13.3.10

Até que a voz nos doa


Longa vai a discussão sobre a greve de fome dos dissidentes cubanos, nomeadamente no Vias de Facto.

Mas trago-a hoje de novo para aqui porque não me calarei enquanto não recordar, mil vezes se necessário for, que a liberdade de expressão é um direito e não uma esmola que se dá ou que se pede. Precisamente porque se trata de um direito, exige-se e há alguns que decidem arriscar o único bem valioso que lhes resta - a vida. Não só merecem o nosso respeito como nos obrigam a fazer o pouco que podemos para que acabe uma das muitas ditaduras que, infelizmente, ainda existem neste mundo: falar, falar e escrever, escrever, escrever.

Foi o que fizeram Óscar Arias e Antonio Muñoz Molina, em dois excelentes artigos, entretanto publicados em El País e dos quais extraio algumas passagens.

«Sin duda, la huelga de hambre es un arma delicada como herramienta de protesta. Sería riesgoso que cualquier Estado de derecho se viera en la obligación de liberar a sus privados de libertad, si deciden rechazar su alimentación. Pero estos presos no son como los demás, ni Cuba cumple las condiciones de un Estado de derecho. Se trata de presos políticos o de consciencia, que no han cometido otro delito más que oponerse a un régimen, que fueron juzgados por un sistema judicial de independencia cuestionable y que deben sufrir penas excesivas sin haber causado un daño a otras personas. (…)
Me acusarán de inmiscuirme en asuntos internos, de irrespetar su soberanía y, casi con certeza, de ser un lacayo del imperio. Sin duda, soy un lacayo del imperio: del imperio de la razón, de la compasión y de la libertad. No voy a callarme cuando se vulneran los derechos humanos.»

«Ésa ha sido la actitud de una parte de la intelectualidad occidental hacia los sufrimientos de las víctimas de los regímenes comunistas. Mirar para otro lado, callar por miedo a que lo acusen incómodamente a uno de cómplice de la reacción.(…)
Hay, en una gran parte de la izquierda democrática europea y americana, una resistencia sorda a aceptar que la opresión y el crimen cometidos en nombre de la justicia son tan repulsivos como los que se cometen en nombre de la superioridad racial. Basta que una dictadura se proclame de izquierdas para que sus abusos merezcan la indulgencia de quienes nunca correrán el peligro de sufrirlos.»

Se são os próprios a afirmá-lo, quem sou eu para os contradizer?


Pedro Adão e Silva:

«Há uma letra a mais no PEC. O "C" de crescimento. Portugal apresentou um "PE", um programa de estabilidade, mas, no horizonte temporal de 2013 não poderemos esperar crescimento. É este o nosso drama, armadilhados que estamos por uma zona euro que não foi concebida para choques como o que enfrentamos. (…) A credibilidade deste PEC assenta num cenário macroeconómico muito prudente - aliás, ao arrepio do histórico recente do governo português -, que, a ser tomado como bom, torna inviável que haja uma diminuição do desemprego significativa até 2013. Com um desemprego estimado nos 9,3% e com o número de desempregados sem subsídio a crescer todos os meses, chegaremos a 2013 com centenas de milhar de portugueses sem rendimentos. O cenário é socialmente sustentável? Claramente não. Havia alternativa? Também não. A menos que a Europa decida, de uma vez por todas, acrescentar o "C" que falta a outro "PE", o Pacto de Estabilidade.»

O mundo em rede e sem chefe?

Uma lição sobre a história da internet. Longa e só para francófonos, mas vale a pena.

Matusalém (34)



Ainda no rescaldo deste post e aconselhando a passagem por um outro.

12.3.10

Em jeito de resenha de imprensa


… este texto de Manuel António Pina, no JN de hoje:

«Há dias em que (como as greves, na opinião do presidente da TAP, homem do século XXI com um salário do século XXII e uma gestão do século XIX) me sinto "do século passado ou do anterior". Nesses dias, enquanto não sou apanhado com a boca do século passado na botija do século XXI, estranho que a Privado Holding, dona do privadíssimo BPP, queira que os contribuintes a indemnizem por o Estado não lhe ter "recuperado" o "seu" banco.

