O Sri Lanka é um país maioritariamente budista e o islamismo é seguido apenas por 8% da população, embora se sinta bem a sua presença nalgumas pequenas localidades por onde passei. Mas vêem-se muitos turistas estrangeiros, sobretudo nas praias, imediatamente identificáveis pelo dress code feminino.
E em verdade vos digo: por mais tolerante que se procure ser, é mesmo revoltante ver o marido em tronco nu, como qualquer banhista normal, divertido e refrescado, a brincar com os filhos pequenos no magnífico Índico, e a mulher vestida dos pés à cabeça, isolada a distância, à torreira de um Sol que nem vale classificar como abrasador porque nem há palavras para imaginar como é insuportável!
Não vi uma nem duas, mas várias. Convictas? Resignadas? Não sei. Impenetráveis e com o ar mais triste deste mundo.
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1 comments:
Com esta imagem que deixou com o seu testemunho, somos obrigados a reflectir na condição de se ser mulher. Se nós tivemos a sorte de nascer livres, tantas há que tiveram o azar de nascer em locais que não respeitam a sua liberdade, que não lhes dão quaisquer direitos, que as tratam como seres desprovidos de sentimentos, de capacidade de sentir o calor e o frio. Essas desgraçadas ao calor na praia vestidas, não podendo usufruir dos mesmos prazeres da sua família, são vistas como o quê? Não digo resignadas, digo aprisionadas!
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