31.1.09
30.1.09
Em jeito de solidariedade com Paulo Pedroso
29.1.09
As massas trabalhadoras portuguesas anseiam por um contrato de trabalho chinês – na China de preferência
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTYLIYuJCOAv19h6GAr7pJ0YrkvD2q_zUWpj2BPEM7yjDcokZQppDrxBbcV562-ulc4Nz06Hx-yPDHwcG86cghridDn0ETl7_yWWsYCEC0xXxiiF9ub8UFlijipRVZ_3bvGGXRdPg3e6E/s320/china_ai.jpg)
Esta frase do dmaybe, versão Twitter, levou-me ontem a um artigo publicado em O Diário.info:
«A nova lei de trabalho Chinesa – Estabilidade Laboral, uma opção progressista»
A tese subjacente a tudo o que é dito pode resumir-se no seguinte: contra os «brutais retrocessos sócio-laborais» dos países capitalistas, «há países que resistem e não aceitam ser subservientes a esta lógica, designadamente os que definem como objectivo a construção de sociedades socialistas (caso da China), demonstrando que é possível caminhar no sentido de um mundo melhor, com vista ao fim da exploração do homem pelo homem».
Segue-se uma longa e detalhada comparação entre o Código de Trabalho português e a Lei do Contrato de Trabalho chinesa, em vigor desde o início de 2008 - com grandes méritos para esta, evidentemente.
Desde ontem que hesito entre gozar ou levar isto a sério, mas não me apetece nem uma coisa nem outra. Só lamento. Porque não posso deixar de ficar perplexa ao ver que há quem escreva, preto no branco, em 2009, que a China actual é um exemplo a seguir para os tais amanhãs que um dia cantariam, num mundo sem exploração do homem pelo homem.
Muito fracas deviam ser as expectativas, muito pouco heróicas as utopias.
Sete
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzdE-KsWCE96WZFj8UMAovBEUTZMmib5avLOtPaukbkjJcONpNVEdver_qEv8X4ndS6hkuVy7C1NjLN2EZSm3wHnv37WpMC9UnRAQzbO4l2f7n14oBUyGhlxn8ew_KWgJcE2QLS7c2afY/s320/sete1.jpg)
7 é o número natural que segue o seis e precede o oito.
7 em algarismo arábe e VII em algarismo romano
7 é o quarto número primo. O número primo seguinte é o onze.
7 são os lados de um heptágono.
7 são os pecados capitais.
7 são as artes.
7 são as chaves com que se pode estar fechado.
7 são as notas da escala musical.
7 são as cores do arco-íris.
7 são os dias da semana.
7 são as maravilhas do mundo antigo. E há mais 7 no moderno.
E 7 foram as câmaras necessárias e suficientes para o governo ter feito uma bela figura de urso.
28.1.09
And one of the winners is...
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKeK2Mx6a9GgJ-UE_PWaddcAO8BeC-TE26TKd8eqhCQwprANLocLaPVul3flxfALvBierCIDN9SNQuAdkUMMjrnLo5O4h2l5ND-AaP8yFbeaXTb46qvrF2cDbMDRPTr2j1Z5CaAvV5PFc/s320/cf.jpg)
Portuguesa de segunda à nascença, laurentina com muita honra, senti como minha a classificação que a Newsweek deu à estação de caminhos-de-ferro de Maputo: considerou-a como a 7ª mais bonita do mundo (*).
Desenhada por Eiffel em 1910, é certamente a mais bela e imponente recordação da minha infância. De lá parti várias vezes, a caminho de Joanesburgo que era então a Manhattan possível, a única que nos era relativamente próxima. Revi-a há meia dúzia de anos, com a mesma emoção com que a olhava aos nove. Deserta agora, porque a maior parte das linhas férreas foram destruídas durante a guerra civil, mas intacta, numa praça que dantes dava pelo nome de Mac-Mahon.
Julgo que lhe devo, não tanto o fascínio por comboios, mas certamente pelas suas e
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgBe1aECxnhsi6txUcoFB7hHSGRfrXjzY-tYY7yDgZrjX_HYhVgOoWcjWPF0IwLGLPsAdBrO0fKFLhHQm36pJWJXBdIoxM8888sZKL1XUqDu_2p_wtVJbWxp8l0prfx561T-rikAs1HSA/s200/k5.jpg)
E aqui me confesso, sem qualquer espécie de vergonha: até em Santa Apolónia me sinto bem ...
(*) Soube-o através do Pedro Correia.
