao governo de Papendreous é algo quase completamente impossível.» E Barroso diz que sim com a cabeça!

(Via Helena Romão no Facebook)

Bem a propósito: «A reestruturação da dívida grega não passará de Setembro».
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Felizmente houve a LUAR


(Clicar para ler)
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13.5.11

Cultura e memória


Foi inaugurada há dois dias, na belíssima Praça San Martín de Buenos Aires, uma «Torre de Babel», com 25 metros de altura e sete andares em espiral, construída com 30.000 livros escritos em quase todas as línguas. Assinala o facto de a capital argentina ter sido nomeada, pela UNESCO, Capital Mundial do Livro 2011 e pretende simbolizar a unidade de todos os povos do mundo.

A notícia foi dada por cá, mas não vi referida uma outra parte da história. Mais concretamente, que este não foi o primeiro projecto deste tipo concretizado pela sua autora, Marta Minujín: em 1983, concebeu o «Partenon dos Livros», construído com 30.000 obras proibidas durante a ditadura militar e que tinham sido escondidas pelos editores.

Se há países no mundo que cultivam e honram as suas memórias, a Argentina é certamente um desses países.
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Os precários deixarão de ir no fim das manifs…

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Também fui premiada


É um hábito que mantenho desde há alguns anos: de Domingo a 5ª feira, uma das últimas coisas que faço, antes de fechar este computador, é ver se já está no ar a crónica de Manuel António Pina no Jornal de Notícias. Quantas vezes não encontro então o reflexo do que eu própria pensei de um ou outro acontecimento, quantas vezes não reservo logo o que leio para o referir, neste blogue, algumas horas mais tarde.

Sobre a obra de MAP, já tudo foi dito nas últimas horas. Eu gostei sempre muito dos seus livros que li, tenho aqui por perto um que me enviou há cerca de dois anos. Foi então que, trazida pelos textos, me apareceu também a pessoa. Trocámos alguns mails quando começou a colaborar no blogue «Caminhos da Memória». Guardei-os porque são magníficos e reli-os agora com grande prazer – longos, muito longos, liberto que se confessava, ao escrevê-los, da terrível grilheta do limite do número de caracteres, imposto às crónicas que diariamente publica. Sempre subtis, calorosos, sobre tudo e sobre nada, falando dos gatos, da cadela, do meu cão, do que lia neste blogue ou do primeiro livro que publicou (uma tradução de poemas de Neruda) e que lhe valeu a estreia de visitas da PIDE a sua casa.

Não só mas também por tudo isto, quando a notícia da atribuição do Prémio Camões 2011 caiu, a meio da tarde de ontem, gostei muito, mesmo muito, de a conhecer. 

Hoje, não houve crónica no JN. Mas espero que os gatos tenham tido, ontem à noite, uma ceia reforçada e muito especial.
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12.5.11

Uma «performance» para Nuno Teotónio Pereira


Acção/Desenho Civico
14 de Maio,16.30
Museu do Chiado
(integrada na exposição «Objectos de Errância», no Museu do Chiado)

Uma performance para Nuno Teotónio Pereira
Projecto de Marta Wengorovius com a colaboração de Francisco Teixeira Bastos

“Num tempo em que o colectivo é questionado, proponho um desenho na rua. Esse desenho é feito através do uso de cartões onde são recortados-vazados círculos que correspondem à parte da rua que é limpa por cada pessoa que intervém. O propósito deste desenho é a formação da atenção: atenção ao espaço que cada um ocupa, atenção ao aqui e agora. Dessa atenção nasce tudo o resto.” Assim, numa acção-desenho em conjunto sobre o espaço público, em confronto com o individual, abre-se uma dimensão socio-política - sublinhada pela dedicatória desta performance ao Arq. Nuno Teotónio Pereira e à sua acção em prole da Cidade. Deste modo, esta obra artística não acrescenta ao seu carácter estético uma dimensão ética, essa dimensão é-lhe já imanente.

Horário do que se passa nesse dia:

Para quem se quer inscrever como participante começamos a fazer os cartões a partir 14.30. Temos todo o material, tem só que trazer balde, vassoura, pá, detergente ou sabão, escova e dizer até sexta para termos cartão, dúvidas: wengoroviusmarta@yahoo.com.
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A Espanha no mesmo saco?