Acho "rasca, absurdo e estúpido" que a mulher de Saramago ache "rasca, absurda e estúpida" a contestação aos 2,2 milhões que a Câmara de Lisboa gastará na Fundação autocelebratória do marido (no Porto, a Fundação Eugénio de Andrade recebe do Estado e Câmara 0 euros). Devo, contudo, ter uma costela do século XXI. Percebo que a deputada socialista Maria de Belém ache a comissão de inquérito ao negócio PT/TVI um porta-aviões, quando, para resolver o caso, bastava "um mero submarino" (que, como o mero Rui Pedro Soares, se move debaixo de água). E concordo com o ministro das Finanças que financiar autarquias é "money for the boys" e financiar "boys" é "money for the people".»

Com os pés e sobretudo sem cabeça


Ou estará Fernando Nobre a pensar nos problemas cardíacos de Manuel Alegre?

É uma gente comunista, está à vista


A Forbes acaba de revelar a lista dos mais poderosos multimilionários do mundo, em 2009. Nela figuram 64 chineses - três vezes mais do que em 2008 -, à cabeça dos quais o deputado Zong Qinghou.
Prevê-se que, dentro de quinze anos, o primeiro lugar possa vir a ser ocupado por um cidadão do Império do Meio, muito provavelmente ligado ao domínio das TIC – um qualquer Bill Gates chinês, portanto.

Mao deve dar umas voltas no seu horrível mausoléu da Praça Tiananmen e o camarada José também não se deve sentir lá muito bem, já que a Rússia é o país europeu com mais nomes na lista da Forbes.

Ou estarei enganada e era aqui que se pretendia chegar?

(Fonte), entre outras.

Matusalém (33)



Sugestão de Manuel Vilarinho Pires
(Os diálogos na Caixa de Comentários é que estão a escolher as canções, já nem sou eu...)

11.3.10

Antes que o dia acabe, regresso a 1975


Foram raríssimas as alusões que hoje encontrei ao 35º aniversário (número redondo…) de um dia que foi decisivo para este país – 11 de Março de 1975.

Não vou relatar acontecimentos bem conhecidos (ou talvez totalmente ignorados pelos mais novos…), nem pretendo abrir aqui uma caixa de Pandora, embora ainda não tenha perdido a esperança de ver um dia uma discussão séria e certamente muito polémica sobre o PREC – o que foi, e talvez sobretudo, o que poderia ter sido e acabou por não ser.

Questão incómoda, varrida para baixo de muitos tapetes, uns tecidos de saudosismos irredutíveis, outros de condenação sem reservas como se a nossa democracia pudesse ser o que é, para o mal mas também muitíssimo para o bem, caso tivesse sido possível «saltar» do 25 de Abril de 74 para o 25 de Novembro de 75 ou, pelo menos, apagar o 11 de Março e os oito meses e meio que se seguiram.

Quem tem idade para recordar lembrar-se-á dos ambientes absolutamente alucinantes em que tudo acontecia, sobretudo a partir de 14 de Março, quando foi criado o Conselho da Revolução e se deu a nacionalização da Banca e dos Seguros. Mas talvez tenha esquecido algumas reacções, bem significativas e provavelmente úteis quando revisitadas a trinta e cinco anos de distância:

«As nacionalizações são saudadas à esquerda e não são contrariadas à direita. O PPD apoio-as, aliás, embora previna que “substituir um capitalismo liberal por um capitalismo de Estado não resolve as contradições com que se debate hoje a sociedade portuguesa”.
Mário Soares mostra-se mais expansivo. Eufórico mesmo, considerando aquele “um dia histórico, em que o capitalismo se afundou”. Dirá, a propósito o líder socialista, num comício: “A nacionalização da banca, que por sua vez detém (…) a maior parte das acções das empresas portuguesas e, ao mesmo tempo, a fuga e prisão dos chefes das nove grandes famílias que dominavam Portugal, indicam de uma maneira muito clara que se está a caminho de se criar uma sociedade nova em Portugal”.» (Adelino Gomes e José Pedro Castanheira, Os dias loucos do PREC, p. 28).

