13.5.11

Cultura e memória


Foi inaugurada há dois dias, na belíssima Praça San Martín de Buenos Aires, uma «Torre de Babel», com 25 metros de altura e sete andares em espiral, construída com 30.000 livros escritos em quase todas as línguas. Assinala o facto de a capital argentina ter sido nomeada, pela UNESCO, Capital Mundial do Livro 2011 e pretende simbolizar a unidade de todos os povos do mundo.

A notícia foi dada por cá, mas não vi referida uma outra parte da história. Mais concretamente, que este não foi o primeiro projecto deste tipo concretizado pela sua autora, Marta Minujín: em 1983, concebeu o «Partenon dos Livros», construído com 30.000 obras proibidas durante a ditadura militar e que tinham sido escondidas pelos editores.

Se há países no mundo que cultivam e honram as suas memórias, a Argentina é certamente um desses países.
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