Um título que pode ditar o nosso futuro e não só:
El FMI mete a España en el mismo saco que a Grecia, Irlanda y Portugal

Aqui, na íntegra, o relatório do FMI sobre a Europa, ontem divulgado.
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11.5.11

Levanta-te

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Bob Marley morreu há 30 anos.



Stand Up

Get up, stand up: stand up for your rights!
Get up, stand up: stand up for your rights!
Get up, stand up: stand up for your rights!
Get up, stand up: don't give up the fight!

Preacher man, don't tell me,
Heaven is under the earth.
I know you don't know
What life is really worth.
It's not all that glitters is gold;
'Alf the story has never been told:
So now you see the light, eh!
Stand up for your rights. come on!

Get up, stand up: stand up for your rights!
Get up, stand up: don't give up the fight!
Get up, stand up: stand up for your rights!
Get up, stand up: don't give up the fight!

Most people think,
Great god will come from the skies,
Take away everything
And make everybody feel high.
But if you know what life is worth,
You will look for yours on earth:
And now you see the light,
You stand up for your rights. jah!

Get up, stand up! (jah, jah! )
Stand up for your rights! (oh-hoo! )
Get up, stand up! (get up, stand up! )
Don't give up the fight! (life is your right! )
Get up, stand up! (so we can't give up the fight! )
Stand up for your rights! (lord, lord! )
Get up, stand up! (keep on struggling on! )
Don't give up the fight! (yeah! )

We sick an' tired of-a your ism-skism game -
Dyin' 'n' goin' to heaven in-a Jesus' name, lord.
We know when we understand:
Almighty god is a living man.
You can fool some people sometimes,
But you can't fool all the people all the time.
So now we see the light (what you gonna do?),
We gonna stand up for our rights! (yeah, yeah, yeah! )

So you better:
Get up, stand up! (in the morning! git it up! )
Stand up for your rights! (stand up for our rights! )
Get up, stand up!
Don't give up the fight! (don't give it up, don't give it up! )
Get up, stand up! (get up, stand up! )
Stand up for your rights! (get up, stand up! )
Get up, stand up! (... )
Don't give up the fight! (get up, stand up! )
Get up, stand up! (... )
Stand up for your rights!
Get up, stand up!
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Era uma vez uma escola


A Andrea Peniche explica:

«Era uma vez uma antiga escola primária no Porto, a escola da Fontinha (…), que estava abandonada há, pelo menos, cinco anos. Um grupo de pessoas decidiu ocupá-la, reabilitá-la, recuperar o acervo abandonado da biblioteca e desenvolver, em conjunto com a população, um projecto educativo com as crianças do bairro (aulas de inglês, história e geografia; ateliês de xadrez, guitarra e ioga). A população recebeu bem os novos inquilinos, participou nas assembleias onde se discutiu o projecto e empenhou-se naquela nova vida que a escola foi ganhando.» (Ler o resto.)

Ontem foi assim:




E, mais tarde, assim:



Mas a escola mantém actividades no Largo da Fontinha, por decisão de uma assembleia em que estiveram presentes mais de 100 pessoas. Programa detalhado do que se segue aqui.

Há quem não tenha ainda percebido que há mais Portugal para além do FMI.
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Uma má Petição


Não deve haver outro país no mundo com tantos Manifestos e Petições por metro quadrado. Quem anda pelo Facebook que o diga.

Apercebi-me, ontem à noite, da existência de um texto em que se pede a «abolição da DISCIPLINA PARTIDÁRIA imposta aos Deputados à Assembleia da República portuguesa». (*) e que deu / está a dar alguma luta em várias frentes daquela rede social. Trago-a, em parte, para aqui.

Transcrevo o que os signatários «requerem» concretamente:

«A - A declaração de inconstitucionalidade e subsequente abolição, ou proibição absoluta, da regra (não escrita) da disciplina partidária imposta aos Deputados no exercício da respectiva função e, nomeadamente, para efeitos de votação de diplomas votados em Plenário ou na especialidade, nos termos do respectivo processo legislativo parlamentar.
B - A verificação, independente, e consequente abolição, de qualquer mecanismo de exercício do voto que, de algum modo, tacitamente ou expresso em regimento da Assembleia da República, possa, eventualmente, condicionar o livre exercício da acção de cada Deputado.»

