A ideia de contar viagens em blogues funciona sempre mais ou menos mal e resulta em meia dúzia de recados, ilustrados com fotos descarregadas à pressa. Quando se está do outro lado do mundo, tudo parece estranho até a blogosfera, há sempre muito pouco tempo livre, um minuto de internet custa por vezes os olhos da cara e as prosas ficam esquisitas sem caracteres portugueses. E se o destino é um dos doze países onde a internet é censurada...
Assim, desta vez, «conto» a viagem antes de partir. Quando lá estiver, confirmo ou desminto... Dento de duas semanas, passarei 24 horas (estou a ser muuuito optimista...) em três aviões e quatro aeroportos – o que não me incomoda absolutamente nada. A Portela terá certamente obras em curso, em Frankfurt conheço as passadeiras e os elevadores quase como os meus pés. Passarei algum tempo em Bangkok, mas nem terei tampo para ir lá fora provar uns gafanhotos, e chegarei finalmente a Hanoi – Vietname, portanto, o 53º país dos meus circuitos turísticos (escalas em aeroportos não incluídas), 5º asiático depois de China, Japão, Índia e Nepal.
As expectativas são grandes e a primeira e excelente notícia é que o meu hotel fica no centro da parte antiga, numa das 36 ruas do Bairro Francês. A primeira saída será num destes simpáticos triciclos, uma das melhores maneiras para conhecer a cidade – dizem-me e eu acredito por experiência semelhante que tive em Pequim. Entre outras coisas verei o lago Hoan Kiem (ou lago da Espada), verdadeiro centro da cidade para os seus habitantes, carregado de história e de lendas.
Leio que Hanoi é uma cidade lidíssima e acredito. Amanhã vou tentar explicar porquê.
Música folclórica tradicional
(Hue & Em por Hurang Lan)