Ayaan Hirsi Ali nasceu na Somália, foi deputada liberal na Holanda e vive agora mais ou menos clandestina, devido às ameaças de morte que recebe de fundamentalistas islâmicos.
O seu nome apareceu ligado ao de Theo van Gogh, entretanto assassinado, quando ambos realizaram, em 2004, o filme Submissão. Foi depois objecto de várias outras polémicas e dá agora uma entrevista, publicada hoje em El Pais.
Nela afirma categoricamente que o Islão – como conjunto de princípios «consistente, coerente e muito simples» – não é compatível com qualquer democracia liberal que considere a vida como um fim em si mesma. Diz, aliás, que o mesmo acontece com a religião católica, residindo a diferença apenas no facto de, neste caso, as sociedades terem optado pela separação entre Estado e Igreja e de esta não ter poder para castigar quem não cumpre os princípios religiosos.
Outra coisa são os muçulmanos «como gente», sobretudo os que vivem na Europa: irão fazendo um percurso semelhante ao dos cristãos, no sentido da liberdade.
Acusa os partidos políticos de alguns países europeus, por exemplo da Holanda, de serem demasiado complacentes com as práticas islâmicas apenas porque precisam dos votos dos muçulmanos.
Relativamente à controvérsia sobre o uso do véu, seja onde for, afirma que a verdadeira questão subjacente - e a única que interessa verdadeiramente debater - é a da moral sexual que põe toda a responsabilidade sobre os ombros da mulher. Recorda que esta tem de se cobrir e se fechar em casa apenas para não ser culpada por excitar o homem.
Pode ler o texto integral da entrevista aqui.
O seu nome apareceu ligado ao de Theo van Gogh, entretanto assassinado, quando ambos realizaram, em 2004, o filme Submissão. Foi depois objecto de várias outras polémicas e dá agora uma entrevista, publicada hoje em El Pais.
Nela afirma categoricamente que o Islão – como conjunto de princípios «consistente, coerente e muito simples» – não é compatível com qualquer democracia liberal que considere a vida como um fim em si mesma. Diz, aliás, que o mesmo acontece com a religião católica, residindo a diferença apenas no facto de, neste caso, as sociedades terem optado pela separação entre Estado e Igreja e de esta não ter poder para castigar quem não cumpre os princípios religiosos.
Outra coisa são os muçulmanos «como gente», sobretudo os que vivem na Europa: irão fazendo um percurso semelhante ao dos cristãos, no sentido da liberdade.
Acusa os partidos políticos de alguns países europeus, por exemplo da Holanda, de serem demasiado complacentes com as práticas islâmicas apenas porque precisam dos votos dos muçulmanos.
Relativamente à controvérsia sobre o uso do véu, seja onde for, afirma que a verdadeira questão subjacente - e a única que interessa verdadeiramente debater - é a da moral sexual que põe toda a responsabilidade sobre os ombros da mulher. Recorda que esta tem de se cobrir e se fechar em casa apenas para não ser culpada por excitar o homem.
Pode ler o texto integral da entrevista aqui.
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