Esta posição é errada e, sobretudo, perigosa.

Errada porque, goste-se ou não, vivemos numa democracia parlamentar com representação dos indivíduos por partidos organizados que se submetem a eleições, com base num programa e em listas de nomes por eles escolhidos e divulgados. Quem vota sabe ao que vai, quem é votado também. Pelo caminho, há acidentes de percurso? Certamente. E daí?

Entre os subscritores da Petição, há quem a defenda alegando que, sem liberdade total de voto, cinco deputados, um por cada partido, seriam suficientes. Pretender reduzir a actividade parlamentar a votações não faz qualquer espécie de sentido. Nem vale a pena explicar porquê, julgo.

Convém também recordar que há, e sempre houve, deputados que não respeitam a disciplina de voto e que os mesmos mantêm o direito ao lugar que ocupam na AR: o partido não pode retirar-lho. Se assim o entender, não o inclui nas listas da eleição seguinte. Cada partido lida com estas situações de modo diferente e aí, sim, é legítimo aferir o grau de democraticidade interna existente em cada um.

Por último, para ser coerente, esta Petição devia defender, acerrimamente, a criação de círculos uninominais – o que, estranhamente, não faz.

Mas o mais importante é que este texto é também perigoso. Quando se agita o papão da «partidocracia» e o fantasma da corrupção inevitável das clientelas partidárias como argumentos abre-se a porta a um populismo fácil que, como todos sabemos, tem tido consequências bem graves ao longo da História - e nós levámos com elas durante mais de quatro décadas.

Por outro lado, é sintomático que, em nome da liberdade, se utilizem termos que lhe são tão contrários como «proibição absoluta», «abolição», «declaração de inconstitucionalidade».

Ainda: no limite, parece pretender-se que a AR seja composta por um leque de pessoas com projectos individuais «fortes» e convicções inabaláveis, e não por equipas responsáveis, mas coesas, que põem o trabalho em grupo acima das afirmações de personalidade. Para tal, os partidos poderiam escolher, segundo gostos e paladares, uma mescla de membros do Compromisso Nacional dos 44+77, da Convergência Nacional, com alguns do Manifesto dos nascidos depois de 74 e uns promotores da Geração à Rasca para enfeitar. A comunicação social agradeceria…

(*) Texto integral.
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Um verdadeiro festival


… de desenhos da Gui Castro Felga, aqui.
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10.5.11

Podiam traduzir este para finlandês

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(Via Rita Correia no Facebook)
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Terrorismo bom?


Passou uma semana mas o assunto está longe de estar encerrado, com argumentos e contra-argumentos, em aplauso ou condenação do assassinato de Bin Laden. Apesar de tudo o que tenho lido, mantenho o que escrevi desde as primeiras horas.

Verifico, com natural satisfação, que a crónica de Manuel António Pina, no JN de hoje, coincide exactamente com o que penso.

Terrorismo bom?

Acho que foi Sartre quem disse que a guerra é um país a defender-se de outro país que, por sua vez, se defende do país que se defende (saber quem começou é problema semelhante ao do ovo e da galinha).

Quem lê estas crónicas sabe que nutro particular repugnância moral tanto pelos métodos como pela fundamentação e objectivos do terrorismo islâmico. E quero crer que ele terá ganho a guerra contra as democracias quando estas se dispensem dos seus valores fundadores para adoptar métodos, não direi iguais, mas idênticos (a execução sem julgamento, isto é, o assassinato, de Bin Laden foi - dir-se-á -"selectivo") aos de organizações como a al-Qaeda.

Ora à luz de tais valores, plasmados em inúmeras convenções internacionais, mesmo um criminoso sanguinário como Bin Laden teria direito a um julgamento público e justo como o que tiveram os não menos sanguinários criminosos nazis no final da II Guerra. Executá-lo friamente, apesar de desarmado, juntamente com familiares, após informações obtidas (confirmou-o o director da CIA) sob tortura, não pode ser classificado como justiça mas sim, até tendo em conta os seus objectivos desmoralizadores, como terrorismo.