Poetisa e lutadora


Morreu Alda Espírito Santo, grande poetisa nascida em S.Tomé, onde foi deputada e ministra. Duas entre outras obras: «O Jogral das Ilhas» (1976) e «É nosso o solo sagrado da terra» (1978).

Nascida em 1926, vem mais tarde estudar para Lisboa, onde conhece e colabora activamente com Amílcar Cabral, Mário Pinto de Andrade e Agostinho Neto, futuros líderes dos movimentos de libertação das colónias.

A ler: este texto de Diana Andringa.

Ilha nua
Coqueiros e palmares da Terra Natal
Mar azul das ilhas perdidas na conjuntura dos séculos
Vegetação densa no horizonte imenso dos nossos sonhos.
Verdura, oceano, calor tropical
Gritando a sede imensa do salgado mar
No deserto paradoxal das praias humanas
Sedentas de espaço e de vida
Nos cantos amargos do ossobô1
Anunciando o cair das chuvas
Varrendo de rijo a terra calcinada
Saturada do calor ardente
Mas faminta da irradiação humana
Ilhas paradoxais do Sul do Sará
Os desertos humanos clamam
Na floresta virgem
Dos teus destinos sem planuras...

(in «É nosso o solo sagrado da terra»)

Poema e desenho tirados daqui.

Badajoz à vista


Matusalém (32)



A pedido do Miguel Serras Pereira que agradeceu assim:

«Só receio que os verdes mais nostálgicos do galho protestem contra o atentado ou não-reconhecimento dos nossos irmãos símios. É melhor esclarecer desde já que o alvo do Brel não é a espécie, mas só a facção inimiga da liberdade da multidão florestal.»

10.3.10

Tristes realidades


Lula da Silva tem 64 anos. Há trinta, foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores. Nesse ano de 1980, foi preso pela polícia política brasileira, como esta foto recorda.

Gostava que Lula pudesse fazer rewind da sua história pessoal e se visse a dizer então o que terá afirmado anteontem, a propósito dos dissidentes cubanos:
«Eu penso que a greve de fome não pode ser utilizada como pretexto de direitos humanos para libertar pessoas. Imagina se todos os bandidos que estão presos em São Paulo entrarem em greve de fome e pedirem liberdade.»
«Temos que respeitar a determinação da Justiça e do governo cubano, de deter as pessoas em função da legislação de Cuba, como quero que respeitem ao Brasil.»

Ainda há coisas que me desiludem neste mundo.

P.S. – Ferreira Fernandes, no DN de hoje, 11/3:
«Razões de Estado podem levar um Presidente a não criticar outros Estados, usando a linguagem do cinismo de Estado. Mas o próprio do cinismo é ser um exercício inteligente. Quando burro, revela ainda mais a iniquidade de certas razões de Estado.»

Vestir paredes


Mudaram-se os tempos...

Vem aí o papa


O Miguel Serras Pereira inaugurou a sua participação no «Vias de Facto» misturando reis de Lewis Caroll com papas de Roma e eu pego no mote, a propósito da visita de Bento16, que se aproxima a passos largos. Vamos lendo notícias sobre pompas e circunstâncias, construções de palas e convívios culturais, com um vago encolher de ombros sobre o seu verdadeiro significado.

Em Inglaterra, que o papa só visitará no segundo semestre deste ano, já há protestos. Por cá, sei agora que há quem esteja a planear uma reunião para discutir o assunto, sem ter ainda percebido de que tipo de iniciativa se trata concretamente.

E, no entanto, motivos não faltam para contestar não só a forma que a visita  vai aparentemente revestir, mas o papel negativo que este papa tem tido no mundo, tanto ou mais do que alguns outros.

Voltarei certamente a este tema, mas ao ouvir falar de vindas de papas a Portugal, vem-me sempre à memória a primeira visita que um papa alguma vez fez a este país: Paulo VI, em 1967, no 50º aniversário das supostas aparições em Fátima.

