Dificilmente resisto a dar uma vista de olhos a enunciados de exames de Matemática. Foi o que hoje aconteceu quando recebi o link para a Prova 23 do Exame Nacional do Ensino Básico deste ano (vulgo 9º ano).
Primeira perplexidade: grande parte do conteúdo do «Formulário» incluído, ou seja o que não é exigido que os alunos saibam de cor para resolverem os problemas. Alguns exemplos? O valor do famoso π, 2πr para calcular o perímetro de um círculo, uma série de fórmulas para determinar áreas elementares, como a do dito círculo, a de um paralelogramo, etc., etc., etc. De volumes nem falo para não me irritar, porque isto do de um cilindro ser igual à área da base vezes altura deve já soar a mandarim.
Seguem-se catorze problemas, concedo que alguns sejam de complexidade mediana, mas outros são de tal modo elementares que me fazem corar de vergonha.
Ousa-se (no 9º ano!...) testar assim o conhecimento da existência do teorema de Pitágoras:
«Os comprimentos de um lado de um triângulo podem ser 10 cm, 12 cm e 23 cm?»
(Uma aposta que houve quem fosse fazer as contas?)
E há problemas como este:
«Num arraial, a Beatriz comprou um saco com mais de 60 rebuçados.
Quando os contou dois a dois, não sobrou nenhum. O mesmo aconteceu quando os contou cinco a cinco, mas, quando os contou três a três, sobraram dois.
Qual é o menor número de rebuçados que o saco pode ter?
Mostra como chegaste à tua resposta.»
Espero não ter escrito um post muito complicado!...
P.S. – Se alguém tiver acesso a provas de nível equivalente ao 9º ano, noutros países, em língua acessível, gostava muito que me enviasse uma ou duas.
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