30.11.19

Lisboa à venda



Aos lisboetas, restará em breve a alternativa de tentarem emigrar para esses 70 países?

(Expresso, 30.11.2019 – Dados do 1º semestre de 2019)
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É isto



Clara Ferreira Alves, Expresso 30.11.2019.
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Gaivotas em Benfica



Há meia dúzia de meses, abriram um enorme buraco mesmo em frente à minha janela para nele ser construído um condomínio. O buraco ficou feito, tudo parou, as máquinas desapareceram, a chuva começou a cair e hoje… chegaram as gaivotas!
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Este país ainda é para os velhos partidos



«Não foi preciso muito tempo para que se confirmasse que a entrada de novos partidos no Parlamento marcaria a política portuguesa. Menos de dois meses depois das eleições, a agenda tem estado marcada sistematicamente por aquilo que envolve o Iniciativa Liberal, o Chega! e o Livre. O anunciado efeito de novidade confirmou-se, mas com uma extensão não prevista.

Há um lado positivo na eleição de novos partidos: reforça-se a diversidade e a pluralidade na Assembleia da República, uma instituição com défices de representatividade da sociedade. Mas o que dificilmente se antecipava é que em dois meses não se falaria praticamente de outra coisa além do que os pequenos partidos fazem e dizem ou a forma como se apresentam. Que isto aconteça enquanto PSD e CDS têm eleições internas e o Governo está a desenhar o Orçamento do Estado é motivo de reflexão.

O primeiro sinal preocupante resulta da natureza dos temas trazidos para debate e da forma como condicionam o espaço público. Em dois meses, já se discutiram paralelismos entre nazismo e comunismo, a tensão celebratória entre 25 de Abril e 25 de Novembro, e temos andado a ser entretidos com uma telenovela desencadeada por um voto do Parlamento português sobre a Faixa de Gaza. Em comum, estes temas partilham o facto de radicarem num debate essencialmente simbólico, assente em mecanismos regimentais inconsequentes. Enquanto se discutem votos e declarações e se forçam clivagens artificiais não se apresentam iniciativas legislativas e propostas que produzam efeito material. Ao mesmo tempo, assistimos a uma polarização do debate público, encaminhando Portugal para territórios onde a capacidade de compromisso será sempre menor.

Tem ficado demonstrado que os pequenos partidos se alimentam mesmo uns dos outros e dependem de posições antagónicas, apetecíveis para o espaço mediático, particularmente predisposto a fazer medrar este tipo de debates.

A questão orgânica, que no Livre atingiu um fulgor caricato, não é independente deste processo. Sintomaticamente, desde as eleições, todos enfrentaram crises — de mudanças de liderança a acusações sobre ilegalidades na recolha de assinaturas, passando por ruturas. Sem estruturas internas, o protagonismo destas novas formações assenta exclusivamente na frente parlamentar e no deputado eleito. São, por isso, de facto, partidos unipessoais — uma contradição em termos.

É pouco popular recordá-lo, mas as últimas semanas talvez o tenham tornado mais claro. Sem partidos que estabilizem as suas posições programáticas e que confiram um sentido coletivo à atividade quotidiana dos protagonistas do momento, o cenário é de incerteza e instabilidade, abrindo caminho a sucessivas crises internas. Um cenário com apelo mediático e que até poderá mobilizar, de forma fragmentada, grupos de eleitores. Já o efeito agregado será de degradação do debate político e diminuição das condições de governabilidade.»

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29.11.19

Trabalhar até à morte?



José Soeiro
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“O violador és tu”: a música de protesto das mulheres do Chile



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Uma democracia só para ricos



«Em Portugal, a abstenção é um tema de discussão nas noites eleitorais e pouco mais. Se quer uma prova, faça a seguinte experiência. Vá ao site Google Trends, que compila informação sobre as buscas no Google. Procure a palavra “abstenção” em Portugal nos últimos doze meses. O resultado é um gráfico fascinante: a palavra “abstenção” esteve ausente das buscas do Google durante todo o ano, exceto entre 26 de maio e 1 de junho, onde surge um pico substancial e depois entre 6 e 12 de outubro, onde o pico é um pouco mais saliente. Ou seja: semanas de eleição e, de resto, silêncio total. Já utilizei esta crónica para criticar os partidos e o Presidente da República pela forma inconsequente como lidam com a abstenção – com avisos vácuos e moralizadores – e não é por aí que vou hoje. O que me leva a arriscar escrever sobre um tema que parece não interessar a ninguém, neste chuvoso final de novembro, é um estudo que saiu na quarta-feira.