Nas hostes dos então chamados «católicos progressistas», em que eu me integrava (sim, para quem passe por aqui e não me conheça de outras paragens, vêm daí as minhas raízes contestatárias), foi grande a consternação desde que começou a ser ventilada a hipótese de essa visita vir a ter lugar, já que se temia que ela funcionasse como uma quebra do isolamento internacional a que Portugal estava sujeito, sobretudo desde o início da guerra em África, e como um aval às orientações políticas do governo de Salazar.

Matusalém (32)

9.3.10

Quando todas as vias parecem ir dar ao socialismo


Na sua crónica diária no JN de ontem (já sem link mas que reencontrei online aqui), Manuel António Pina comenta a afirmação de um deputado socialista, que não identifica, que teria afirmado que «a razão pela qual Portugal tem a precariedade e o desemprego que tem é em grande parte devido às estruturas sindicais, reaccionárias e de posições que sacrificam trabalhadores».

E comenta bem à sua maneira:
«A tese não é inovadora e teve grande sucesso em alguns países no segundo quartel do século XX (no nosso, durante mais de 40 anos). Conduz à conclusão de que, se a culpa de termos hoje 10,5% de desempregados é dos sindicatos, a solução final será (…) acabar com os tenebrosos sindicatos, assim saltando uns degraus nas "vias" do socialismo do actual PS, da 3.ª directamente para a 5.ª ou a 6.ª».

Independentemente de haver boas razões para criticar o anquilosamento de algumas estruturas sindicais e dos seus modos de actuação, e seja qual for o contexto em que a afirmação acima referida, a ser verdadeira, tenha sido feita, há um mínimo de sensatez e até de sensibilidade política que são exigidas a alguém que se diz «socialista» e que é obrigado a evitar exageros fatais de linguagem – isto com boa vontade da minha parte, já que prefiro admitir que o deputado em questão não pensa exactamente o que disse.

Entretanto, no «Granma», em reino dos irmãos Castro


Guillermo Fariñas, o cubano, que está em greve de fome há duas semanas para exigir a libertação de 23 presos políticos que estão doentes, regressou às primeiras páginas de inúmeros jornais, depois da publicação, ontem, de um artigo no Granma, «Órgão Oficial do Comité Central do Partido Comunista de Cuba». Também, paralelamente, porque recusou a oferta de vir para Espanha, depois de esta obter a garantia de autorização do governo cubano para que saísse do país.

O que o artigo diz, em resumo, é que Fariñas é um mercenário dos Estados Unidos, agente de uma campanha orquestrada e que não serão aceites «pressões nem chantagens». São depois desenvolvidos, detalhadamente, argumentos para provar que se trata de um delinquente comum.

Mas o melhor é ir às fontes e esta aqui fica.

Transcrevo apenas e seguinte:
«Si hoy está vivo, hay que decirlo, es gracias a la atención médica calificada que ha recibido sin importar su condición de mercenario

O realce é meu. Comentários, para quê.

É o que se chama um homem desinteressado…


Levou catorze anos a votar contra os direitos dos homossexuais e até a vetar algumas medidas que os defendiam. Mas os copos traíram este senador americano (acontece aos melhores...), que foi apanhado a conduzir com álcool à saída de um bar gay e acabou por confessar a sua orientação sexual. Justificou então as suas posições homofóbicas dizendo pretender representar a vontade dos eleitores…

Gato escondido com o rabo de fora ou a estupidez não paga imposto, digo eu feita Jerónimo de Sousa que gosta de adágios.

E uma dúvida incontornável: não haverá, por pura coincidência, casos bem semelhantes numa AR bem perto de nós? E um conselho: atenção à condução nocturna em noites de fins-de-semana, sobretudo ali para o lado da Praça das Flores…

8.3.10

«Vias de Facto» - Novo blogue


Acaba de nascer e eu andarei por lá.
Para já, somos nove: Diana Andringa, Joana Lopes, João Pedro Cachopo, Miguel Cardina, Miguel Madeira, Miguel Serras Pereira, Pedro Viana, Ricardo Noronha e Zé Neves.
Podem espreitar.