Parece no entanto que, face às reacções eufóricas de muitos líderes ocidentais, este será terrorismo bom e o "outro" é terrorismo mau, posição obviamente reversível do ponto de vista da al-Qaeda. Ou seja, e voltando a Sartre, terrorista é o "outro".
(O realce é meu.)
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Já que hoje é o dia deles

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International Monty Python Status Day '11




E por falar de filósofos, o meu preferido, desde sempre:


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A sondagem que se impõe


@Gui Castro Felga

... com uma única pergunta:
Acredita que o próximo governo, qualquer que ele seja, vai cumprir o programa da troika?

Claro que não vai! O tal arco de qualquer coisa está ligado ao acordo com o FMI e a UE por cordão umbilical, mas não é preciso recuar para além de ontem à noite para perceber que as coisas não vão correr bem: com Sócrates e Portas, «olhos nos olhos», e com o inenarrável Prós & Contras, em que Silva Pereira e Catroga passaram o serão, mais ou menos aos gritos, a chamarem «mentiroso» um ou outro. Fervores em tempo de campanha? Não só.

Assim sendo, «Ninguém perdoará ao Governo que não cumpra o programa da troika»??? Quem contribuir para que seja eleito não terá outro remédio que não seja perdoar.
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9.5.11

Desde que fomos até à Índia para trazermos especiarias que não falavam tanto de nós

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Até quando?


Ontem, li distraidamente um post de Yoani Sánchez e só hoje o percebi inteiramente, ao ler a notícia da morte de um opositor cubano, alegadamente em consequência de agressão policial.

Absolutamente revoltante, se a notícia for verdadeira. Até quando é que humanos continuarão a bater brutalmente noutros humanos, seja como castigo ou para provocar confissões? Quantos mais séculos e progressos civilizacionais serão necessários para que tal cesse? Não é insuportável saber-se que, ironicamente na mesma ilha, e às mãos de poderes «contrários», a apenas centenas de quilómetros de distância, existem práticas como essas em Santa Clara, em Havana e… em Guantánamo?!

Juan Wilfredo Soto García tinha 46 anos e morreu num hospital de Santa Clara - ontem, Dia das Mães em Cuba, o que explica o tal texto escrito por YS no seu Generación Y.

La crónica que no fue

Hoy iba a publicar un texto sobre el Día de las Madres, una breve viñeta donde contaba que a mi mamá le huelen las manos a cebolla, ajo y comino… por todo el tiempo que se pasa en la cocina. Tenía la idea de narrarles el gozo que me daba verla llegar a la puerta de mi preuniversitario en el campo, llevando los alimentos que le habían costado toda una semana –y grandes esfuerzos– conseguir. Pero justo cuando daba los últimos retoques a mi pequeña crónica maternal, ocurrió la muerte de Juan Wilfredo Soto en Santa Clara y todo dejó de tener sentido.

Las tonfas de los policías tienen sed de espaldas por estos lares. La violencia creciente de los uniformados es algo que se murmura en voz baja y muchos describen con detalles sin atreverse a denunciarla en público. Quienes hemos estado alguna vez en un calabozo, sabemos bien que una cosa es la propaganda edulcorada de “Policía, policía tu eres mi amigo” que repite la tele y otra la impunidad de la que gozan estos individuos con placa. Si encima de eso, el detenido tiene ideas diferentes a la ideología imperante, entonces el tratamiento será aún más duro. Los puños querrán convencerlo, ya que los escasos argumentos no lo lograrán.

No sé cómo las autoridades de mi país lo van a explicar, pero dudo que logren persuadirnos de que esta vez la culpa no ha sido de los policías. No hay manera de entender que un hombre desarmado, sentado en un céntrico parque pueda representar una gran amenaza. Lo que ocurre es que cuando se azuza la intolerancia, se alimenta el irrespeto al ciudadano y se le da luz verde a los cuerpos policiales, ocurren estas tragedias. Como la de hoy, en que una madre en Santa Clara no está sentada a la mesa que le han preparado sus retoños, sino en el oscuro salón de una funeraria velando el cuerpo de su hijo.

