31.5.14

Pobre cão!


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A cantiga continua a ser uma arma



Benjamin Biolay lançou esta canção inédita para assinalar o sucesso da Frente Nacional nas eleições europeias.

No refrão, retoma parte do celebérrimo «Chant des partisants» (le vol noir du corbeau sur la plaine...) para comparar a nova composição do Parlamento Europeu com o domínio alemão na Segunda Guerra.




A primeira interpretação, por Anna Marly, autora da música:




Mais duas interpretações que ficaram célebres (Jean Ferrat e Yves Montand)





(Fonte)

Na vida real


@Joe Fenton

«Na vida real, o Tribunal Constitucional veta leis. Acusar os juízes de facciosismo político é marrar contra o espelho sem querer parti-lo: os juízes foram coerentes com os acórdãos anteriores. Ou se muda a Constituição ou se mudam as leis. (...)

Na vida real, os funcionários públicos não sabem a quantas andam e, provavelmente, já nem querem saber. (...)

Na vida real, o povo vota, vota a favor e vota abaixo. Mais do que votar contra aquilo que não gosta, vota contra aquilo em que não acredita. Ou em quem não acredita. O povo português suportou a austeridade durante bastante tempo, provavelmente por aceitar que ela seria necessária, mas deixou de acreditar que era limitada (os cortes temporários são permanentes) e que tinha um propósito maior do que o défice nosso de cada ano. (...)

Na vida real, os partidos que não vingam, vingam-se. O PS está a vingar-se de Seguro. António Costa não está a trair mais do que Matteo Renzi traiu Enrico Letta — e Renzi é a nova coqueluche da democracia europeia. O problema de Costa não é o desafio a Seguro, que é legítimo, é ter sido eleito há meia dúzia de meses pelos cidadãos de Lisboa, que foram trampolim. Qual é a diferença entre Costa deixar Lisboa para ir para o Governo e Barroso ter deixado o Governo para ir para Bruxelas? Uma é Barroso ter fugido de uma derrota enquanto Costa corre para uma vitória. Outra é ter boa imprensa. Mas isso, na vida real, acaba num ápice.» (...)

(O link funciona para quem tiver acesso ao Expresso online.) 
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De Espanha, nem sempre maus ventos



«Rresulta preocupante que organismos internacionales como el FMI pretendan presentar como soluciones técnicas e inevitables lo que son meras apuestas ideológicas desde una visión partidista de las relaciones económicas.» 
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30.5.14

Sempre que oiço António José Seguro



... lembro-me disto.
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Democracia controlada



«Num daqueles momentos em que se é iluminado pela luz de um gambozino e se julga ter visto o sol, Passos Coelho considerou que "se se isolar o que se passou em França e no Reino Unido" não se pode "extrair" que houve um crescimento anormal dos eurocépticos e da extrema-direita. Para lá de a França e o Reino Unido serem países centrais na construção da União Europeia, a única coisa que se pode "extrair" é que, ou Passos Coelho está distraído ou faz disso uma fé.

O primeiro-ministro não entende que o emagrecimento dos partidos "centrais" e a progressiva liderança cultural (a hegemonia cultural das sociedades) pelas facções nacionalistas e antiglobais encontram cada vez mais eco em populações descrentes com este projecto Europeu. E é incapaz de entender, ou não o quer fazer, que este sentimento radical irrompe em países que não sofreram a terrível austeridade. (...)

Passos Coelho sabe obviamente que Portugal está a ser o país onde se está a criar um novo laboratório social. Onde, em nome do liberalismo, o Estado está a aumentar os seus poderes (aliado a uma elite política, económica e legal), como se vê claramente no poder cada vez mais tentacular da Autoridade Tributária, a nossa NSA de trazer por casa. Democracia controlada é o regime que está a ser testado, num deserto cultural sem referências, onde o parco consumo é o escape.»

Fernando Sobral, no Negócios.
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Lido por aí (45)

PS: ver e ouvir para crer



Se nos dissessem há uma semana que iríamos assistir a estes dois episódios na história de um partido que já tem idade para ter juízo – o modo como está a desenrolar-se o confronto Costa / Seguro, acolitado pelos respectivos seguidores, e a telenovela ligada à votação do PS na moção de censura ao governo, da autoria do PCP – dificilmente imaginaríamos até que ponto a realidade pode ultrapassar a ficção. Os próximos dias serão interessantes para ocupar um fim-de-semana, provavelmente cinzento, com um filme de humor mais ou menos negro.

Neste momento, mais uma cereja em cima do bolo: à hora a que escrevo, decorre, na Assembleia da República, a discussão da moção de censura. António José Seguro não está presente e enviou um SMS à comunicação social a explicar porquê: não está porque a dita moção é «um frete ao Governo» (sic), mas chegará no momento na votação. E o PS confirmou ontem que votará a favor. Ah, grande líder e grande partido! Valha-nos-deus, porque de homens como estes há pouco a esperar.

