Na imagem, as filas de espera para votar em 25 de Abril de 1975, nas primeiras eleições da democracia.
Se é normal que o entusiasmo espelhado então em 91,7% de participação tenha esmorecido, chegar ao grau de abstencionismo que hoje temos não pode deixar de ser altamente preocupante, quer o mesmo exprima desinteresse ou forma de protesto consciente. Creio, aliás, que este segundo motivo – protesto de muitos, politicamente esclarecidos e mesmo activos – nunca terá atingido proporções tão grandes como as de hoje, sobretudo entre os jovens.
Respondi esta manhã a alguém que, no Facebook, se queixava das inúmeras pressões contra a abstenção, que considero o seu exercício um direito, mas que se trata de um exercício «triste», de uma espécie de declaração de impotência, que não motiva o seu autor para o que quer que seja. Para além de legitimar pela negativa, neste caso, quem se pretende castigar: os partidos do arco da governação, que meterão ao bolso as suas vitórias ou pequenas derrotas, sendo totalmente ignorados os abstencionistas e os que votam branco ou nulo.
Ainda restam umas horas – poucas...
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