O estudo Abstenção e participação eleitoral em Portugal: diagnóstico e hipóteses de reforma é da autoria de João Cancela, um cientista político da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova e de Marta Vicente, jurista da Faculdade de Direito da Universidade Católica do Porto. Resulta da iniciativa do Portugal Talks, um think-action tank impulsionado, entre outros, pela Câmara Municipal de Cascais.

Já todos sabemos que a abstenção tem vindo a aumentar ao longo do tempo. Esta constatação é muitas vezes colocada em causa devido ao registo de eleitores estar inflacionado. Uma das grandes vantagens deste estudo é que ataca esta questão sem rodeios. João Cancela calcula taxas de abstenção alternativas às oficiais, utilizando a população residente com mais de dezoito anos, corrigida ou não pelo número de imigrantes residentes em Portugal, em vez dos eleitores registados. E tira duas conclusões. Se, por um lado, a inflação da abstenção pode ir até dez pontos percentuais, por outro o seu aumento constante é patente, independentemente da correção utilizada.

E quem são as pessoas que não votam? João Cancela pegou nos dados do Eurobarómetro e dos Estudos Eleitorais Nacionais e fez o gráfico aqui reproduzido, que gentilmente me cedeu para eu partilhar com as minhas leitoras e com os meus leitores. Há gráficos que falam mais do que mil palavras. Este mostra a participação eleitoral: ou seja, a percentagem de eleitores e eleitoras que diz que vota, nas eleições legislativas, desde 1985 até 2015. O “diz que vota” é importante, porque sabemos que algumas pessoas tendem a dizer que votaram quando não o fizeram, o que leva a que as medidas de participação eleitoral baseadas em dados de inquérito sejam sempre superiores às verdadeiras. Mas podemos abstrair-nos dos níveis de participação e focar-nos na evolução ao longo do tempo. O gráfico concentra-se em dois grupos da população: os 20% mais pobres e os 20% mais ricos. E o que mostra? Que a participação eleitoral destes dois grupos foi bastante semelhante até 2002. A partir daí, a participação dos mais ricos sobe, enquanto a dos mais pobres desce. Portanto, as Assembleias da República eleitas no século XXI representam cada vez mais os privilegiados e cada vez menos os pobres.

Devemos preocupar-nos com isto? Devemos, e muito. Em primeiro lugar, o voto universal foi uma conquista democrática fundamental dos últimos dois séculos. Até ao século XIX, era comum haver restrições ao direito de voto com base na riqueza, rendimento ou classe social. Vários estudos mostram que a inclusão de novos grupos da população no eleitorado modifica as políticas públicas, tornando-as mais próximas dos interesses dos novos eleitores. Que esta divisão de classe na expressão eleitoral regresse sob forma de abstenção é uma ameaça aos fundamentos da democracia, porque exclui de facto os pobres do centro da decisão política. Logo, as políticas públicas vão servir menos os seus interesses e pode, até, gerar-se um ciclo vicioso de afastamento progressivo destes grupos sociais.

Em segundo lugar, este eleitorado é uma reserva adormecida que pode ser mobilizada por líderes populistas em quem estas pessoas vêem (bem ou mal, isso não vem ao caso) uma possibilidade de se verem representadas. Se os abstencionistas tivessem características semelhantes aos eleitores, seria menos provável que isto pudesse alterar o equilíbrio político em que vivemos. Mas, para além de mais pobres, os abstencionistas portugueses são também mais jovens e vivem mais longe dos centros urbanos do que quem vota. Pior: estas assimetrias aumentaram nos últimos anos. Com estas diferenças crescentes entre os abstencionistas e quem vota, é provável que a reserva adormecida se torne num tsunami político. Se os partidos não querem olhar para isto, então têm mesmo umas palas muito grandes à frente dos olhos. Se quiserem, o estudo Abstenção e participação eleitoral em Portugal: diagnóstico e hipóteses de reforma oferece algumas pistas do que pode ser feito.»

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28.11.19

E.T. came back




(Daqui)
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Lisboa está a ser governada por bimbos!




«Quanto ao Bacalhau Story Centre, o autarca [F. Medina] chamou-lhe Centro da História do Bacalhau. “Temos de ver se o nome fica em inglês ou português”, desabafou.»
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Uma carta de Zeca Afonso



No dia 22 de Novembro de 1975, José Afonso mandou esta carta aos paraquedistas de Tancos: «CAMARADAS - Tendo tomado conhecimento pelos jornais do vosso trabalho de consciencialização revolucionária e de algumas das vossas últimas tomadas de posição em face da actual situação política, ofereço os meus serviços para eventuais sessões de convívio dentro dos objectivos de dinamização político-cultural e prática já existente em algumas unidades progressistas do país.» (In Centro de Documentação 25 de Abril).