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Não há agendas que cheguem


Quando todos nos queixamos / queixámos de falta de participação cívica em Portugal, há muito por onde escolher, nos próximos dias:

Aprofundamento da Democracia - Ciclo de Reflexões e Debates

Organização conjunta da Associação 25 de Abril e do Movimento 12 de Março
Sede da Associação 25 de Abril
Rua da Misericórdia, 95
Lisboa

1ª Sessão, 12 de Maio às 18:00
«Modelo Democrático Institucional: seus bloqueamentos e modelos alternativos»
Convidados:
• Boaventura Sousa Santos
• Jorge Miranda
• Isabel Allegro Magalhães

Mais informações.


I Assembleia do Fórum das Gerações - 12/3 e o Futuro

14 de Maio, 10.00 – 17:00
Auditório do ISPA (Instituto Superior de Psicologia Aplicada)
Rua Jardim do Tabaco,34
Lisboa


15 de Maio - Lisboa - Democracia Verdadeira, JÁ

Em Coimbra, Lisboa, Porto, faro, Braga e Setúbal. Ver convocatórias aqui.
Mais informações.


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Se até nós, que o conhecemos bem, ficámos surpreendidos…



Houve quem estranhasse que «um programa de austeridade que implica perda de soberania seja apresentado como uma vitória negocial».

«Responsáveis da Comissão falam de uma "grande perplexidade". "Os políticos esquecem-se que na zona euro não há mensagens para consumo interno", sobretudo "quando se precisa do aval dos outros parceiros para aprovar este pacote".»

Uns dias depois, e com tudo o que agora se sabe, é ainda mais inaceitável esta postura política de Sócrates perante os seus governados. Reduziu-a a pura manobra paternalista para sossegar mentecaptos: «vinha aí o lobo mau, mas eu sou o melhor e consegui enganá-lo».

P.S. - P.S. – A ler também: Sócrates acusado no FT de fazer discurso enganador sobre pacote de ajuda.
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8.5.11

Como seria de esperar

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… a Finlândia respondeu ao vídeo patrioteiro com que a brindámos.



Apesar de tudo, parece que haverá uns finlandeses que votarão nos «Homens da Luta», já que escreveram, no site da Eurovisão:

«There is no doubt these guys are a reflection of current generations, who have been struggling so hard to get their place in the labor market. Given the current Euro situation, nothing would make more sense than attributing the victory to Portugal, so that in 2012 that country could organize the Eurovision Contest, and thus far stimulate the economy.»
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Agora os Estrumpfes


Depois de Tintim, chegou a vez de os simpáticos bonecos azuis serem também acusados de racismo, mas não só: a sociedade em que se movem seria «um arquétipo de utopia totalitária, marcado por estalinismo e nazismo».

Mas não estarão fora de moda? Isso julgava eu... O meu neto (6 anos) passa horas, num iPad, à volta deles. E não me parece nada que esteja por isso a tornar-se fã de Hitler ou do José dos bigodes...
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Uma hora do seu Domingo

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… para ver este magnífico documentário grego sobre a famigerada «crise» e possíveis alternativas para a ultrapassar.


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Mais estimulante do que vídeo para finlandês ver


Pecará por ingénuo optimismo, ou será mesmo puramente utópico, este texto onde há pouco fui parar. Mas sempre alimenta mais as esperanças do que o enaltecimento das nossas glórias passadas - digo eu…


«Remember: Your ancestors once walked through this land. They lived a culture of peace, knowledge and cooperation with all living beings. We still find their signs and stone settings. Their power and love is alive even today, but it is sleeping. Let us awake it by recalling it.

Portugal does not need the bailout from the EU. Portugal is not only able to save itself economically, but in the moment of crisis it could even become a model case: A model for decentralized autonomy, richness and self-determination. A model for countries and regions in a similar situation through which they could learn to take their fate back into their own hands again. (…)

We see a new generation of pilgrims from all countries travelling across the earth. They are no longer bound to nation, language, race, culture or religion, nor to wealth or possessions. They help in crisis areas, visit sacred sites, meet at campfires and in hostels, share their bread and develop a new quality of community. A new global citizenship is developing beyond all institutions. A new form of positive 'globalisation'.»
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