P.S. - Mais fotos, texto da Newsweek em português e história do edifício.
(Contributo de Jorge Conceição)
Já agora, fica o Hino de Moçambique
Como outrora
Quando (mas só quando) o absurdo da guerra se sobrepõe às razões dos beligerantes, este é o hino de todos os soldados.
(Slides e comentário recebidos pos mail)
27.1.09
De facto, são pretéritos a mais
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHubKC45EDxVrQ91oOuvLQoorb-hbGeyxa_VqryFBSCKwfv6Y1dOef44vIASXPcjmFivak493L9ETQzSUZcDz7A30jzRLsVWvziKQ9-Y8idf5MV18pDIXsZujQx1eNaQU3IzSPL3CYrAU/s320/educ.jpg)
Ontem, Sócrates elogiou entusiasticamente a ministra da Educação. Jornais e blogues sublinharam a utilização sistemática do pretérito perfeito do indicativo (será que ainda tem este nome?).
- Foi um gosto trabalhar consigo...
- Valeu a pena...
- Foram quatro anos...
Ao que ela foi respondendo:
- Tive a honra...
Mas ainda me custa imaginar Sócrates em privado:
6ª feira, 23/1:
- Se eles chumbarem a avaliação, demitimo-nos todos.
Sábado, 24/1:
- Muito obrigada, senhora ministra, agora pode ir à sua vida que eu vou ali piscar o olho à esquerda.
Mas...
Injustiças da crise
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBdPvR0Q5X8QKbJlrUqAgU3csN0yGKOtqBpwz4Eml8ebhCTiu6N-WsHR4BGxDy7fmobhR7_qFq4uoNcwhHjWeBULoi0CS8IZ0LjdwmR8q98gW34l1WA01LW3reHGcMgJclZ5SRMYaCQWE/s320/ldrao.jpg)
«A crise está a atingir o sector da ladroagem e é preocupante o alargamento das desigualdades entre ladrões ricos e pobres, com uns a roubar milhões e outros, cada vez mais numerosos, arriscando-se a ir presos (...) por uns pacotes de batatas fritas e umas garrafas de leite achocolatado.»
M. A. Pina
26.1.09
Com ou sem Freeport, antes o Sócrates
Silvio Berlusconi declarou qua as mulheres italianas são tão bonitas que precisam de ser escoltadas por soldados para não serem violadas.
Mais tarde explicou:
«Era un complimento alle belle donne italiane.»
Mais tarde explicou:
«Era un complimento alle belle donne italiane.»
«Falar» na polícia
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvF7F7ApWdNtSLDyrZUSFOe82Ehdf1cDz5-so4TiGdHmwDNX7trQQgC0mHsjx3N1vQynXYwowwE2-4xgTBR4PRWD-NFMlCtk3cyGqwbCqnDse83rCGvCPhZDwKNSagxBugJlKoDR93LRM/s320/tort1n.jpg)
Os Caminhos da Memória dedicam esta semana à publicação de um longo texto de Diana Andringa sobre «Falar» (ou não) na polícia. É tempo de ler, meditar e discutir abertamente esta dolorosa questão.
«Os exemplos daqueles que, isolados, humilhados, espancados, submetidos a dias seguidos de privação de sono ou de tortura da “estátua”, resistiram, não bastam para ocultar o facto de que muitos foram aqueles que cederam a prestar declarações, e que carregam, deste então, o peso desse acto.»
«Os exemplos daqueles que, isolados, humilhados, espancados, submetidos a dias seguidos de privação de sono ou de tortura da “estátua”, resistiram, não bastam para ocultar o facto de que muitos foram aqueles que cederam a prestar declarações, e que carregam, deste então, o peso desse acto.»
25.1.09
Isto ainda é um país?
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBxJCPxXzCJmOngliAMwNLvyM3YMoV9SfSdwIO1yo17_A4E4KHbxxC6KCOs4T-smK1ppVcZbL-FjJD9cpq2tO4Okx578FZ3xWyjztohFHbM2ipAbPbJGbOa8Omjq5SG_RewWzb7NANbak/s320/Juiz_t.jpg)
Um título de Público de hoje:
«Ministério da Justiça manda retirar caixas de multibanco de vários tribunais»
Mais exactamente 32 caixas, por não oferecerem condições de segurança.Leram bem: de TRIBUNAIS – lugares perigoso, portanto, que não conseguem assegurar a sua própria defesa. Talvez saiam em breve também os juízes – ou já saíram?
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