Vi ontem esta entrevista que António José Teixeira fez a Francisco José Viegas (FJV), secretário de Estado da Cultura. Muito haveria a dizer sobre a mentalidade subjacente à abordagem de quase todos os temas abordados, mas restrinjo-me ao que está a ter hoje mais impacto: a questão da gratuitidade da entrada nos museus, concretizada neste momento entre as 10 às 14 horas de Domingo, e que o governo terá decidido eliminar reduzindo-a a um dia por mês (avançar para o minuto 47:14).
2 comments:
Eu até li, com algum agrado, uns livrinhos desse cavalheiro. Mas resolvi deixar de ler o que quer que ele escreva, ao ver a sua cumplicidade no "extermínio" do Ministério da Educação, quando aceitou ser secretário.
Bem sei que a vidinha custa muito, mas...
Simão Gamito
Havia-me esquecido de que não temos Ministro da Cultura.
Já não me lembrava de que o Secretário de Estado da Cultura era Francisco José Viegas, pessoa de quem partilhava opiniões e admirava (algum) pensamento.
A partir de hoje não esquecerei que uma coisa é estar no Governo e outra é estar fora.
Gostamos sempre de nos comparar com os países mais desenvolvidos do que nós.
Sem dúvida que é inteligente e salutar aprender com os exemplos válidos.
Na prática o que em Portugal acontece é um hibridismo podre e estúpido que só copia a parte que não interessa a ninguém (a não ser aos lóbis).
Quando os os museus Portugueses tiverem qualidade de forma e conteúdo que se tornem comparáveis aos melhores museus da Europa podem cobrar balúrdios de entrada que todos os visitarão.
Quando a maioria dos Portugueses partilhar o interesse médio pela Cultura quantitativamente comparável com os melhores exemplos europeus podem cobrar balúrdios de entrada que todos visitarão museus.
Enquanto prosseguirmos na linha política da estupidificação das massas para maior colheita de votos não acontecerá nada do que até agora se disse.
Acho mal que se passe a cobrar entrada nos museus com todas as condicionantes inerentes à pequena reflexão que aqui fizemos.
Parece-me normal que se cobre a entrada nos museus à luz da teoria embrutecedora de quem se quer manter apoiado à custa da cegueira do seu semelhante.
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