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29.5.14

Para amenizar o ambiente



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Inglês ou Religião e Moral?



Não é «Imprensa Falsa» mas julguei que sim quando li o título da notícia: Disciplina Inglês pode ser substituído por Religião no primeiro ciclo.

Vendo um pouco mais em detalhe, percebe-se que a frequência da nova disciplina é facultativa (era melhor que não fosse...) e que não está propriamente incluída nas AEC. No entanto, por um lado, ela obriga, necessariamente, à supressão de uma outra, dada a coincidência de horários; por outro, já são muitas as escolas que só oferecem UMA opção e é bem provável que umas tantas aproveitem para preencher o horário apenas com esta.

Para além do essencial, obviamente: Estado laico? E religião católica ou também budismo, islamismo, etc., etc.?
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Para compreender as Europeias



«No Sábado, o Presidente da República apelou ao voto de todos os portugueses. No dia seguinte, registou-se a maior abstenção de sempre. Cavaco Silva é muito mobilizador, mas não conseguiu competir com um daqueles dias em que não estava bom tempo para a praia nem havia futebol. Talvez não seja boa ideia colocar um homem que nunca pôs um cravo na lapela a apelar ao bom funcionamento do regime nascido da Revolução dos Cravos.»

Na íntegra AQUI.
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Europeísmo



«O grande problema da União Europeia é que andou depressa de mais do ponto de vista burocrático e da "governança", e devagar de mais do ponto de vista democrático e da legitimidade política. Cavou-se deste modo um abismo entre, por um lado, os seus burocratas e os seus líderes e, por outro lado, os seus povos.

O europeísmo procurou ser a ideologia optimista deste abismo, mas o seu colapso está hoje bem à vista. Trata-se de uma espécie de ideologia sem política, tão vaga como ilusória, mas que foi distraindo os europeus das transformações de fundo que ocorriam no mundo e punham cada vez mais em causa o seu status. (...)

A ideologia europeísta acabou deste modo por conduzir ao facto de, quanto mais Bruxelas pesa na Europa, menos a Europa pesa no mundo. (...) Depois das eleições de domingo passado, o risco desta inércia mantém-se – mas o mundo vai continuar a mudar, com todos os seus naturais imprevistos.»

Manuel Maria Carrilho

Lido por aí (44)


@João Abel Manta

* El acuerdo Transatlántico, el fin de la democracia (John Hillary)

* Podemos y la inteligencia (Aníbal Malvar)

* Europa imaginada (Vladimir López Alcañiz)
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28.5.14

Afinal, é isto


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Hoje é 28 de Maio



Em 1926, um dia terrível e decisivo na nossa História marcou o fim da 1ª República e esteve na origem do Estado Novo. Todos os anos havia comemorações, mas duas ficaram na memória.

Foi num outro 28 de Maio, mais concretamente em 1936, no 10º aniversário da «Revolução Nacional», que Salazar proferiu um discurso que viria a ficar tristemente célebre: «Não discutimos a pátria...»



Ainda num outro aniversário – no 40º, em 1966 – o chefe do governo, então com 77 anos, viajou pela primeira vez de avião até ao Porto (entre os outros passageiros, acompanhado pela governanta) para assistir às celebrações que tiveram lugar em Braga.



Não se ouve, neste vídeo, uma frase do discurso que deixou o país suspenso: «Eis um belo momento para pôr ponto nos trinta e oito anos que levo feitos de amargura no Governo». Mas Salazar continuou: «Só não me permito a mim próprio nem o gesto nem o propósito, porque, no estado de desvairo em que se encontra o mundo, tal acto seria tido como seguro sinal de alteração da política seguida em defesa da integridade da pátria».

E ficou no cargo até cair de uma cadeira.
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Munições para Seguro?

PS em estado autofágico



António José Seguro anunciou, há dois dias, que o PS votará a favor da Moção de Censura ao governo, apresentada pelo PCP e que será discutida e votada depois de amanhã.

O texto da dita Moção está online, já o li e pergunto: será que o Partido Socialista assina por baixo afirmações como estas, escolhidas a título de exemplo?

«O Governo e os partidos que o suportam (...) têm por objectivo esconder dos portugueses o projecto de amarrar Portugal à situação de dependência, por via dos mesmos ou de outros instrumentos de dominação da União Europeia (designadamente por via do Tratado Orçamental).»
«A mais grave situação nacional desde os tempos do fascismo torna indesmentível o retrocesso económico e social a que conduziu a política de direita executada nos últimos 37 anos por sucessivos governos, agravada nos últimos anos pela execução dos PEC e do Pacto de Agressão assinado por PS, PSD e CDS com a troica estrangeira do FMI, BCE e Comissão Europeia.»

