11.5.11

Era uma vez uma escola


A Andrea Peniche explica:

«Era uma vez uma antiga escola primária no Porto, a escola da Fontinha (…), que estava abandonada há, pelo menos, cinco anos. Um grupo de pessoas decidiu ocupá-la, reabilitá-la, recuperar o acervo abandonado da biblioteca e desenvolver, em conjunto com a população, um projecto educativo com as crianças do bairro (aulas de inglês, história e geografia; ateliês de xadrez, guitarra e ioga). A população recebeu bem os novos inquilinos, participou nas assembleias onde se discutiu o projecto e empenhou-se naquela nova vida que a escola foi ganhando.» (Ler o resto.)

Ontem foi assim:




E, mais tarde, assim:



Mas a escola mantém actividades no Largo da Fontinha, por decisão de uma assembleia em que estiveram presentes mais de 100 pessoas. Programa detalhado do que se segue aqui.

Há quem não tenha ainda percebido que há mais Portugal para além do FMI.
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4 comments:

Anónimo disse...

É preciso cumprir as regras da democracia. Era o que faltava agora ser o povo a mandar.







[é uma ironia]

Rogério G.V. Pereira disse...

É um caminho. Com milhares de iniciativas destas o ensino público e o privado, passavam um mau bocado... o poder popular neste caso é uma realidade. Mas será caminho?

Fada do bosque disse...

Se não é caminho devia ser, Rogério. Se as pessoas não defendem as causas justas e continuam nesta modorra letal, o País passa de moribundo a cadáver. Espero que a UNIÃO faça a FORÇA!

Carlos disse...

Não sou favorável à ocupação ilegal de imóveis, mas a verdade é que a antiga Escola Primária do Alto da Fontinha estava abandonada -- não considero ocupantes legítimos os toxicodependentes que frequentavam o local -- há vários anos. Estas pessoas, que não conheço, tentaram fazer algo no e pelo local, que conheço bem, sem qualquer apoio financeiro dos poderes públicos. Agora, foram expulsos por um contingente policial que não se lembrou de aparecer por lá antes, quando a frequência do local constituía um perigo para a comunidade. Se os membros do espaço colectivo tivessem conhecimentos, estariam lá, com subsídios, muita publicidade positiva e, quem sabe, talvez um dia destes vissem o seu trabalho reconhecido com um qualquer agraciamento público; assim, apesar do apoio dos moradores da Fontinha, foram expulsos e o espaço fechado, à espera dos antigos clientes. Portanto, a questão é: será que neste país, apesar de toda a retórica, o poder público, de facto, valoriza e incentiva a solidariedade social?