A Andrea Peniche explica:
«Era uma vez uma antiga escola primária no Porto, a escola da Fontinha (…), que estava abandonada há, pelo menos, cinco anos. Um grupo de pessoas decidiu ocupá-la, reabilitá-la, recuperar o acervo abandonado da biblioteca e desenvolver, em conjunto com a população, um projecto educativo com as crianças do bairro (aulas de inglês, história e geografia; ateliês de xadrez, guitarra e ioga). A população recebeu bem os novos inquilinos, participou nas assembleias onde se discutiu o projecto e empenhou-se naquela nova vida que a escola foi ganhando.» (Ler o resto.)
Ontem foi assim:
4 comments:
É preciso cumprir as regras da democracia. Era o que faltava agora ser o povo a mandar.
[é uma ironia]
É um caminho. Com milhares de iniciativas destas o ensino público e o privado, passavam um mau bocado... o poder popular neste caso é uma realidade. Mas será caminho?
Se não é caminho devia ser, Rogério. Se as pessoas não defendem as causas justas e continuam nesta modorra letal, o País passa de moribundo a cadáver. Espero que a UNIÃO faça a FORÇA!
Não sou favorável à ocupação ilegal de imóveis, mas a verdade é que a antiga Escola Primária do Alto da Fontinha estava abandonada -- não considero ocupantes legítimos os toxicodependentes que frequentavam o local -- há vários anos. Estas pessoas, que não conheço, tentaram fazer algo no e pelo local, que conheço bem, sem qualquer apoio financeiro dos poderes públicos. Agora, foram expulsos por um contingente policial que não se lembrou de aparecer por lá antes, quando a frequência do local constituía um perigo para a comunidade. Se os membros do espaço colectivo tivessem conhecimentos, estariam lá, com subsídios, muita publicidade positiva e, quem sabe, talvez um dia destes vissem o seu trabalho reconhecido com um qualquer agraciamento público; assim, apesar do apoio dos moradores da Fontinha, foram expulsos e o espaço fechado, à espera dos antigos clientes. Portanto, a questão é: será que neste país, apesar de toda a retórica, o poder público, de facto, valoriza e incentiva a solidariedade social?
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