Não ditaria o mais elementar bom senso que Seguro tivesse esperado para ver o texto antes de comprometer o seu partido? Claro que haverá declarações de voto (e disciplina?...) com demarcações, mas votar a favor é votar a favor. E esta iniciativa autofágica de se condenar a si próprio é a cereja em cima de um bolo, difícil de digerir, no banquete pandemónico actualmente em curso no PS.

O dia 30 de Maio será uma sexta-feira negra para António José Seguro – talvez mesmo no sentido original da expressão
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Lido por aí (43)


@João Abel Manta

* O desvio de Cavaco (Isabel Moreira)

* Líder Seguro, nem uma coisa nem outra (Ferreira Fernandes)

* A social-democracia em coma induzido (Ana Sá Lopes)
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27.5.14

Eleições, futebol e rusgas policiais



A crónica de Diana Andringa, hoje, na Antena 1:

Sim, eu sei, as eleições foram anteontem, se calhar era delas que devia falar. Mas não só já muitos falaram antes de mim, como, para dizer a verdade, não vi nelas nada de tão surpreendente que valha a pena sublinhar.

Se fôssemos capazes de evitar tomar desejos por realidades, não nos surpreenderia ver na Europa as manifestações de desconfiança nos partidos a que convencionou chamar-se «do arco do poder» (lá terá de se começar a pensar numa nova designação...), o crescimento de partidos xenófobos, ou, em Portugal,o caso Marinho Pinto e a fortíssima abstenção.

Tenho que admitir que a abstenção me choca. Ou até, para ser franca, que me ofende. Afinal, durante 48 anos, milhares de pessoas lutaram, enfrentaram a prisão, a tortura, até a morte pelo direito ao voto e, poucos dias depois de festejaram o quadragésimo aniversário do fim da ditadura, 66% dos eleitores recusam esse direito?

E depois lembro-me que, na véspera, houve futebol. Os partidos que, a meu ver bem, se indignaram com a conferência do Banco Central Europeu em Sintra, não se preocuparam com o facto de, nos últimos dias, os noticiários terem dado enxurradas de notícias sobre o futebol, enquanto que, não fôra a indignação de Miguel Esteves Cardoso, proclamando, em crónica no Público, «Nós não merecíamos tal fascismo», passavam em claro a prepotência policial, fosse no mandar parar de automoblistas, fosse, pior, nas rusgas que se vão sucedendo, já naturalizadas por quem as sofre, nas estações de acesso a Lisboa. Aceitam-se as rusgas policiais, a alarvidade de alguns adeptos, demonstrada na Praça da Figueira, as horas de glorificação dos jogadores de futebol, erguidos em ídolos da Nação. E depois, nas eleições, esperamos que votem? Afinal, também eu tomo desejos por realidade.

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Europa, essa grande derrotada



«Ninguém ganhou. Foi a Europa que perdeu. A que foi sonhada como um encontro de povos e culturas envolvidos por um mercado económico comum. E a que foi desenhada pelos burocratas de Bruxelas e pelos iluminados de Paris e Berlim.

A Europa do Mal-estar substituiu a do Bem-estar. Os resultados eleitorais reflectem isso, entre a abstenção e a votação dos partidos que irão para o Parlamento Europeu como se fossem um Cavalo de Tróia. Enquanto em Portugal se discute emocionadamente quem ganhou por pouco e quem perdeu também por milésimas, da Europa vem uma vaga de frio polar. (...)

A Europa da solidariedade desintegra-se. (...) A grande derrotada destas eleições maliciosas. »

Fernando Sobral, no Negócios
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Paul Krugman, Barroso, Europa


Paul Krugman assistiu, em Sintra, ao rescaldo das Europeias e escreveu no seu blogue: «European Green Lanterns».

«Sitting in a room listening to EU officials reacting to the European Parliament elections — and it seems to me that they’re deep in denial. Barroso just declared that the euro had nothing to do with the crisis, that it was all failed policies at the national level; a few minutes ago he said that Europe’s real problem is a lack of political will.
This is quite amazing, in a really bad way.»

Ler o resto aqui.
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Lido por aí (42)

26.5.14

Isto já cansa, não?



PS volta a falar de Costa para o lugar de Seguro.

É caso para se dizer: «Costa, avança, com toda a confiança!», ou, em alternativa, «Por qué no te callas?»
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Entre o Caneco e o Voto



«No sábado fez-se a festa com a Liga dos Campeões, louvor aos melhores do futebol e à riqueza da UEFA. No domingo votou-se para a Liga dos Últimos, o lugar a que Portugal pertence no seio desta União Europeia. A vitória de um partido serve para consumo interno, a derrota dos outros para consolo também dentro de portas.