Quanto a esta casa, continuará aberta, sem mudanças – ou, mais exactamente e como há quase três anos, irá mudando comigo.

Mulheres - «Joya Franquista»


(Contributo de MªC.M.)

A ler Las esclavas del franquismo.

As Três Marias em «The National Archives»


8 de Março é uma excelente data para recordar Maria Isabel Barreno, Maria Velho da Costa e Maria Teresa Horta, autoras das celebérrimas Novas Cartas Portuguesas (1972) que valeram às autoras um processo judicial posto pelo regime salazarista, devido ao conteúdo erótico da obra. O julgamento não chegou ao fim já que, entretanto e imprevistamente, se deu o 25 de Abril…

Os ecos chegaram aos Estados Unidos e estão registados, para (nossa) memória futura, em The National Archives. Ler aqui um interessante documento.

(Foto, em jeito de homenagem: à direita, Isabel Barreno com 13 ou 14 anos, à esquerda a irmã e a do meio… sou eu. Éramos amigas e colegas de liceu.)

Dia Internacional da Mulher


A propósito do dia de hoje, o Conselho da Europa colocou um post no seu site - «A Democracia Paritária, uma concretização ainda distante» -, que pode ser lido em francês ou em inglês e a partir do qual se pode aceder a textos e outros links, tais como:

- Dossier especial - Dia Internacional da Mulher
- Democracia Paritária: uma realização ainda distante
- As grandes sentenças do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem
- O Conselho de Ministros e a Assembleia (a Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa) apelam a uma maior participação da mulher na política
- Programa da emissão em Viewpoint

Pode ser lida aqui, a versão em francês do apelo do Secretário Geral do Conselho da Europa, Thorbjørn Jagland, aos estados membros, a propósito do Dia Internacional da Mulher.

(Contributo de Jorge Conceição)

7.3.10

And the winner is


Conan O’Brien aderiu ao Twitter há poucos dias e tem neste momento mais de 566 mil seguidores. Decidiu seguir apenas uma pessoa e Sarah Killen, a escolhida, que tinha apenas 3 pessoas interessadas no que «tuitava» (e que é pouco…), tem no momento em que escrevo 15.423.

Conan O’Brien quis mudar a vida de uma pessoa, vá lá saber-se porquê, e já o conseguiu: entrevistas na MTV, projecto de uma boda com milhares de convidados e tudo o que ainda se seguirá. Com um simples acto gratuito e aparentemente absurdo - e esse é o aspecto interessante da notícia -, acertou em cheio no alvo de um estranho mundo onde as audiências são quem mais ordena - sejam elas quais forem, com objectivos definidos ou nem por isso.

(Ocorre-me agora que isto também podia funcionar para blogues: se alguém conseguisse ser «linkado» sistematicamente por A pipoca mais doce, que tem 12.000 visitas diárias, tinha o sucesso garantido!)

A «esquerda» prefere café?


O Coffee Party, uma alternativa ao Tea Party,

A ler em El País.

Um ábaco para o PR, sff



Primeiro, ficámos a saber repentinamente que há anos com 369 dias, o que já é interessante.
Segundo, por essas contas, as próximas eleições seriam lá para 10 de Março de 2011, o que também é uma novidade.
Terceiro, se em 2006 se realizaram em 22 de Janeiro, devem faltar 322 dias, mais coisa menos coisa.

Mais vale então, dr. Cavaco, que vá dedicando «um minuto de ponderação» ao assunto, porque tem menos 67.680 minutos do que imagina.

Isto sou eu, num Domingo de manhã, a pensar no saudoso Américo Tomás que ninguém batia em contas, apesar de não perceber muito de finanças nem dever ter uma grande biblioteca…

P.S. 1 - Dizem-me que ele já está a pensar na data da próxima tomada de posse e não da das eleições. Para quem não está preocupado...

P.S. 2 - 8 de Março: a ler.

Matusalém (31)