Na sequência do 25 de Novembro de 1975, o Zeca foi preso no dia 28 em Tancos, por ser considerado «indivíduo suspeito ou perigoso» (ao abrigo da alínea b), nº4 da Base XXXI da Lei nº2084, de 16 de Agosto de 1956) e se estar em Estado de Sítio…
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Zé Mário, traz lá a arma



«Sem pedir licença, hoje entro por esta coluna de opinião com uma crónica, forma canónica que admite o eu. Eu não vou falar de mim, os leitores não estão para isso e fazem muito bem. Mas eu vou falar do Branco, que foi a enterrar esta semana no Alto de São João com o peito para o céu, e das brancas t-shirts que viveram esta semana frente ao Palácio de São Bento de costas para ele. A relação é uma e não é una: o que significa “partir isto tudo”. Então cá vai disto, uma crónica que começa assim:

A história começa em Viseu, anos 80, onde desde os 12 já todos discutíamos política na rua depois de ouvirmos discutir política em casa. Era 25 de Abril, CEE, era Soares e Freitas, era Eanes e Cavaco e Cunhal e tudo, era esquerda-direita e volver, assim nos formávamos com naturalidade numa cidadania política. O grupo agregava muita rapaziada e raparigada, o grupo nem era bem um grupo, era a malta, e a malta cantava de ouvido tudo o que ia saindo na nossa língua, que mordia anzol e canção de engate nesta psicopátria de sete mares às vezes feita circo de feras e etc.. Dinis Machado escreveu sobre malta como esta em boleros de pancadaria. Como em todos os grupos, a malta era feita de pequenas coligações particulares e, numa delas, já nos décimos anos de liceu, três de nós juntávamo-nos numa praça de Goa para ouvir outros três enquanto girávamos copos de vinho tinto a 33 ou 45 rotações por minuto. Os três que ouviam eram o 25, que era revolucionário, o Arriaga, que era republicano, e o Fausto, que era poeta (ou, enfim, poético). E os três que os três ouviam eram o Zeca, o Zé Mário e o Adriano. Era um comício-pândega, em que convicções e afetos embatiam como gritos e risos num mesmo envelope. Não é errado referirem-se-lhes como os da “música de intervenção”, mas é mais audiência de lápide do que audição lapidar. O Zé Mário, que sempre se referiria atrás do Zeca, era de intervenção, sim, mas não do berro. O que ele sabia de música e o que ele escrevia de poético fez uma longa escadaria que não sobe quem vê apenas o primeiro degrau.

Não me vou pôr a citar, vou-me pôr a pensar. A pensar sobre o poder da subversão das narrativas para descadeirar os sentados nas torres e os sentadinhos que em baixo preferem tratar da vidinha sem grandes azimutes. Vou-me pôr a pensar em como um Movimento 0 ganha expressão pela impressão que coloca numa agressividade pós-rebelde, tendencial e tendenciosamente ameaçadora. Aquele zero é o contrário de zelo (“zero atuações, zero detenções”), é deszelo e desprezo, desprezo pelo diálogo, pelas instituições, pelos sindicatos e pelos movimentos que conquistaram demoradamente o lugar que eles querem usurpar numa penada, sem respeito pela lei que eles próprios juraram cumprir. O que está em causa com a explosão destes movimentos não é apenas o roer do equilíbrio democrático, mas do Estado de Direito. E, claro, à espera deles de megafone está quem já eles sabem que estará, dando espetáculo sem pudor de usar as próprias palavras sindicais a que eles se opõem. Não precisamos de gente bem comportadinha, não é, Zé Mário?, mas precisamos de quem dá a cara e conquiste e não de quem não tem rosto e usurpa. Porque muitas reivindicações dos polícias têm razão de ser — como as dos médicos, dos professores, dos militares e de muitas outras classes desmunidas, desautorizadas e até hostilizadas —, mas não é razão alguns extremarem ameaças, a que um oportunista se alcandora em corpo de triunfo.