Porque em termos de Europa, que não se discutiu, o voto foi irrelevante. As elites já escolheram quem vai ser o homem do leme para comandar a casca de noz da Europa austera que a está a tornar irrelevante no mundo. E a abrir um fosso cada vez maior dentro das suas fronteiras, reforçadas a arame farpado.

Esta Europa aristocrática, sem dinheiro e sem poder, sem capacidade de risco e sem um objectivo para lá do financeiro de curto prazo, é um espantalho. E, curiosamente, está a transformar-se em tudo aquilo que criticava.»

Fernando Sobral, no Negócios.
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José Inácio Faria



... segundo nome da lista do MPT, também eleito para o Parlamento Europeu, é o J. Pinto Fernandes que não tinha entrado na história.

Quadrilha

João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história.

Carlos Drummond de Andrade
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Salut, Marine Le Pen



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25 de Maio: um balanço telegráfico



Depois de uma noite pouco dormida, um balanço telegráfico do dia de ontem, que foi terrível, para os europeus em geral e para os portugueses em particular, por vários tipos de motivos:

1 – O nível de abstenção mostrou um elevadíssimo grau de desinteresse e de protesto, num momento crucial para a Europa e para Portugal.

2 – A subida da extrema direita em vários países, nomeadamente mas não só em França, é uma verdadeira ameaça para a democracia, cujas consequências ainda nem conseguimos imaginar.

3 – Por cá, a derrota da Aliança Portugal e do PS (sim, não é gralha), mantendo no entanto, em conjunto, 59% dos votos, vem inscrever no horizonte uma alternância suave ou uma grande coligação ao centro, sem qualquer esperança em algo de verdadeiramente bom e decisivo para os portugueses. Embora 59% seja menos do que o habitual, ainda não foi desta que o nosso «centrão» implodiu eleitoralmente, como já foi o caso, por exemplo, na Grécia e em Espanha.

4 – Quanto aos outros, Marinho Pinto foi a surpresa e o grande vitorioso (mas nem atribuo ao facto a importância que muitos estão a atribuir, nem o considero um papão que vá comer criancinhas em Bruxelas), não me torna especialmente feliz o crescimento da CDU (por motivos que não cabem num balanço telegráfico) e o Bloco bem pode arrumar as ideias e a casa, rapidamente e em força (se será capaz de o fazer, isso já é uma outra questão).

Portanto, e em suma, 25 de Maio de 2014 fica como um marco bastante negro no calendário das nossas vidas. E vêm aí dias de facas longas.
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25.5.14

Ainda restam algumas horas



Na imagem, as filas de espera para votar em 25 de Abril de 1975, nas primeiras eleições da democracia.

Se é normal que o entusiasmo espelhado então em 91,7% de participação tenha esmorecido, chegar ao grau de abstencionismo que hoje temos não pode deixar de ser altamente preocupante, quer o mesmo exprima desinteresse ou forma de protesto consciente. Creio, aliás, que este segundo motivo – protesto de muitos, politicamente esclarecidos e mesmo activos – nunca terá atingido proporções tão grandes como as de hoje, sobretudo entre os jovens.

Respondi esta manhã a alguém que, no Facebook, se queixava das inúmeras pressões contra a abstenção, que considero o seu exercício um direito, mas que se trata de um exercício «triste», de uma espécie de declaração de impotência, que não motiva o seu autor para o que quer que seja. Para além de legitimar pela negativa, neste caso, quem se pretende castigar: os partidos do arco da governação, que meterão ao bolso as suas vitórias ou pequenas derrotas, sendo totalmente ignorados os abstencionistas e os que votam branco ou nulo.

Ainda restam umas horas – poucas... 
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Poder político e poder económico



«Não devo ter sido o único a ouvir que a grande diferença na relação entre o poder político e o económico em Portugal, da ditadura para a democracia, seria que antigamente era o ditador a definir quem eram os ricos e que agora eram os ricos a decidir quem tinha o poder político.

A afirmação é manifestamente exagerada, provavelmente incorrecta em termos históricos e injusta para a nossa democracia. É, sobretudo, muito influenciada pelo ambiente actual em que existe a percepção de que o poder económico se globalizou e se sobrepôs de maneira clara ao poder político.

O que não ignoramos é a profunda ligação dos nossos grupos económicos ao poder político. O que pouco mudou da ditadura para a democracia é a forma como uma parte importante dos poucos grupos económicos dependem do Estado e de como o Estado depende deles ou, pelo menos, os deixa influenciar o processo político. (...)

Há coisas aparentemente pequenas que dizem muito. Sabemos que um líder de um partido está com grandes possibilidades de chegar a primeiro-ministro quando se sabe que vai almoçar com o presidente do banco X ou Y e é certo e sabido que o primeiro telefonema que um recém-primeiro-ministro recebe é de um presidente de um grande grupo económico.»

Pedro Marques Lopes

Conselho de última hora


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