20.3.12

De maiorias silenciosas percebemos nós



«Nos dias que correm basta ver e comparar como os gregos receberam a austeridade ou como os espanhóis se indignaram. Por cá baixa-se o tom de voz e muda-se rapidamente de conversa quando se fala dos sacrifícios, evita-se o contágio do activista que distribui panfletos, foge-se a sete pés do camarada de trabalho que não se cala e não se rende. Os que levantam a voz e mantêm direita a cerviz constituem uma minoria. A maioria é silenciosa. E no silêncio caberá alguma indignação mas acima de tudo muito medo.» 

João Paulo Guerra no Económico.
.

2 comments:

voz a 0 db disse...

Tal e qual... No local onde trabalho quando falo dos Terroristas Financeiros que invadiram o País, e que nos estão a levar para a miséria e para a morte, já não há-de faltar muito, apenas um se levanta e fala no mesmo tom que eu... os outros espetam os olhos nos monitores e encolhem-se ligeiramente, esperando que me cale! Vivo hoje numa nova nação "Cobarde e a Morrer"

Luís Sérgio disse...

Boa síntese,infelizmente, alguns portugueses são cobardolas, lutar é para os outros, vivem a sua vidinha, muito mesquinha à espera de subir na vida à custa da distracção dos restantes. Se calhar já nasceram aterrorizados, são medíocres por natureza.
bajular o chefe está-lhes na massa do sangue, não têm vida própria, vivem a dos outros.