O
Público de hoje traz como título de primeira página:
«Propostas sanções criminais para o recurso a “falsos recibos verdes”»A notícia é desenvolvida em várias páginas, integrada no propósito de o Governo reduzir o trabalho precário.
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Republico um
post de 29/2/2008, apenas com dois comentários:
- Na altura própria, enviei para o correio do Presidente da Repúnblica o
link para acesso a este
post.
- Acabo de consultar a minha fonte e a situação mantém-se sem qualquer alteração.
Quando os exemplos vêm (muito) de cima«Geração em saldo», uma longa reportagem e tema de capa da
Visão de ontem, fez-me pensar numa conversa muito recente com um grupo de amigos do meu filho, exemplos mais ou menos típicos da dita geração.
Precariedade? É já lei tão geral que nem a põem em causa, mesmo quando ganham relativamente bem. A «sorte» é ter um contrato, «não estar a recibos verdes». Retive um caso.
O
Museu da Presidência da República foi inaugurado, com toda a pompa e dignidade, em 5 de Outubro de 2004 e precisou, naturalmente, de admitir empregados.
A jovem concreta, de carne e osso, que conheço bem e a quem telefonei hoje para confirmar os factos, foi um deles. Esteve dois anos com contrato a prazo e passou depois a... recibos verdes. Ela e outros, numa função que é tudo menos provisória (a não ser que alguém pense vir a fechar as portas do Museu) e no trabalho mais dependente que se possa imaginar.
Continuam à espera, nem sabem exactamente de quê. No Palácio de Belém, muito perto de Cavaco Silva, protegidos pela bandeira verde que assinala a presença do presidente no seu local de trabalho – que é também o deles, de 2ª a 6ª feira, a tempo inteiro, há mais de três anos.