Os populismos extremistas colhem resultados quando colhem o modo de pensamento de gente de uma socie-dade alienada ou desesperada. Hoje, ninguém aos 12 anos começa a discutir política e em casa até se ouve que falar de política à mesa é falta de educação. Não, é falhar na educação. E é escavar o vale que será leito para ideologias brutas de mensagens simplificadas. Hannah Arendt escreveu-o a vida inteira, se somos contemplativos em vez de ativos, se prescindimos de participar no reino da política, então tornamo-nos uma espécie sem mundo, cedentes a adotar como identidade as ideias e os valores que outros grupos querem impor: tudo o que é preciso para que o mal colonize, escreveu, é que as pessoas deixem de pensar por si próprias.

José Mário Branco foi e é o contrário disto. Fez, mesmo, da cantiga uma arma. Fê-lo enquanto cidadão politicamente comprometido, que partiu as ventas não aos narradores mas às narrativas, contra a manipulação de quem as quer controlar, pondo barras de dinamite nas estruturas que desejam impor-se pelo controlo de um sistema de valores, dando resposta a quem não faz perguntas.

Foi isto que a ouvir os três os três aprendemos. O 25 foi viver para a Ásia, o Arriaga para África e o Fausto para Lisboa, onde esta semana o Zé Mário seguiu para o Alto cantar com o Zeca e o Adriano. Suponho que eles não olharão para baixo enquanto nós olhamos para cima. É aquela coisa da cabeça levantada. É aquela coisa de os olhos quererem ver. É esta coisa, portanto, e por tanto. O melhor será fazermos como daquela vez em que a malta foi para a aldeia e era tão alta a música e tantas as rotações do vinho que o telefone tocou para clamar que o povo da terra estava em alvoroço, o que levou a malta a levar a viola para o campo distante e deixar escrito no gesso no braço partido de um já tombado a dormir: “Fomos ao céu, vimos já.”»

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27.11.19

Hoje, no Parlamento Europeu


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Entretanto na Assembleia da República


No debate quinzenal, Rui Rio diz que «Ninguém consegue viver dos rendimentos do capital». E eu a lembrar-me do lamento de uma tia de António Alçada Baptista: «Quem trabalha não sabe o que custa viver dos rendimentos».
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Regresso



S. Tomé lá ficou, e o calor também, já dei uma volta silenciosa por jornais e por redes socais e confesso que me apeteceu voltar para o aeroporto. 
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25.11.19

S. Tomé (6)



Dia passado na capital que pouco me impressionou. Restam edifícios da época colonial, hoje ocupados por organismos oficiais e embaixadas, algumas igrejas e o resto é pouco agradável, nada cuidado nem bonito.

Vale a pena visitar o Forte de S. Sebastião, transformado em museu que guarda objectos trazidos das velhas roças e igrejas, e pouco mais. Mas foi bom ver a preocupação em defender a cultura em duas instituições onde estive: «Cacau», um belo espaço mantido pelo mestre João Silva (sim, o cozinheiro de que falei há dias), onde há exposições, colóquios e painéis com um resumo simples e bem feito da História do país e a «União Nacional dos Escritores e Artistas, fundada por Alda Espírito Santo, e que se mantém viva e activa.

Fora da cidade, na praia de Fernão Dias, um novo monumento assinala o Massacre de Batepá em 03.02.1953 e num impressionante memorial estão agora inscritos os nomes de todas as vítimas.

E como vir aqui e não ir à fábrica e loja de chocolates Cláudio Corallo é como ir a Roma sem ver o papa, foi lá que acabei o dia…

Amanhã ainda estarei por cá mas pouco: um avião da TAP espera-me ao fim da tarde…









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24.11.19

S. Tomé (5)



Dia dedicado a explorar o centro da Ilha, onde se iniciou a plantação do café um pouco ao Norte de Trindade (800 metros de altitude e 10.000 habitantes), onde estive, uma cidade feiosa como todas as que vi até agora. Pelo caminho, mais roças e algumas pequenas cascatas, mas o ponto mais interessante do dia foi sem dúvida a visita e o almoço na casa onde nasceu Almada Negreiros, na Roça Saudade, a 1.500 metros de altitude, da qual o pai era Administrador. Com dois anos, Almada Negreiros foi para Cascais e passou a viver com a família da mãe que morreu pouco depois em S. Tomé. (São dessa casa a maior parte das imagens postas hoje aqui.)

Além disso, continuo a «entranhar» o que vejo. Há crianças por tudo quanto é sítio, neste país em que a média de filhos por família é cinco, e as pessoas são de uma simpatia impressionante, sempre prontas para um sorriso. A comida é excelente, pelo menos para meu gosto, a fruta um disparate em termos de variedade e de sabores!

Lentamente, o fim aproxima-se…







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