6.1.12

Patos sem cabeça


Em Le Monde Diplomatique (edição portuguesa) deste mês, um texto de Serge Halimi.

«As cimeiras de dirigentes europeus seguem-se umas às outras e falham; a Casa Branca e o Congresso contendem sem resultados. «Os mercados» perceberam e passaram a tratar os eleitos como patos sem cabeça, como meros joguetes das forças que eles próprios criaram e que já não sabem dominar. Porém, enquanto isso – em França, na Rússia, nos Estados Unidos e noutras paragens – preparam-se eleições presidenciais. E estas saturam o espaço cívico e mediático, criando um sentimento irreal de desconexão entre o que se diz e o que se faz. Porque mesmo que já não se espere grande coisa dos candidatos, ou mesmo coisíssima nenhuma, pelo menos eles são conhecidos – os seus percursos, os seus defeitos, os seus aliados, o seu círculo de relações, as suas redes. A atenção da população volta-se portanto mais facilmente para Barack Obama e Newton Gingrich, para Nicolas Sarkozy e François Hollande, do que para os fundos especulativos e as instituições de crédito. Mas para que servem ainda estas personagens?»

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2 comments:

J Eduardo Brissos disse...

Acho que o pessoal citadino não faz ideia do que é isto dum pato sem cabeça.

Aqui há uns anos numas férias na chamada província uma das veraneantes do grupo, habitual cliente de patos do supermecado, dicidiu comprar, matar e cozinhar um pato.

A operação da compra do pato vivo decorreu sem grandes sobressaltos, a gaita foi a segunda parte do empreendimento.

Depois de muito cortar o pescoço, sem resultados apreciáveis, a nossa esforçada veraneante acabou por lhe separar a cabeça do corpo.

Aí o ajudante que segurava o pato, pensando que o problema estava resolvido decidiu largar o pato, que se levantou num ápice e se pôs a percorrer a casa toda, deixando um rasto de sangue ao estilo dos melhores filmes gore de Hollwood.

O jantar nesse dia foi bacalhau.

Joana Lopes disse...

Tive um caso semelhante com um peru, num 6º andar de Lisboa! Mas foi para a mesa de Natal!...