Podia falar da cidadela de Sigiriya, construída no século V, duzentos metros acima do solo e da selva, mas visitei melhor e fiquei mais impressionada com Polonnaruwa, a segunda capital que este país teve e que nasceu do nada nos séculos XI e XII.
Quando os nossos Afonsos e os nossos Sanchos iam apenas começar a espalhar por aí modestíssimos castelos para se defenderem dos mouros, as gentes desta terra concebiam e punham de pé uma grande cidade de 122 hectares, numa região próspera por causa de um complexo sistema de irrigação entretanto criado, com uma série de edifícios, ruas e jardins perfeitamente desenhados, mosteiros, piscinas e anfiteatros – tudo em torno de um Palácio Real (na foto, o que dele resta), com sete andares e 1.000 divisões!!!
Num pequeno museu, simples mas bem organizado, é possível ver hoje maquetas e desenhos que «reconstituem» os edifícios primitivos. Absolutamente impressionante!
Alguns séculos (poucos…) mais tarde, chegaram os europeus para «civilizarem» esta ilha – com os portugueses à cabeça, como é sabido.
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