… cerca de 2.000 birmaneses continuam presos por motivos políticos, em piores condições do que no passado. Quem o escreve, no Guardian de hoje, é Waihnin Pwint Thon, filha de Ko Mya Aye, um dos líderes do movimento estudantil Geração 88, actualmente a cumprir uma pena de 65 anos de prisão por ter participado nos protestos de 2007.
Se o facto de Aung ter sido posta em liberdade teve como efeito que o mundo acredite que tudo corre melhor agora na Birmânia, com uma imagem da ditadura de Thein Sein mais ou menos favorecida, a realidade é bem diferente.
Muitos prisioneiros (entre os quais Ko Mya Aye) foram deslocados para prisões muito afastadas das famílias, cumprem penas longuíssimas, não têm acesso a cuidados médicos elementares e, se protestam, são postos em casotas de cão. Por outro lado, não cessam os ataques a minorias étnicas junto das fronteiras.
É indispensável, diz Waihnin Pwint Thon, que a comunidade internacional perceba que nada acontecerá, em Myanmar, sem grande pressão do exterior: «”Wait and see” costs lives. It’s time for action.»
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